2004
DOI: 10.1590/s0104-026x2004000300002
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Como e por que somos feministas

Abstract: Ao pensar sobre 1 a tarefa de falar sobre o trabalho desenvolvido pela Revista Estudos Feministas, definindo seu lugar dentro deste debate, ocorreu-me começar problematizando o próprio tema proposto, ou seja: pensar nossa tarefa como publicação feminista e como se constitui nossa diferença em termos de um contexto cultural, ou, em outras palavras, que contexto cultural é este em que nos constituímos como feministas, e o que significa ser feminista para nós, neste contexto.Um primeiro olhar para nossa revista i… Show more

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“…Tal como nos ensina Harding (1986), concebemos o conhecimento como sendo sempre situado e advogamos a necessidade de resgatar o papel da emoção e da experiência dos/as investigadores/as neste processo. Procuramos, desta forma, oferecer novas interpretações de discursos enraizados sobre o fazer-ciência português, pois concebemos esta prática como uma forma de luta feminista e política contemporânea urgente (Schmidt, 2004). Neste sentido, almejamos contribuir para a desconstrução da crença de que mecanismos racistas ou sexistas de discriminação são inexistentes no meio académico científico em Portugal.…”
Section: Metodologiaunclassified
“…Tal como nos ensina Harding (1986), concebemos o conhecimento como sendo sempre situado e advogamos a necessidade de resgatar o papel da emoção e da experiência dos/as investigadores/as neste processo. Procuramos, desta forma, oferecer novas interpretações de discursos enraizados sobre o fazer-ciência português, pois concebemos esta prática como uma forma de luta feminista e política contemporânea urgente (Schmidt, 2004). Neste sentido, almejamos contribuir para a desconstrução da crença de que mecanismos racistas ou sexistas de discriminação são inexistentes no meio académico científico em Portugal.…”
Section: Metodologiaunclassified
“…Nomes como os de Caldas-Coulthard (2007), Costa (1994Costa ( , 2000Costa ( e 2002, Dépêche (2002), Heberle (2004), Koshiyama e Bocchini (2008), Magalhães (2008), Pinto (2007), Schmidt (2004) e Schmidt (2006), todas estudiosas feministas atuantes no contexto brasileiro, abordam, além da tríade temática crítica, também: poder, identidades, discursos sexistas, corpos, movimento feminista e estudos linguísticos, sempre por meio de confronto crítico de teorias e métodos. Quando se opera um projeto feminista de ciência, com um maior acesso das mulheres à pesquisa científi ca, ocorre, concomitantemente, uma crítica ao modo dominante de produção do conhecimento científi co (Mignolo, 2004), com propostas alternativas de operação e articulação dessa produção (Rago, 1998).…”
Section: Questões Da Crítica Feminista Sobre Linguagem No Brasilunclassified
“…Já os movimentos feministas eram movimentos que buscavam uma agenda autônoma e específica, voltada para as questões da opressão e das desigualdades entre homens e mulheres. Os movimentos feministas distinguiram-se dos movimentos de mulheres ao denunciarem a negligência às questões específicas das mulheres e as discriminações sexistas e hierárquicas vividas pelas mulheres dentro das organizações de esquerda, historicamente masculinas e patriarcais (Blay, 2001;Colling, 1997;Ferreira, 1996;Schmidt, 2004).…”
Section: • 121unclassified
“…Apesar da crescente consolidação deste campo de estudos no Brasil, sua inserção no espaço acadêmico sempre foi marginal, ocorrendo predominantemente na pesquisa, em detrimento do ensino. A maioria dos cursos foi (e ainda é) oferecida na pós-graduação, onde há maior flexibilidade curricular, sendo que, na graduação, são oferecidas apenas disciplinas optativas, não havendo cursos regulares sobre relações de gênero (Blay, 2001;Costa, 1994;Costa & Schmidt, 2004;Schmidt, 2004). No campo da terapia familiar, verifica-se semelhante cenário: nos cursos de formação e de especialização em psicoterapia familiar no Brasil, é quase inexistente a discussão dos aspectos de gênero nos currículos.…”
Section: • 121unclassified