A carne é um alimento muito importante para a população brasileira e seu setor econômico. O consumo de carne moída teve um grande aumento há três décadas, tanto em países desenvolvidos como nos em desenvolvimento, dado ao fato dela ser de baixo custo, além de uma forma melhor e mais conveniente de se aproveitar as carnes menos nobres. A presente pesquisa tencionou avaliar a qualidade higiênico-sanitária das carnes moídas comercializadas em uma cidade localizada no interior da Paraíba. Para tanto foram coletadas seis amostras deste tipo de carne em lugares distintos, ademais denotar os pontos de venda com contaminação. Para as análises físico-químicas foram testadas a atividade de água, a acidez, o pH e umidade do produto. Já para as análises microbiológicas foram seguidos os parâmetros recomendados pela legislação vigente. As amostras C, D, E e F atestaram presença para Salmonella spp. Para o grupo coliformes apenas as amostras C, E e F acusaram risco para a presença destes, enquanto para Staplhylococcus aureus, todas as análises apresentaram negatividade. Quanto a caracterização físico-química os valores mostraram susceptibilidade dessas carnes a proliferação de bactérias, uma vez que a umidade se mostrou alta e o teor de acidez voltado para o neutro. Esse estudo mostra a importância de uma análise de controle de qualidade e segurança no consumo para essas carnes e invoca a necessidade de trabalho recorrente de boas práticas de manipulação com os comerciantes na tentativa de minimizar a contaminação.
Produto típico do nordeste brasileiro, o queijo tipo coalho tem uma grande importância econômica e cultural. No estado da Paraíba representa um significativo meio de geração de renda aos produtores de leite, em sua grande maioria produzindo queijos tipo coalho de forma artesanal. Para tanto, é utilizado o leite cru como principal matéria-prima para fabricação dessa iguaria, tão utilizada na gastronomia nordestina. A falta da utilização de métodos de pasteurização da matriz alimentar torna-se um meio propício para a veiculação de contaminação do produto. A ausência das Boas Práticas de Fabricação, associado ao transporte, acondicionamento e comercialização inadequada, deixa o consumidor expostos ao risco de doenças transmitidas por alimentos. Pela importância econômica e cultural no comércio deste produto na cidade avaliada, o presente estudo teve o intuito de analisar a qualidade microbiológica do queijo tipo coalho artesanal comercializados na feira. Assim, foram analisadas 10 amostras de diferentes pontos comerciais da feira de queijo da cidade de Campina Grande, Paraíba. As análises microbiológicas seguiram o protocolo da legislação vigente para tal produto, onde foram avaliados quanto a presença de coliformes totais, Staphylococcus aureus, Salmonela spp. e Listeria monocytogenes. 90% das amostras analisadas estavam acima do permitido pela normativa para coliformes totais, Salmonela spp. e Listeria monocytogenes. A partir dos resultados das análises microbiológicas, foram demonstradas inadequações dos padrões microbiológicas do queijo tipo coalho comercializados na feira central, por apresentar uma grande quantidade de microrganismos patogênicos acima do limite exigido pela legislação brasileira o que levanta um alerta de saúde pública.