Introdução: A radioterapia contribui para a redução da ingestão alimentar e maior perda de peso, devido ao aparecimento de sintomas gastrointestinais, o que consequentemente leva à desnutrição. Objetivo: Identificar o risco nutricional, por meio do Malnutrition Universal Screening Tool (MUST), em pacientes com câncer submetidos à radioterapia. Método: Estudo transversal, realizado com pacientes ambulatoriais do Serviço de Radioterapia do Hospital de Câncer de Pernambuco, durante outubro/2014 a maio/2015. Foram avaliadas as características socioeconômicas, demográficas, estilo de vida (fumo, álcool e atividade física), variáveis antropométricas (peso habitual, atual e IMC), comorbidades (hipertensão e diabetes), tipos de neoplasias, tempo de diagnóstico e tratamento. O risco nutricional foi identificado utilizando-se o MUST, que classifica o paciente com risco ou sem risco, e em baixo, médio e alto risco nutricional. Resultados: Foram estudados 150 pacientes com média de idade de 47,3 anos, a maioria mulheres (72%) e proporções semelhantes de adultos e idosos. Observou-se que a maioria do grupo era procedente do interior do Estado, inativos/aposentados e recebiam 1-3 salários mínimos. O risco nutricional foi significantemente maior nos idosos (62,9%), em que predominou o alto risco (45,7%), enquanto nos adultos a maioria evidenciou sem risco (61,2%). As neoplasias mais frequentes foram as ginecológicas (59,4%) com ganho de peso de 33,3%; em seguida, os tumores de cabeça e pescoço com elevada perda ponderal (p=0,007). Conclusão: O MUST detectou risco nutricional em 50% dos pacientes estudados, com predominância nos idosos, a maioria com alto risco. Na neoplasia de cabeça e pescoço, predominou a perda ponderal; enquanto, no ginecológico, o ganho de peso. Ressalta-se a importância da realização de triagem ambulatorial para instituir precocemente uma terapia nutricional especializada.
Analisar a associação do estado nutricional e glicemia de jejum com os principais fatores prognósticos tumorais no câncer de mama invasivo em mulheres submetidas a tratamento cirúrgico. Métodos: Estudo retrospectivo com mulheres maiores de 18 anos, diagnosticadas com câncer de mama invasivo, admitidas para tratamento cirúrgico no Hospital de Câncer III-Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. As variáveis coletadas foram: idade, Índice de Massa Corporal (IMC), comorbidades (hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus), quimioterapia neoadjuvante, estado menopausal, glicemia de jejum, estadiamento clínico e marcadores tumorais (Receptor de Estrogênio e Progesterona/Her-2/Ki 67). Os dados categóricos foram expressos pela frequência e percentual e os dados numéricos pela média e desvio padrão. A análise estatística foi realizada por meio dos testes de: Kruskal-Wallis, Mann-Whitney, χ2 de Pearson e Sperman. P-valores <0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Resultados: 166 pacientes participaram da pesquisa. A média de idade foi de 59,1 (±12,4) anos e a média de glicemia de jejum foi 109,5±23,7 mg/dL. De acordo com o IMC, 62,1% da amostra foi classificada com excesso de peso. O IMC elevado estava associado à presença de hipertensão e hiperglicemia, e não foi observada associação com fatores prognósticos. A hiperglicemia estava relacionada com idade mais avançada, maior comprometimento linfonodal, receptor hormonal positivo e estado pós-menopausal. Conclusão: O estado nutricional classificado pelo IMC não foi associado com fatores prognósticos no câncer de mama, sugerindo a necessidade de outros métodos antropométricos complementares para melhor diagnóstico nutricional.
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Objective: To evaluate the nutritional status and the cardiovascular risk in women with breast cancer and identify factors associated with excessive body weight. Methods: A descriptive, cross-sectional, quantitative study was carried out in an oncology outpatient clinic and, gynecology/oncology wards at the Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, from March to August 2019. The data analyzed was related to sociodemographic, gynecologic, clinic, anthropometric and lifestyle factors. Nutritional status was assessed using Body Mass Index, considering excessive body weight when > 25 kg/m2 for adults and > 27 kg/m2 for elderly. Obesity was considered > 30 kg/m2. Cardiovascular risk was defined by waist circumference (≥ 80 cm), neck circumference (≥ 34 cm) and waist-to-height ratio (> 0.5). Results: A total of 46 patients were included, with a mean age of 51.9 years, and the majority in outpatient follow-up. The population was mostly Caucasian women, who were married or in a civil union, who had had at least one pregnancy, were in menopause, and were sedentary. High frequencies of excessive body weight (76.1%) and obesity (43.5%) were observed, and anthropometric parameters revealed an elevated frequency of cardiovascular risk in this population, waist circumference (97.8%), neck circumference (84.8%), and waist-to-height ratio (95.7%). Unemployment (p = 0.020), and waist (p = 0.001) and neck (p = 0.001) circumferences were statistically associated factors to excessive body weight. Conclusions: The anthropometric profile of women with breast cancer indicated excess body weight and elevated cardiovascular risk, which suggests to the need for nutrition intervention and follow-up after the diagnosis.
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