O objetivo deste estudo foi avaliar o consumo alimentar e a qualidade de vida dos indivíduos com osteoartrose. Estudo do tipo série de casos, com pacientes adultos de ambos os sexos, onde foram avaliados dados socioeconômicos, antropométricos, dietéticos e sobre a qualidade de vida. Para avaliar o consumo alimentar foi utilizado um questionário de frequência alimentar do tipo qualitativo, com mensuração convertida em escores de frequência de consumo dos alimentos considerados de risco e de proteção para as doenças crônicas não transmissíveis. A qualidade de vida foi avaliada pelo questionário Short Form Health Survey Questionnaire - SF-12. Foram avaliados 70 indivíduos sendo 64,3% do sexo feminino, 44,3% com mais de 50 anos, bom nível de escolaridade em 55,7% com superior completo, 53,6% com excesso de peso e 33,3% apresentando outras comorbidades crônicas. Os escores de qualidade de vida foram abaixo de 50, o que podem indicar menor qualidade de vida. Observou-se que os alimentos mais consumidos por ambos os sexos foram aqueles considerados alimentos de risco. Com relação aos quartis dos escores de consumo alimentar, segundo características socioeconômicas e antropométricas, as pessoas que apresentavam outras doenças crônicas consumiam menos alimentos considerados protetores. E os alimentos considerados de risco foram mais consumidos pelo grupo com maior nível de renda. Quanto aos quartis dos escores de qualidade de vida segundo características socioeconômicas e antropométricas, nenhuma variável apresentou associação estatisticamente significante. A população avaliada apresenta riscos à sua saúde, devido à elevada frequência de excesso de peso e do baixo consumo de alimentos protetores, como frutas, legumes e verduras. Da mesma forma, mesmo não encontrando significância estatística, é possível observar uma tendência de piora na qualidade de vida de indivíduos portadores de OA.