No mesmo compasso em que transformações ocorrem na organização do trabalho, estudantes e educadores buscam, além daquelas obtidas dentro da sala de aula, experiências que possam facilitar a aprendizagem. Uma dessas experiências é a participação na Empresa Júnior, um conceito que surgiu com a promessa de ser um laboratório para os estudantes universitários. É nesse contexto que estabelecemos para esta pesquisa o objetivo de identificar e analisar competências desenvolvidas pelos egressos de uma Empresa Júnior sediada em uma instituição federal em Minas Gerais, bem como verificar se as competências constituídas por esses egressos contribuíram para o desenvolvimento de sua carreira profissional. Nossa abordagem é de natureza qualitativa e utilizamos o estudo de caso como estratégia de pesquisa. Para coleta dos dados, entrevistamos egressos de uma empresa júnior do curso de Administração de uma instituição federal, realizamos observação direta nessa empresa júnior e analisamos documentos. Utilizamos a técnica de análise de conteúdo para análise de todo o material coletado. Os resultados apontam que a empresa júnior analisada constitui-se de um espaço para construção de competências, bem como contribui para o desenvolvimento da carreira profissional de seus egressos.
A obra reúne artigos de diversos pesquisadores em ciências sociais, cada artigo trata de um assunto relacionado à utilização da abordagem qualitativa nas ciências sociais. O livro enfoca, além do texto, duas fontes pouco utilizadas em trabalhos na área da administração: a imagem e o som. A obra está dividida em quatro partes: construção do corpus da pesquisa; enfoques analíticos; uso do computador e; exposição de questões práticas (Nota por Valdir Machado Valadão Júnior-UFU).
O assédio moral é um tema recorrente na literatura de negócios, com perspectivas, embora distintas, convergentes em um aspecto: essa prática deve ser banida das organizações, e, para isso, é necessário compreendê-la em maior profundidade. Nesse sentido, este estudo analisa processos de assédio moral com o objetivo de identificar as divergências e convergências entre as sentenças/processos procedentes verificados na Justiça do Trabalho, bem como analisa os discursos dos autos, das vítimas e dos gestores das organizações responsabilizadas, adotando como referência algumas das categorias de assédio moral. Diferentemente das pesquisas tradicionais, que consideram a perspectiva das vítimas, esta pesquisa vai além ao considerar, também, os gestores das organizações onde ocorreram os casos analisados. A estratégia de pesquisa utilizada é o estudo de caso, a partir da triangulação de dados obtidos com entrevistas com as vítimas e os gestores e análise de documentos. Com esse delineamento, o estudo foi dirigido em duas fases complementares: na primeira realizou-se o mapeamento das ocorrências de assédio moral na Justiça do Trabalho e na segunda analisaram-se dez casos de assédio moral contra mulheres que trabalharam em empresas privadas de grande porte. Os resultados mostram divergências expressivas nas categorias entre a ótica das vítimas e dos gestores Além disso, eles revelam, não apenas nos discursos dos entrevistados, uma miopia em relação às múltiplas causas de assédio moral no mundo do trabalho, mas, também, nos elementos dos processos jurídicos. Com ênfase nos gestores, as contradições e equívocos sobre o tema preocupam, e os álibis naturalizados, em suas expressões e falas, tentam levar a problemática para a margem, utilizando o tom de "brincadeira" e eufemismos.
ResumoNeste artigo, abordamos a questão de gênero tendo por base o feminismo pós-colonial. Nosso objetivo é analisar as configurações de gênero em uma lavanderia comunitária localizada no interior de Minas Gerais, na qual trabalham apenas mulheres sob a liderança de uma mulher negra e pobre. Recorremos ao pensamento pós-colonial, especificamente às reflexões sobre a subalternidade feminina em Mohanty (1984), Spivak (1988) e Suleri (1992. O esforço dessas autoras para compreender a dinâmica de gênero traz à tona questões pouco observadas pelas teorias tradicionais, principalmente as de caráter dual que abordam gênero como uma simples relação entre sexos. Por sua vez, o pensamento pós-colonial apoia-se nos conceitos de subalternidade, não lugar e outros para refletir sobre os sujeitos pós-coloniais que falam por meio de representantes cuja legitimidade se dá pelo lugar, e não pela fala em si. Como método, utilizamos a técnica shadowing para acompanhar o cotidiano de trabalho da gestora dessa lavanderia e identificar a dinâmica de gênero que emerge das suas interações cotidianas. Como resultados, apresentamos as configurações das relações de gêneros, as quais consistem em nossas interpretações, que são, portanto, subjetivas, das práticas discursivas que emergiram durante o cotidiano de Cida, a gestora shadowed na lavanderia. Palavras-chave:Subalternidade. Feminismo pós-colonial. Shadowing. AbstractIn this paper, we approach the gender issue from a postcolonial feminist perspective. Our aim is to analyze gender setups in a launderette located in the countryside of Minas Gerais, where only women work under the leadership of a poor black woman. We relied on the postcolonial thought, specifically on reflections about the inferiority of women in Mohanty (1984), Spivak (1988), andSuleri (1992). The efforts of these authors to understand the gender dynamics brings up issues which are rarely observed by traditional theories, especially those with a dual nature addressing gender as a simple relationship between the sexes. In turn, the postcolonial thought leans on the concept of subordination, noplace, and other ones to reflect upon the postcolonial subjects who speak through representatives whose legitimacy is 1 Doutor em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas/EAESP; Professor associado da FUCAPE Business School. Endereço:
ResumoCom base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, a forma prioritária de preparação para o ingresso no magistério superior é por meio de cursos de pós-graduação, em especial, o mestrado e o doutorado. Os programas de pós-graduação em Administração foram regulamentados no Brasil em 1965 e, pela própria maneira que esses cursos se desenvolveram, orientados pelo modelo norte-americano, a atividade docente possui algumas lacunas. Pelo cenário de ascensão das empresas públicas e privadas no país na década de cinquenta, foi favorecida a formação técnica, voltada para o mercado e, a atividade docente, dessa forma, recebeu menor atenção. Mesmo com o crescimento do número de programas stricto sensu, alguns problemas estruturais desses cursos permanecem e, na tentativa de melhor compreender as dimensões da formação dos docentes em Administração por esses programas, no Estado de Minas Gerais, eles foram descritos, bem como tiveram suas ementas analisadas, com foco nas disciplinas didático-pedagógicas. Foi usada a pesquisa documental, pois foram analisados os dados coletados no site da Capes (2012), no caderno de indicadores de avaliação dos Programas de Pós-Graduação em Administração, onde foram considerados os sete programas de mestrado stricto sensu em Administração de Minas Gerais. A análise dos dados coletados foi por meio da análise de conteúdo. Percebeu-se a existência da obrigatoriedade dessas disciplinas em alguns programas de mestrado em Minas Gerais, contudo, com pequena carga horária e, que o processo de formação no ensino se dá predominantemente por autores da área da pedagogia e não da própria disciplina de Administração. Palavras-chave: pós-graduação, mestrado, formação docente.
RESUMOO investimento social privado se realiza, muitas vezes, por meio das fundações corporativas. Este artigo analisa como as fundações constroem discursivamente sua relação com a empresa e a sociedade a partir do tema responsabilidade social. O método de análise de discurso é utilizado com o objetivo de identifi car e compreender como a companhia e a sociedade estão presentes no discurso de seis fundações. A análise revela que, além de protagonistas na criação de valor social, essas entidades vêm desempenhando um papel estratégico para a companhia, conforme a retórica da "nova" fi lantropia. Primeiro, quando assumem a função de dialogar com os stakeholders, tornando-se pontos de referência para a compreensão das necessidades, dos interesses e das expectativas da sociedade. Segundo, como espaço ampliado de gestão, visto que a companhia está presente de forma signifi cativa no discurso das fundações. PALAVRAS-CHAVE Discurso, estratégia, fi lantropia, fundações, responsabilidade social. Jacquelaine Florindo Borges
Resumo: Diante da necessidade de prestar contas aos seus stakeholders, as corporações tecem seus discursos de Palavras-chave: Crimes corporativos; Abordagem dos stakeholders; Responsabilidade socioambiental.Abstract: In order to be accountable to its stakeholders, corporations produce socio-environmental responsibility discourses, claiming that they are part of their corporate values. However, such discourses are challenged whenever corporate-crime practices occur. The aim of this paper is to analyse socio-environmental responsibility discourses of a corporation involved in environmental corporate crimes to identify how discourse and organizational practice relate to each other. Using documentary research as a method of procedure, the analysis indicates that the dialogue between the corporation and the community is characterized by inconsistency, contradiction and indifference.
Esta pesquisa aborda a opinião pública sobre os crimes e ilegalidades corporativas. É possível que atuais estudantes da área de negócios, no exercício futuro da função de gestores, enfrentem situações que demandem decisões, muitas vezes, com consequências danosas, o que exige uma postura ética e reflexiva acerca das condutas a serem tomadas, bem como de suas consequências. O objetivo desta pesquisa é caracterizar a opinião dos estudantes de graduação na área de negócios a respeito dos crimes corporativos, buscando compreender o que impulsiona as atuais opiniões desse público sobre questões importantes associadas ao tema. Esta é uma pesquisa de natureza quantitativa, realizada por meio de um questionário estruturado. Os resultados apontam que, em geral, há um nível médio de conhecimento dos estudantes sobre esta temática e, em relação à gravidade dos crimes corporativos, os estudantes consideram o “uso de mão de obra infantil e trabalho escravo” como aquele de maior gravidade em relação aos outros crimes e ilegalidades corporativas. Ainda, evidenciou-se que os pesquisados consideram os crimes de rua mais graves do que os crimes corporativos.
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