Resumo: Dada a ausência de instrumentos brasileiros para avaliação de qualidade da educação infantil, desenvolvemos estudos com duas escalas norte-americanas (Early Childhood Environment Rating Scale-ECERS e Infant/Toddler Environment Rating Scale-ITERS), examinando sua precisão à realidade brasileira. Cada item (ECERS-37; ITERS-35) é pontuado de 1 a 7, conforme instruções específicas, observadas durante atividades do grupo. Foram avaliadas turmas de instituições filantrópicas, municipais, privadas e universitá-ria, obtendo-se: (1) índice de acordo entre dois avaliadores independentes acima de 85%, indicando um nível satisfatório de precisão; (2) baixo nível de qualidade do atendimento nas redes filantrópica e municipal, nesta havendo melhor qualidade; (3) nível satisfatório de qualidade em pré-escolas privadas e alto nível na creche universitária. As escalas discriminaram os vários modelos de instituição, diferenciaram as turmas entre si e aspectos satisfatórios ou deficitários em cada turma, essencial para a proposição de mudanças, visando melhoria na qualidade do atendimento oferecido.Palavras-chave: avaliação de qualidade; educação infantil; creches; pré-escolas ASSESSMENT OF EARLY CHILDHOOD EDUCATIONAL ENVIRONMENTSAbstract: Due to the lack of Brazilian instruments that assess the quality of childhood settings, studies that examined the reliability of two American scales (Early Childhood Environment Rating Scale-ECERS and Infant/Toddler Environment Rating Scale-TYERS) were conducted in Brazilian institutions. Each item of each scale (ECERS-37; ITERS-35) is rated from 1 to 7 according to specific instructions observed during group activities. Groupings from custodial, public, private and university institutions were assessed and obtained: (1) satisfactory inter-rater reliability (over 85%); (2) low quality level of care in both public and custodial networks (public better than custodial care); (3) satisfactory quality level in private pre-schools and high level in the university institution. The scales discriminated among different institutional models, differentiated playrooms between each other, and pointed out deficient and satisfactory aspects in each playroom. These aspects are very important for planning improvements of the quality of education provided.Key-words: quality assessment; early childhood education; day care centers; pre-schools O atendimento de crianças pequenas em ambientes coletivos no Brasil, especialmente as advindas de população mais carente, por um longo tempo foi motivado pela filantropia, sendo de cunho assistencialista, com total ausência do Estado (Cam-1 Artigo recebido para publicação em 17/10/02, aceito em 16/12/02.
RESUMO.Este estudo apresenta a análise de conteúdo da Infant/Toddler Environment Rating Scale-ITERS. Duas especialistas brasileiras em educação infantil analisaram a pertinência de cada um dos 35 itens da ITERS para avaliar a qualidade de ambientes educacionais oferecidos para crianças de 0 a 30 meses. Considerando-se os 70 itens avaliados, verificou-se que em 69 houve indicação de permanência e apenas uma sugestão de exclusão. As indicações de permanência dos itens foram classificadas nas seguintes categorias: Permanência sem sugestões de alterações (56%); Permanência com sugestão de adequação de termos, de materiais ou de situações (19%); Permanência com sugestão de acréscimo de esclarecimentos (11%); Permanência com alterações de estrutura ou de conteúdo (10%). O alto índice de acordo obtido entre as juízas (97%) quanto à permanência de 34 itens sugere a pertinência da ITERS, representada pelos 35 itens, para avaliar a qualidade do atendimento oferecido em ambientes educacionais coletivos em nosso contexto.Palavras-chave: escala de avaliação, qualidade, creche. QUALITY OF DAY CARE CENTER ENVIRONMENT: A RATING SCALE ABSTRACT. This study presents an analysis of content of the Infant / Toddler Environment Rating Scale -ITERS.Two Brazilian experts in child education analyzed the pertinence of each of the 35 items of the ITERS to assess the quality of educational environments offered to children 0 -30 months years old. Considering the 70 items assessed, it was verified that in 69 of them there was indication of permanency, and only one suggestion of exclusion. The indications of permanency of the items were thus classified: permanency without suggestions of alterations (56%); permanency with suggestion of adaptation of terms, materials or situations (19%); permanency with suggestion of adding clarifications (11%); permanency with structural or content alterations (10%). The high index of agreement obtained between the two experts (97%) as to the permanency of 34 items, suggests the pertinence of the ITERS, represented by the 35 items, to assess the quality of care offered in collective educational environments in our context.
