Cidades inteligentes: inovação tecnológica no meio urbano

Abstract

Neste artigo analisa-se como o desenvolvimento dos pólos de inovação tecnológica pode ser incorporado nos processos de gestão urbana, especialmente em projetos de recuperação de áreas urbanas.

As cidades inteligentes e os desafios para a implantação da garantia da qualidade de serviços

“…No Brasil, estudos que tratam das cidades inteligentes ainda não são repertoriados. Aliás, dentre os poucos estudos existentes destacam-se os de Duarte (2005) que realiza um estudo de caso sobre a cidade multimídia de Montreal, o de Gama, Almeida e Peixoto (2012) que busca apresentar um modelo de maturidade tecnológica para as cidades inteligentes, os trabalhos de Lemos (2013) para quem a política de abertura dos dados públicos alinhados ao Open Data, ao Big Data bem como à internet das coisas, serão decisivos à criação das cidades inteligentes e, também, à formação de cidadãos inteligentes.…”

“…Aliás, as explicitações de Khan (2014), quando diz que o grande desafio é justamente a convergência entre as políticas públicas e as tecnologias foram evidenciadas pelos especialistas que apontaram ser as questões governamentais um dos grandes entraves e, talvez, o maior desafio à governança pública de cidades inteligentes. Em decorrência disso, apesar de se ter desvelado neste trabalho que os sistemas de service assurance auxiliam na gestão de uma cidade inteligente como um ecossistema organizado, ficou evidente nos resultados que existe uma grande dificuldade em termos de diálogo entre os fornecedores de serviços e os gestores das cidades, por tratar-se de temas de alta complexidade tecnológica, como bem define Duarte (2005), se tornando, por isso mesmo, inapreensível e distante do cotidiano de gestores e usuários que, por meio de uma possível visão míope, acaba por transformar a cultura na qual a sociedade se firma e se amalgama como um entrave ao desenvolvimento inteligente de cidades.…”

Desenvolvimento urbano baseado em conhecimento e ecossistemas de inovação urbanos: uma análise em quatro cidades brasileiras

“…As cidades são "formadas e formadoras da diversidade, atratoras e dispersoras de valores que nelas se transformam", cuja força está tanto em possíveis características físicas quanto na dinâmica de fatores políticos, culturais, econômicos, financeiros, sociais e técnicos. Empresas e pessoas inovadoras dependem de um ambiente informacionalmente rico e esse ambiente está intimamente ligado às qualidades do contexto urbano (Duarte, 2005).…”

“…De fato, os ei consolidam-se em áreas urbanas "ricamente informadas" com infraestrutura tecnológica, social, econômica, cultural e cientifica (Duarte, 2005). As cidades são vistas como centros de conhecimento, como loci de culturas que produzem e valorizam conhecimento (Knight, 2008, Leite & Awad, 2012May & Perry, 2011a, 2011b.…”

Smart surveillance em aplicações recentes no Brasil:Um estudo de caso nas cidades de Recife e Curitiba

“…A era informacional, que transformou a cidade em um ambiente ainda mais conectado (Duarte, 2005) (Thite, 2011), mas também é aquela que aproveita o Big Data para orientar a ação da gestão pública (Lemos, 2013b). É comum que o termo smart city seja utilizado na designação de projetos que utilizam unicamente ferramentas digitais.…”