ResumoO serviço hospitalar, antes exclusivo da saúde, hoje comporta propostas educativas cada vez mais frequentemente, com pesquisas realizadas por professores de universidades. Mas ainda um questionamento se põe: há necessidade de formação de professores para trabalhar com pessoas doentes? Quais as estratégias e quando utilizá-las? Como abordar indivíduos doentes e provocar-lhes interesse em aprender? Como estabelecer um método que respeite desigualdades e valorize pontos em comuns? Partindo dessas reflexões, tivemos como objetivo resgatar a história da Classe hospitalar e da formação de professores atuando em ambiente especial, também aportar conhecimentos acerca do tema, ainda incipiente no Brasil. Nossa pesquisa foi documental, com ênfase na Constituição de 1988 e na LDB, mas também resultante de nossa experiência acadêmica. A prioridade na formação de professores é tornar relevante a escolaridade no hospital, para o indivíduo e sua família. Classe hospitalar é prevista em lei, acontece em instituição de saúde, casa de repouso ou em residência e é dirigida a indivíduos que sofreram um rompimento na sua escolarização. A finalidade é mostrar ao paciente que ele mantém sua capacidade de aluno, com atividades que acionam suas habilidades. As atividades não negligenciam critério e sistematização. O professor hospitalar respeita a fragilidade desses alunos, seus níveis escolares e seu desejo de voltar à escola. Essa sensibilidade pode ser inerente aos professores quando escolhem este trabalho, mas nada os obriga a continuar se uma situação causar-lhes choque. Esta responsabilidade permite aos professores perceber que a formação docente é sempre presente em sua vida pessoal e profissional.Palavras-chave: Classe hospitalar; Formação de professores; Legislação.
Os estudos sobre narrativas produzidas por crianças ainda são incipientes, no campo da Linguística, embora já encontrem uma efetiva difusão nas áreas da Sociologia, da Psicologia e da Pedagogia. Nossa pesquisa pretendeu contribuir com a ciência, trazendo para o campo da Linguística essa abordagem que pode apoiar a formação docente, nas áreas de línguas, em particular no ensino da língua materna, quando busca, pela valorização da criação verbal, entreter uma relação entre o universo lexical da criança e sua disposição à descoberta da narrativa, como gênero de intuito criador É importante que ressaltemos o que vêm a ser narrativas infantis: ora, nós precisaremos narrativas infantis como sendo narrativas contadas por crianças, histórias narradas por crianças; ora, histórias contadas para crianças por algum adulto presente; ora, histórias universais criadas para o público infantil em geral. deste modo, diferenciaremos narrativas infantis como histórias universais contadas para crianças, e as his-
O objetivo deste estudo é conhecer como os adolescentes hospitalizados se sentem em relação à sua vivência como um paciente crônico grave, excetuando-se aqui os pacientes neurológicos severos e os com problemas psicológicos graves, e que saberes esses sujeitos desenvolvem durante o período de hospitalização. Trabalhou-se com cinco adolescentes com cânceres de diferentes etiologias, com idades compreendidas entre 13 e 19 anos. Todos os adolescentes foram atendidos no hospital seguindo o método das Conversas Fenomenológicas (FERNANDES, 2017). O objetivo foi questionar as diferentes hipóteses possíveis sobre o papel da escolarização para o adolescente gravemente doente e sua relação com o saber neste momento de dificuldade física e de supressão do direito à escola. Como resultado, percebeu-se que o estudo regular não lhes faz falta, pois o que eles querem é falar sobre si mesmos, sobre tudo o que lhes acontece, sobre a doença, seus sentimentos, sua maneira de ver o mundo e tudo sobre o que nunca pensaram. Sua relação com a classe hospitalar parece inaugurar uma nova relação com o saber escolar, ainda não inaugurada pela escola.
O objetivo deste artigo é discutir tanto a narrativa produzida no contexto da Educação Superior quanto o lugar da clínica fonoaudiológica no acolhimento de universitários com dificuldades acadêmicas. Para tanto, foram utilizadas entrevistas e parte do material escrito produzido por um universitário que procurou a clínica fonoaudiológica com o objetivo de diagnosticar e corrigir as dificuldades. A discussão do caso mobilizou três áreas: Linguística; Sociologia; e Fonoaudiologia. A procura por tratamento representa, nesse contexto, uma possibilidade também de atribuir sentido à sua história de vida. A atribuição de um diagnóstico para suas dificuldades educacionais faz com que o espaço clínico emerja como lugar de acolhimento e apoio que a Universidade não consegue ser.
O lazer é direito social e fator importante para efetiva qualidade de vida. Entende-se, portanto, que os espaços de lazer devem estar prontos para receber diferentes públicos, incluindo pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Este trabalho objetivou analisar as condições de acessibilidade física em bares da cidade de Fortaleza-CE, consolidada como um dos destinos turísticos mais procurados no Brasil, tanto por suas praias, como também pelos espaços noturnos de lazer. Foram analisados os bares inscritos na Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel–CE), com uma pesquisa exploratória, descritiva, de caráter qualitativo. Os dados foram recolhidos por meio de questionário digital construído a partir dos Recursos de Acessibilidade (Ministério do Turismo) entre maio e julho de 2020. Concluiu-se que, apesar de alguns estabelecimentos apresentarem parte dos Recursos de Acessibilidade, a acessibilidade nos bares de Fortaleza é questionável. Porém, identificando-se essas falhas, inicia-se o processo de resolução desse problema.
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