Neste trabalho são apresentados os principais resultados de uma investigação realizada no campo da Educação em Astronomia, com professores do ensino fundamental de duas regiões do Rio Grande do Sul. O objetivo do estudo foi caracterizar o cenário regional do ensino de Astronomia, estabelecendo um comparativo com o cenário nacional. Esse estudo abordou três questões: identificar os principais temas de astronomia trabalhados em sala de aula, as estratégias metodológicas e quais as dificuldades apresentadas pelos professores ao desenvolver sua prática. Quanto aos conteúdos, encontrouse uma pulverização dos assuntos abordados, embora temas como movimentos da Terra e fenômenos astronômicos tenham sido citados pela maioria dos participantes. Sobre estratégias, são utilizadas principalmente aulas com apoio de recursos bidimensionais, como filmes, textos, mapas e pesquisa na internet. As principais dificuldades foram: falta de formação específica em relação a conteúdos de Astronomia; nível de abstração dos conteúdos, que dificultam sua compreensão, tanto pelos alunos quanto pelos próprios professores. De maneira geral, esses indicadores convergem para resultados já encontrados em outros estudos que investigam a prática docente em Astronomia, em que as deficiências da formação inicial dos professores, ou mesmo a falta dela, dificulta a adequada abordagem da Astronomia em sala de aula.
O objetivo deste trabalho é discutir diferentes práticas de avaliação desenvolvidas em duas disciplinas de Física de cursos de Engenharia de uma universidade comunitária situada no Rio Grande do Sul, sob a perspectiva dos estudantes envolvidos. Os pressupostos teórico metodológicos de referência envolvem estudos sobre práticas avaliativas com ênfase em avaliar para as aprendizagens e estudossobre rubricas. A recolha de dados incluiu feedbacks durante as aulas e a aplicação de um questionário on-line, respondido por 23 estudantes de duas turmas de Física. Provas online, experimentos virtuais, feedbacks por rubricas ou outros meios e quizzes just in time são as práticas avaliativas nas quais os estudantes percebem maior relevância para a autorregulação da aprendizagem. Outro resultado assinalado é que a variedade de estratégias e a explicitação dos critérios avaliativos torna o processo de avaliação mais transparente. Em termos gerais, percebe-que os alunos acolhem muito bem novas estratégias de avaliação, manifestando abertura para discutirem e participarem dessas experimentações docentes no campo da avaliação.
No cenário contemporâneo ainda convivemos com desigualdades e preconceitos de gênero, seja no mercado de trabalho, nas universidades ou em carreiras científicas. Esse cenário é reflexo de uma cultura patriarcal e machista que naturaliza as diferenças e desigualdades. No campo das Ciências Exatas e Engenharias não é diferente. Estatísticas e estudos mostram que as mulheres são minoria em cursos de graduação ou pós-graduação na área. Também revelam que há um forte desestímulo social e escolar para que meninas escolham essa área. A Chamada 031/2018 do CNPq surge como uma iniciativa pública de fomento para contribuir na reversão dessas estatísticas. O objetivo deste artigo é apresentar as principais ações da proposta Meninas na Ciência da Universidade do Vale do Taquari – Univates, problematizando questões de gênero na área das Ciências Exatas e Engenharias. A natureza coletiva deste projeto se reflete também na estrutura deste artigo, que representa vozes, inquietações e iniciativas de muitas meninas e mulheres. As seções dois e três resultam do trabalho de três bolsistas de iniciação científica júnior (ICJ) do CNPq e de bolsista de extensão de projeto vinculado ao Programa de Extensão Ciências Exatas e Engenharias.
Resumo: A Física é uma disciplina de fundamental importância, seja no ensino médio regular, na educação profissional ou em muitos currículos ao nível superior. Porém, devido à abordagem pedagógica com que é apresentada para os alunos, o resultado muitas vezes não corresponde a um aprendizado significativo, com reprovações e evasões do ambiente de aprendizagem. Em nossa prática profissional, percebemos que os discentes nestes três níveis de ensino apresentavam concepções equivocadas em relação aos conhecimentos físicos relacionados ao fenômeno das estações do ano. Este fato suscitou o desenvolvimento desta pesquisa com alunos do PROEJA, com o objetivo de identificar se há indícios de aprendizagem significativa dos conteúdos pelos alunos no ensino de Física por meio da utilização de ferramentas tecnológicas. Para isto, realizamos um estudo de caso por meio de uma intervenção pedagógica. As ferramentas tecnológicas escolhidas corresponderam a modelagem e a simulação computacional. O alicerce teórico cognitivo da presente pesquisa é a Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel. Ao fim, o objetivo de verificar indícios de aprendizagem significativa foi alcançado, indicando a possibilidade da modelagem e a simulação computacional serem caracterizadas como materiais educacionais potencialmente significativos. Palavras
ResumoOs fenômenos astronômicos apresentam como conhecimentos prévios específicos, uma grande quantidade de conteúdos físicos que necessitam ter sido aprendidos de forma significativa, para que esses fenômenos possam ser abordados. Destaca-se, devido às concepções alternativas verificadas pelos discentes nos diversos níveis de ensino, o fenômeno das estações do ano. Diante desta realidade, o presente artigo tem como objetivo apresentar os resultados da aplicação de uma metodologia de ensino para as estações do ano, por meio da modelagem computacional, utilizando o software Modellus. Um estudo de caso foi realizado, em uma pesquisa qualitativa, com o desenvolvimento de uma intervenção pedagógica. Os alunos participantes pertencem a uma turma do curso técnico em informática, na forma da Educação Profissional Técnica Integrada ao Ensino Médio, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA). Com o auxílio da modelagem computacional, percebemos indícios de aprendizagem significativa na temática das estações do ano Palavras-chave: Modelagem Computacional, Software Modellus, Estações do ano. AbstractThe astronomical phenomena are teaching often in physics without to study its specific previous knowledge that should be consolidated in the student's cognitive structure, so that it can be learned. The highlight, due to verified alternatives for students at various levels of education, is the phenomenon of the seasons of the year. We show in this paper some results regarding the implementation of a methodology for the seasons, through technological tools, grounded in meaningful learning of David Ausubel. The emphasis in the discussion presented here that on the use of computational modeling as an auxiliary tool in the teaching of the phenomenon of the seasons. A case study has done in a qualitative research, with the development of a pedagogical intervention with students from PROEJA (National program of integration between professional education with basic education in the form of youth and adult education). Throughout the intervention performed, we see evidence of meaningful learning in the seasons and its previous knowledge, through of developed activities in computational modeling.
