2015
DOI: 10.1590/s0103-73312015000200008
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Sobre as ciências sociais na Saúde Coletiva - com especial referência à Antropologia

Abstract: IntroduçãoNeste artigo, refletimos sobre o papel das ciências sociais, especialmente da Antropologia, na estruturação do campo da Saúde Coletiva entre nós. Para tanto, procedemos à revisão de um conjunto de trabalhos publicados recentemente a respeito do tema. Abordamos a Saúde Coletiva como lócus específico do campo científico, 1 onde se disputam e se negociam, de um lado, a própria definição do que pode e deve ser pesquisado -com quais métodos e com que finalidade -, e, de outro, quem tem autoridade para fal… Show more

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“…Os elementos identitários desse campo, oriundos das três áreas que o constituem (epidemiologia, ciências sociais e humanas em saúde (CSHS) e política, planejamento e gestão) compõem uma complexidade de relações que fazem com que dilemas e desafios estejam continuamente presentes na agenda de discussão: sobre a produção de saberes e práticas a partir de campos disciplinares que ora se situam dentro do campo da saúde coletiva, ora se situam fora dele; e sobre a relação complexa e tensa entre prática científica (pesquisa) e prática política (intervenção na arena social) (Russo;Carrara, 2015). Acrescento ainda os desafios do ensino das CSHS para profissionais da saúde, sobretudo a partir da recente criação da graduação em Saúde Coletiva, pois esses sanitaristas têm formação interdisciplinar bastante diferente das demais graduações da área de saúde.…”
Section: Pontos De Partida…unclassified
“…Os elementos identitários desse campo, oriundos das três áreas que o constituem (epidemiologia, ciências sociais e humanas em saúde (CSHS) e política, planejamento e gestão) compõem uma complexidade de relações que fazem com que dilemas e desafios estejam continuamente presentes na agenda de discussão: sobre a produção de saberes e práticas a partir de campos disciplinares que ora se situam dentro do campo da saúde coletiva, ora se situam fora dele; e sobre a relação complexa e tensa entre prática científica (pesquisa) e prática política (intervenção na arena social) (Russo;Carrara, 2015). Acrescento ainda os desafios do ensino das CSHS para profissionais da saúde, sobretudo a partir da recente criação da graduação em Saúde Coletiva, pois esses sanitaristas têm formação interdisciplinar bastante diferente das demais graduações da área de saúde.…”
Section: Pontos De Partida…unclassified
“…Articula-se aí uma forte crítica tanto ao poder médico/sanitário (daí o tema da "medicalização") quanto ao próprio poder normativo da ciência (daí o tema da "construção social"). (Russo;Carrara, 2015, p. 478) Por um lado, temos um contexto de transformações sociossanitárias, dado especialmente pelas mudanças no curso das doenças (transição demográfica e mudanças no perfil epidemiológico) e nas mais diferentes formas de se perceber a saúde em âmbito nacional e internacional (Luz, 2011). Por outro, o avanço das discussões acadêmicas sobre saúde e teoria social, com teorias significativas sendo produzidas em diferentes campos do conhecimento, demonstram a necessidade da criação de diferentes paradigmas para se pensar a agir em saúde.…”
Section: As Ciências Sociais Na Saúde Coletiva: a Atualidade E Estágiosunclassified
“…Na área da Saúde Coletiva, está cada vez mais comum o uso de etnografia como método de pesquisa qualitativa (Nakamura 2011;Russo e Carrara 2015). Desse modo, justificamos o uso dessa metodologia também por ser apoiada na transdisciplinaridade, comum no campo da ADC, em que busca dialogar com estudos na área de Saúde Coletiva (Caprara e Rodrigues 2004;Franco et al 2005;Victora 2011;Stoddart 2012;Gomes et al 2012).…”
Section: Metodologiaunclassified