Sempre houve uma preocupação com a preparação daqueles que cuidam da saúde da população. Na educação médica, a figura de um profissional experiente, que auxilia na formação, é uma constante. No decorrer dos tempos até hoje, esse profissional vem recebendo diferentes denominações, entre as quais preceptor, supervisor, tutor e mentor. No Brasil, mesmo em documentos oficiais, não ficam claras as funções, intervenções e atividades ligadas a cada um desses termos. Procuramos, então, analisar o significado dessas diferentes denominações usadas pela comunidade científica nacional e internacional. A partir da análise do conceito que cada uma delas expressa, pretendemos construir uma melhor fundamentação das regulações e práticas de ensino-aprendizagem na graduação e pós-graduação em saúde.
Os professores eram chamados de lentes porque apenas 'liam' os textos. Até 1493, existia apenas um lente para o curso médico.
A bioética e a humanização da assistência à saúde da população ocupam um espaço estratégico nas discussões sobre as necessidades de mudança nos processos de formação médica. No presente artigo, busca-se uma discussão articulada entre esses temas, defendendo sua inserção transversal ao longo dos currículos de graduação em Medicina. Entendendo que o simples reconhecimento da importância do tema ou mesmo a incipiente presença desses temas nos currículos são insuficientes para promover mudanças no perfil dos profissionais formados - as quais podem ser esperadas pela adequada abordagem destes temas -, defende-se a preparação de programas de formação voltados para o conjunto de docentes envolvidos na formação profissional e a criteriosa escolha de métodos e técnicas pedagógicas que, amparados em fundamentos teóricos que expliquem o desenvolvimento da competência moral, possam efetivamente interferir neste processo.
II PALAVRAS-CHAVE-Educação Médica.-Aprendizagem Baseada em Problemas.-Formação de Recursos Humanos. RESUMO As mudanças na formação dos profissionais médicos têm estado na pauta de discussão das
Resumo: Este estudo analisa o papel do preceptor na residência médica, partindo das percepções dos preceptores dos programas de residência em especialidades clínicas de um hospital de ensino. Através de uma pesquisa descritiva, utiliza-se a técnica de entrevista não-diretiva, com o intuito de estudar o fenômeno a partir da fala de 16 desses preceptores. Utiliza-se a análise de conteúdo, tecendo uma relação com as referências da literatura. Percebe-se que o preceptor assume vários papéis. Encontram-se referências a orientador, tutor, supervisor e mentor. Ele planeja, controla, guia; estimula o raciocínio e a postura ativa; analisa o desempenho; aconselha e cuida do crescimento profissional e pessoal; observa e avalia o residente executando suas atividades; atua na formação moral. É grande a importância do preceptor como educador, oferecendo, ao aprendiz, ambientes que lhe permitam construir e reconstruir conhecimentos. O preceptor ensina realizando procedimentos técnicos e moderando a discussão de casos. Assume papel do docente-clínico, um profissional que domina a prática clínica e os aspectos educacionais relacionados a ela, transformando-a em ambiente e momento educacionais propícios. Identificando as oportunidades de aprendizagem e os cenários de exposição, o preceptor da residência médica funciona como uma vitrine de atributos técnicos e relacionais, proporcionando verdadeiras condições de desenvolvimento técnico e ético nos cenários reais de prática profissional. Palavras-chave: preceptoria; residência médica; educação médica.
The authors conducted a cross-sectional short-term study using Lind's Moral Judgment Test (MJT) to compare moral judgment competence (C-score) among students from a medical school in the Northeast region of Brazil and a medical school in the Northern region of Portugal. This study compares the C-scores of groups in the first and eighth semesters of study within each medical school and groups from corresponding semesters between the two medical schools. This study also evaluates the influence of such factors as age and gender on moral competence. A regression of moral judgment competence among the students in their eighth semester versus the students in the first semester of Brazilian medical school (p < 0.001) and a stagnation of moral competence among students in their eighth semester versus the first semester students in the Portuguese medical school (p = 0.06) were observed. For both the first semester and eighth semester groups, the students in the Portuguese medical school had higher C-scores than the students in the Brazilian medical school. In the analysis of the students' performances in terms of MJT dilemmas, the phenomenon of "moral segmentation" was observed in all of the groups, and the students performed better on the worker's dilemma than on the doctor's dilemma. Among students in the same semester of study, older students had lower C-scores. There was generally no significant difference between men's and women's C-scores.
In Brazilian medical education and in the general teaching of bioethics in Brazil, there is a recurrent debate about the best way to teach ethics and/or bioethics, and even about whether it is possible to do so. In part this is due to the growing concern in society about the necessity of physicians to be both technically and morally competent. The teaching of bioethics is distinguished from medical ethics in that it focuses on the rights and duties of the doctor and also by its multi-and inter-disciplinary characteristics. The aim of the present study was to identify whether bioethics as a specific discipline is included in the curriculum of Brazilian undergraduate medical courses, and if so, how it is taught and what are its contents. The study found that the number of dedicated bioethics classes in medical courses has increased, and that the most frequently addressed issues are: an introduction to bioethics and principles of bioethics, the physician-patient relationship, abortion and euthanasia. Keywords: Medical education. Bioethics. Higher education. Moral development. ResumoEnsino de bioética nas faculdades de medicina no Brasil É recorrente, no âmbito da educação médica brasileira e no ensino da bioética de modo geral, o debate sobre a melhor maneira de ensinar ética e/ou bioética. Parte disso decorre da crescente preocupação na sociedade de contar com médicos técnica e moralmente competentes. O ensino de bioética distingue-se do ensino de ética médica, já que esse último está centrado nos direitos e deveres do médico, enquanto o primeiro tem seu foco na multi, inter e transdisciplinaridade. O objetivo deste trabalho é identificar se a disciplina de bioética encontra-se na matriz curricular, como é ministrada e quais são os conteúdos trabalhados nos cursos de medicina do Brasil. Observou-se aumento do número de oferta de disciplinas autônomas de bioética nos cursos médicos e que os temas mais abordados pelas disciplinas são introdução à bioética e princípios da bioética, relação médico-paciente, aborto e eutanásia. Palavras-chave: Educação médica. Bioética. Educação superior. Desenvolvimento moral. Resumen La enseñanza de la bioética en las escuelas de medicina en BrasilEs muy común en el ámbito de la educación médica brasilera y en la enseñanza de la bioética en general, el debate sobre la mejor manera de enseñar la ética y/o la bioética. Parte de esto se debe a la preocupación cada vez mayor en la sociedad para que tengamos médicos técnica y moralmente competentes. La enseñanza de la bioética se distingue de la ética médica; ésta última está centrada en los derechos y deberes del médico, mientras que la bioética se caracteriza por ser multi, inter y transdisciplinaridad. El objetivo de este estudio es identificar si la disciplina Bioética está en los planes de estudios, cómo se la enseña y cuáles son los contenidos trabajados en las carreras de Medicina de Brasil. En la investigación se observó que hubo un aumento en el número de asignaturas de Bioética autónomas en las carreras de Medicina y que...
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.