No contexto contemporâneo, a extensão universitária é compreendida como um espaço diferenciado de aprendizagens e tem papel estratégico na missão educadora das universidades. Por meio da interação dialógica e da inserção em diferentes contextos socioculturais, vem produzindo impactos relevantes no que diz respeito à transformação e desenvolvimento social. Neste estudo, são apresentadas as potenciais contribuições da extensão para a formação dos estudantes universitários e seus impactos sociais, a partir da percepção de estudantes bolsistas de um projeto de extensão universitária da Univates com ênfase na divulgação e educação científicas. A recolha de dados ocorreu por meio de questionário on-line, respondido pelos bolsistas do projeto Redes Interdisciplinares: desvendando as Ciências Exatas e Tecnológicas. Foram analisadas três questões, as quais envolviam as percepções dos bolsistas sobre o projeto e também acerca da extensão universitária. Quanto à abordagem de pesquisa, trata-se de uma pesquisa qualitativa. A partir da análise do material, é possível perceber que a avaliação dos respondentes acerca dos impactos da extensão é positiva. No que se refere à formação, destacam uma série de vivências que contribuem a expansão da formação acadêmica e também para a ampliação da visão de mundo, pois a extensão oportuniza vivências de sensibilização, solidariedade e alteridade. Em relação aos impactos sociais, a percepção é de que a extensão oportuniza maior integração entre universidade e comunidade, contribuindo para a construção de uma sociedade melhor por meio da interação dialógica entre diferentes sujeitos e da troca de saberes. Por último, há um olhar de reconhecimento e oportunidade de vivências diferenciadas em relação ao projeto Redes, com destaque para as experiências pedagógicas e para a interação com diferentes contextos escolares.
RESUMOA educação em espaços não formais, como museus, planetários e observatórios e a divulgação científica são iniciativas que podem ocorrer no âmbito da extensão universitária e, portanto, são potenciais para promover aproximações com os ambientes formais de ensino. Neste contexto, a Mostra Científica Itinerante consiste em uma ação promovida no âmbito de um projeto de extensão universitária em andamento no Centro Universitário Univates, localizado na cidade de Lajeado, RS, envolvendo atividades como oficinas experimentais, com aplicativos computacionais e sessões de observação do céu em um planetário móvel. Por sua natureza, ocorrem em ambientes externos à universidade, geralmente em escolas de Educação Básica, que trabalham em parceria com a equipe de extensão na organização pedagógica das atividades. As mostras são concebidas como espaços de educação não formal com o intuito de contribuir com a formação e a alfabetização científica dos cidadãos. Portanto, têm como principais aportes teóricos estudos no âmbito da educação não formal, divulgação e alfabetização científica e interdisciplinaridade. As escolas que sediam as Mostras participam de um processo prévio de seleção, que ocorre no início do ano letivo. No ano de 2016, foram nove Mostras Itinerantes promovidas, cada uma delas em um município distinto, totalizando 5.223 atendimentos. A metodologia utilizada nas mostras envolve a realização de oficinas interativas com estudantes e professores da Educação Básica, mediadas por professores, estudantes bolsistas e voluntários do projeto de extensão. Considerando-se como parâmetros a experiência de trabalho acumulada e as observações dela advindas, bem como relatos e avaliações informais dos sujeitos envolvidos nessa ação, pode-se inferir que as situações vivenciadas por estudantes e professores nesses espaços não formais de ensino contribuem para problematizar as práticas de ensino e incentivar mudanças no processo de construção do conhecimento. Também é possível afirmar que as Mostras Científicas Itinerantes cumprem seu papel na disseminação do conhecimento científico, potencializando a interação entre ensino e extensão.
Resumo: Este trabalho foi desenvolvido durante as aulas de Seminário Integrado, em uma escola pública do Vale do Taquari, com estudantes de Ensino Médio. Tendo em vista o avanço das tecnologias e o aumento da demanda por energia elétrica, já que a cada dia os seres humanos tornam-se mais dependentes da utilização dos aparelhos/ equipamentos elétricos, objetivou-se buscar algo diferente para geração de energia sustentável. Na cidade de Fazenda Vilanova, há um viaduto em uma rodovia federal, no qual trafegam muitos veículos diariamente. Por meio de pesquisas descobriuse que o peso e o movimento são capazes de produzir energia elétrica utilizando-se da piezoeletricidade e, esta seria uma possibilidade inovadora para a cidade, e por consequência no país. Este projeto foi apresentado na 5ª Feira de Ciências UNIVATES, sintetizando as principais etapas da investigação realizada. Para tanto, utilizouse uma maquete feita com peças de lego, LEDs e minipiezoelétricos. Nos testes, os minipiezoelétricos ao sofrerem pressão ou vibração, produziram energia elétrica suficiente para acender os LEDs, corroborando em escala menor o que poderia ser possível de se realizar em escala real. Palavras-chave:Piezoelétricos. Energia Sustentável. Seminário Integrado.
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