“…Essa possibilidade decorre do fato de que, em se tratando dos estudos organizacionais, o reconhecimento da relevância da HV tem fomentado discussões na academia em virtude de sua natureza, que é, ao mesmo tempo, tática e funcional (Cappelle, Borges, & Miranda, 2010;Closs & Antonello, 2008;Gaffuri & Ichikawa, 2016;Itelvino, Costa, Gohn, & Ramacciotti, 2015;Jaime, Godoy, & Antonello, 2007;Mageste & Lopes, 2007;Oliveira, Correa, & Delboni, 2017;Perazzo & Bassi, 2007). Vista como uma estratégia qualitativa que colabora com a organização da coleta de dados, a HV permite que, ao contar sua história de vida, o narrador relate sobre o que aconteceu consigo e tornar "o implícito explícito, o escondido visto, o sem forma com forma e o confuso claro" (Atkinson, 2002, p. 125), permitindo ao pesquisador acesso a um mundo até então desconhecido para ele, ainda que possam haver limitações, como falhas na própria memória do narrador.…”