Objetiva-se mostrar como vem sendo feita a integração entre Psicologia Ambiental, Psicologia do Desenvolvimento e Educação Infantil, tendo como base pesquisas empíricas com foco na organização espacial em creches, agrupadas em duas linhas: (1) pesquisas sobre arranjo espacial (maneira como móveis/equipamentos estão posicionados em salas de crianças de 1-2/2-3/3-4 anos), evidenciaram como um dos elementos ambientais mediadores da interação criança-criança e criança-educador favorece certas práticas educativas e interativas e impede outras; (2) estudos sobre uma escala norte-americana de avaliação de qualidade de ambientes infantis coletivos e outro sobre análise de princípios de qualidade de creches em documentos nacionais e estrangeiros indicaram a adequabilidade da escala para nosso contexto e o compartilhamento de indicadores de qualidade. Tais dados empíricos demonstram a possibilidade de integração entre Psicologia Ambiental, do Desenvolvimento e Educação Infantil.
ResumoEste artigo objetiva discutir o conceito de Ambiente Pedagógico na educação infantil, baseado na perspectiva histórico-cultural, abordando sua dimensão relacional e processual. Interessa-nos pensar o espaço/ambiente, sobretudo como processo pedagógico e não como fator externo às ações dos indivíduos (crianças e educadores/professores). Para isso, dialogamos com Vigotski e Wallon, que consideram o ambiente um elemento fortemente relacionado ao desenvolvimento infantil, visto que varia em função da idade, dos estados afetivos e das motivações dos indivíduos. O conceito de vivência possibilita-nos compreender o ambiente como elemento produzido na relação com cada indivíduo, mediante sua interpretação e percepção. Abordamos alguns estudos da Psicologia Ambiental que tratam da relação entre os aspectos físicos do ambiente e desenvolvimento infantil para pensar a organização dos espaços institucionais infantis. Incluímos algumas contribuições da cidade italiana de Reggio Emilia sobre as experiências de organização espacial para a infância.Palavras-chave: Educação infantil; psicologia escolar; psicologia ambiental. Educational environment in early childhood education and psychology contribution AbstractThis article aims to discuss the concept of Educational Environment in kindergarten, based on historical and cultural perspective, addressing its relational and procedural dimension. We are interested in thinking about the space / environment, especially as an educational process and not as an external factor to the actions of individuals (children and educators / teachers). For this, we dialogue with Vygotsky and Wallon, who consider the environment a highly related to child development element, as it varies depending on the age of affective states and motivations of individuals.The concept of experience enables us to understand the environment as an element produced in relation to each individual by their interpretation and perception. We address some studies of environmental psychology on the relationship between the physical aspects of the environment and child development to think about the organization of children's institutional spaces. We have included some contributions from the Italian city of Reggio Emilia on the spatial organization of experiences for children.Keywords: early childhood education; school psychology; environmental psychology. Ambiente pedagógico en la educación infantil y la contribución de la psicología ResumenEste artículo tiene por objetivo discutir el concepto de Ambiente Pedagógico en la educación infantil, basado en la perspectiva histórico-cultural, abordando su dimensión relacional y procesual. Nos interesa pensar el espacio/ambiente, especialmente como proceso pedagógico y no como factor externo a las acciones de los individuos (niños y educadores/profesores). Para eso, dialogamos con Vygotsky y Wallon, que consideran el ambiente un elemento fuertemente relacionado al desarrollo infantil, visto que varía en función de la edad, de los estados afectivos y de las motivaciones de los...
