A retomada do processo de implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde no Brasil

Abstract

RESUMO Este trabalho teve por objetivos descrever e analisar as mais recentes iniciativas realizadas, no âmbito da gestão federal, para a implementação e fortalecimento da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS). Toma como referencial o ciclo da política pública de Kingdon, descrevendo como se deu a inclusão desse tema na agenda governamental, em 2003, e analisa o conteúdo dos documentos que materializam as propostas da Política. Em seguida, concentra-se na descrição e análise do movimento desencadeado em 2017-2018, com a realização de uma série de eventos regionais, dos quais resultaram a identificação das fragilidades enfrentadas nesse processo de implementação da PNEPS, subsidiando um conjunto de propostas, que referenciam as iniciativas desencadeadas, visando à efetiva implementação da PNEPS no âmbito do Sistema Único de Saúde.

Development of an animated infographic on Permanent Health Education

“…Over the past 30 years, the SUS expanded the coverage of actions and reorganized the health services, which meant an increase in the workforce at various levels of complexity. This scenario ( 8 , 28 ) had implications for the training and qualification of personnel, which started to be strategically articulated by the Ministry of Health’s Department of Labor Management and Health Education in several instances ( 29 ) . The legal frameworks of PHE, GM/MS Ordinance No.…”

“…It is aimed at the health team at the various organizational levels of the care network and seeks to qualify the practices for humanizing health care for the population and improving the management of the SUS (29) . workers" (8) .…”

A Importância da Educação Permanente aos Trabalhadores da Saúde como Ferramenta para Transformação Social / The Importance of Permanent Education to Health Workers as a Tool for Social Transformation

“…Sendo assim, a EPS deixa de ser uma prioridade resultando em planejamentos estratégicos pobres e não resolutivos (29) .…”

Educação permanente em Saúde e Metodologias Ativas de ensino: uma revisão sistemática integrativa

“…Por sua vez, destacando a necessidade de processos educativos constantes voltados a profissionais, o termo Educação Permanente (EP) foi cunhado na década de 1950 na França e difundido internacionalmente pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) a partir da década de 1960 (Lemos, 2016;Schultz, 1985). Neste contexto, a EP vem sendo construída como uma prática formativa contínua que propõe a reflexão sobre o trabalho e a aprendizagem no ambiente laboral, norteada por processos de aprendizagem coletivos, colaborativos e significativos, com compartilhamento de saberes, diálogos horizontais e participação social (Ministério da Saúde, 2018; Gonçalves, Pinto, França & Teixeira, 2019;Souza & Costa, 2019).…”

“…Nesse sentido, a Educação Permanente em Saúde (EPS) busca romper com o modelo tradicional de ensino ao propor a interação entre ensino, serviço e comunidade, afirmando a necessidade estratégica de aliar, de maneira transformadora, ações educativas aos processos de trabalho em saúde e de construir/fortalecer relações interprofissionais que impactem na realidade concreta dos territórios. E assim o faz mediante um ensino problematizador e crítico do cotidiano, pela produção de conhecimento no dia-a-dia do trabalho, pela construção de novas práticas assistenciais, soluções criativas e movimentos transformadores da realidade do cuidado (Gonçalves, Pinto, França & Teixeira, 2019;Ministério da Saúde, 2018;De-Carli, Silva, Zafalon, Mitre, Pereira, Bomfim & Theobald, 2019;França, Pierantoni, Belisario, Medeiros, Castro, Cardoso & Garcia, 2016;Pinheiro, Azambuja & Bonamigo, 2018;Souza & Costa, 2019).…”