2002
DOI: 10.1590/s0104-44782002000200008
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Razões da crise de implementação do Estado gerencial: desempenho versus ajuste fiscal

Abstract: O artigo tem três diferentes propósitos. Em primeiro lugar, apresenta e discute a questão da crise de implementação das políticas de reforma administrativa. Na seqüência, apresenta uma revisão seletiva das principais teorias contemporâneas que tratam dessa questão. Em seguida, sugere uma teoria adicional, que relaciona a crise de implementação das reformas ao problema dos limites de obtenção da cooperação simultânea com os objetivos programáticos de ajuste fiscal e mudança institucional. A teoria proposta argu… Show more

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“…O núcleo desta proposta consistiu em distinguir diferentes níveis da atividade pública: (i) núcleo estratégico, conformado pelos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Forças Armadas, a serem mantidos como propriedade estatal e forma de administração mista burocrática e gerencial; (ii) atividades exclusivas do Estado, relacionadas a controle, fiscalização, seguridade, com propriedade estatal e administração gerencial; (iii) atividades não exclusivas, representadas pelas Universidades, hospitais públicos, centros de pesquisa, museus, adotando formas de propriedade "pública não-estatal" e administração gerencial; e, finalmente, (iv) atividades voltadas à produção para o mercado, como as empresas estatais, a serem transferidas para propriedade privada (Bresser Pereira, 2000;2007;Bresser Pereira e Pacheco, 2005;Garces e Silveira, 2002). Ênfase exclusivamente fiscal empregada pela iniciativa governamental e pressões corporativas foram apontadas como fatores a explicar o insucesso na implementação destas reformas (Rezende, 2001(Rezende, , 2002Bresser Pereira, 2007;Martins, 2007;Abrucio, 2007;Abrucio e Gaetani, 2008;Matias-Pereira, 2008;Abrucio, Pedroti e Pó, 2010).…”
Section: Políticos Versus Burocratas: Ainda O Século De Weber?unclassified
“…O núcleo desta proposta consistiu em distinguir diferentes níveis da atividade pública: (i) núcleo estratégico, conformado pelos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Forças Armadas, a serem mantidos como propriedade estatal e forma de administração mista burocrática e gerencial; (ii) atividades exclusivas do Estado, relacionadas a controle, fiscalização, seguridade, com propriedade estatal e administração gerencial; (iii) atividades não exclusivas, representadas pelas Universidades, hospitais públicos, centros de pesquisa, museus, adotando formas de propriedade "pública não-estatal" e administração gerencial; e, finalmente, (iv) atividades voltadas à produção para o mercado, como as empresas estatais, a serem transferidas para propriedade privada (Bresser Pereira, 2000;2007;Bresser Pereira e Pacheco, 2005;Garces e Silveira, 2002). Ênfase exclusivamente fiscal empregada pela iniciativa governamental e pressões corporativas foram apontadas como fatores a explicar o insucesso na implementação destas reformas (Rezende, 2001(Rezende, , 2002Bresser Pereira, 2007;Martins, 2007;Abrucio, 2007;Abrucio e Gaetani, 2008;Matias-Pereira, 2008;Abrucio, Pedroti e Pó, 2010).…”
Section: Políticos Versus Burocratas: Ainda O Século De Weber?unclassified
“…Esse modelo de gestão alcançou bons resultados no Brasil, pois conseguiu superar algumas dificuldades advindas da ineficiência da burocracia pura ideal 1 , tanto é que o gerencialismo é o sistema de gestão pública dominante em diversos países, trazendo benefícios como: redução de gastos públicos, criação dos métodos de avaliação de políticas públicas, flexibilização da gestão, melhoria na prestação de serviços, além de ter gerado a conscientização da necessidade de planejamento público (REZENDE, 2002;PAULA, 2005).…”
Section: A Evolução Dos Modelos De Administração Pública Brasileira: unclassified
“…Ou seja, se a definição das "regras do jogo" das políticas públicas envolve amplas discussões e disputas políticas entre organismos com objetivos diversos, não menos complexa é a alteração dessas regras estabelecidas, ainda que o objetivo de tais alterações seja aumentar a efetividade do Estado. Rezende (2002) classifica as razões de "não-mudança" separando-as em: a) teorias com foco na formulação e conteúdo substantivo das políticas; e b) teorias com foco no processo de implementação. De acordo com a primeira razão, as principais causas do insucesso das reformas se dariam devido: à padronização do desenho das reformas que não se mostra adequada frente à variedade dos problemas reais; à diferença entre o desenho das reformas e a real necessidade de mudanças da burocracia, decorrente da assimetria de informações (gestores não dispõem de todas as informações sobre problemas de desempenho das burocracias); aos problemas de coordenação, decorrentes da necessidade de coordenar e delegar funções para diferentes agências com interesses próprios e funções ambíguas; e ao paradoxo da necessidade de ampliação dos controles, devido à criação de novas matrizes institucionais.…”
Section: Políticas Públicas E Gestão Interorganizacionalunclassified
“…Tais (2011) Institucionalidade, "conformação de organizações, políticas e normas legais" às ações (PAIM, 2011, p. 23 Altounian (2014), Arretche (2004), Brasil (1993), Carneiro (2010), Knott e Hammond (2010), Mulas (2013), Oliveira (2006), O'tolle Jr. (2010), Paim (2011), Rezende (2002), Silva e Machado (2001), Sousa e Costa (2013), Uddameri e Singh (2013)…”
Section: Síntese Das Limitações Institucionais Do Ambiente Intergoverunclassified