PREFÁCIO Desde a primeira conferência internacional sobre Educação Ambiental, que ocorreu em 1977 em Tibilisi, na antiga União Soviética, considerada o marco inicial da Educação Ambiental, diferentes países uniram esforços para definir estratégias, objetivos e princípios orientadores para a realização de um sistema de Educação Ambiental eficaz em escala mundial. De lá para cá, muitas outras conferências foram realizadas no sentido de fazer com que a preocupação com esta temática se refletisse nas políticas públicas governamentais. Na conferência Rio 92, quinze anos após a primeira tentativa de reflexão sobre este tema, elaborou-se um documento, cuja proposição foi a criação de um código ético planetário, em que a preocupação com o meio Ambiente e a sustentabilidade direcionasse as políticas públicas. Este documento ficou conhecido como-Carta da Terra‖, cujas proposições centrais se apoiavam na realização de ações sustentáveis, visando à preservação de planeta, assim como propostas para uma sociedade planetária mais justa e igualitária. Todas estas ações possibilitaram que, no início do século XXI, o tema Educação ambiental estivesse em pauta nas principais discussões tanto no meio social, como político e acadêmico. Este volume-Sustentabilidade e Meio Ambiente: perspectivas da Educação Ambiental‖ apresenta-se como parte da coleção-Educação e Educandos‖, organizado no VII Simpósio de Educação e IV Encontro Internacional de Políticas Públicas em Educação. Este evento tornou possível a realização desta obra que é fruto da parceria das instituições UNESP e Uni-FACEF, cuja finalidade é discutir e repensar caminhos para os profissionais envolvidos com a educação. Neste volume, o estudo do presente tema objetiva primeiramente a discussão dos principais problemas ligados à questão do desenvolvimento social e sua conexão com o Meio Ambiente. Entende-se que "meio ambiente" constitui-se o espaço, onde recursos humanos e naturais possam se desenvolver de forma harmônica e sustentável, assim tal temática adquire uma intrincada complexidade. Neste contexto, deve-se também considerar a importância da educação no sentido de estabelecer um novo enfoque, em que se possa constituir um paradigma contemporâneo sobre a questão ambiental, enxergando não somente a natureza como um ecossistema natural, mas, sobretudo como um espaço de relações socioambientais sendo constantemente construído e reformulado. Os textos que compõe este volume são frutos de estudos e reflexões que envolvem esta temática.
<span style="font: 13px/normal verdana, arial; color: #000000; text-transform: none; text-indent: 0px; letter-spacing: normal; word-spacing: 0px; float: none; display: inline !important; white-space: normal; background-color: #ffffff;">Nas últimas décadas, a discussão sobre qualidade tem ganhado força e espaço nas políticas públicas e instituições de ensino. Assim, no intuito de contribuir com os estudos sobre avaliação da qualidade na educação infantil, a presente pesquisa objetiva analisar a utilização da Escala de Avaliação de Ambientes Coletivos para Crianças de O a 30 meses (Esac), versão traduzida de uma escala norte-americana para avaliação de ambientes de creches brasileiras. Por meio de aplicações da escala por pares independentes e aplicações individuais, foram observadas seis turmas de crianças (6-27 meses) de cinco creches (uma universitária, duas conveniadas, uma municipal e uma particular autorizada). Os resultados apontam para questões importantes a serem levadas em conta no uso da escala no contexto brasileiro. Observou-se que o resultado numérico, por si só, não facilita a caracterização das turmas em seus modelos pedagógicos, sendo importante considerar os detalhes de cada indicador e o processo de aplicação do instrumento. Aponta-se, portanto, para a necessidade de um diálogo entre a escala, seu uso e o contexto avaliado, o que possibilitará a discussão necessária para a compreensão da avaliação e de possíveis metas para a promoção da qualidade.</span>
Palavras-chaves: educação ambiental. educação especial. formação de professores.
RESUMO: O aumento da aquisição de sistemas privados de ensino por municípios brasileiros para pré-escolares tem gerado preocupações em especialistas da área. Indaga-se o quanto esses materiais consideram os avanços no campo do currículo para a infância. O presente estudo tem como objetivo analisar um sistema privado de ensino utilizado por um município do interior de São Paulo. Para tanto pesquisou-se o discurso oficial da empresa e realizou-se uma análise documental do conjunto de materiais utilizados na pré-escola. Os resultados mostram que os materiais desrespeitam os avanços científicos da área, documentos oficiais e ignoram o princípio da gestão democrática e autonomia do professor. PALAVRAS-CHAVE: educação infantil; educação pré-escolar; sistemas privados de ensino INTRODUÇÃOO presente estudo é parte de uma pesquisa mais ampla, e tem como objetivo apresentar os dados da análise de um sistema privado (apostilado) de ensino adotado por um município do interior de São Paulo. Para tanto inicia com a apresentação do referencial legal da educação infantil, e com a problematização que envolve a aquisição de materiais apostilados por municípios. Em seguida é realizada a apresentação da empresa, bem como do seu discurso oficial sobre seu serviço, e a análise do material utilizado por crianças pré-escolares.A Constituição Federal de 1988 deu início ao processo de saída da educação infantil do campo da assistência e ingresso no sistema educacional. Em 1996 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -LDBEN (BRASIL, 1996) reforçou os dispositivos constitucionais ao estabelecer que o "dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de" "educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade" (Artigo 4º inciso II). Em seu artigo 29 apresenta como sua finalidade "o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade" (Artigo
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