RESUMO:As expressões cultura e identidade surdas têm se legitimado, principalmente, pela defesa da língua de sinais como sendo a língua natural dos surdos. Essa defesa se faz por meio de uma inversão teórica que toma a língua, num primeiro momento, como determinada pelas práti-cas e interações sociais e, num segundo, faz dela a definidora dessas mesmas práticas. Este artigo discute os mecanismos de legitimação dessa inversão e suas implicações sociais e teóricas.Palavras-chave: Cultura surda. Identidade surda. Língua de sinais.Lingüística. DEAF CULTURE AND DEAF IDENTITY: CROSSROAD OF SOCIAL AND THEORETICAL STRUGGLESABSTRACT: The expressions deaf culture and deaf identity have been legitimated, mainly, through the defense of sign language as being the natural language of deaf people. This defense is made through a theoretical inversion that takes the language as determined for the practical and social interactions and the proper language define these same practical. This article argues about the mechanisms of legitimation of this inversion and its social and theoretical implications.
Nos últimos anos tem se multiplicado o número de artigos e teses preocupados em discutir a identidade do jornalismo.1 Observa-se, nessa discussão, uma especificidade ligada ao fato de que o jornalismo é uma atividade que produz diariamente registros tomados como fonte de informação num sentido amplo e, principalmente, de marcação no sentido histórico. Conforme afirma Letícia Cantarela Matheus:As marcas do tempo são especialmente sensíveis nos jornais, localizando o leitor num "lugar" na duração. O consumo diário das narrativas jornalísticas fornece um forte parâmetro espaço-temporal. [...] A marcação do tempo foi se tornando função essencial dos jornais, a ponto de lhes ser dada credibilidade para datá-lo (Matheus 2010b:2-3).Identidade e memória jornalística são, no interior dessa discussão, concepções tomadas como possuidoras de uma relação direta. A afirmação abaixo é um bom exemplo tanto da importância atribuída à profissão, em função dessa produção diária de registros e marcadores temporais, quanto da identidade buscada por esses profissionais, cuja marca maior é justamente essa produção de registros:[O] descaso em relação à memória da imprensa traduz em certo sentido a atitude pátria referente à própria memória nacional, principalmente no âmbito da cultura não erudita, condenando ao esquecimento as instituições, os fatos e os personagens que também fizeram história (Marques de Melo 2005b:8).Mas quais são, exatamente, as características e os critérios utilizados para a elaboração dessa identidade? Talvez possamos, para responder a esta questão, colocá-la em outros termos: quando os jornalistas falam de seu ofício, do que e de quem estão falando? Quais as funções, as atividades *
Já foi apontado por outros trabalhos o interesse crescente de pesquisa sobre a televisão no Brasil 1 . Parte dele reside na importância econômica adquirida pelo meio, em especial pelo fato de que seu principal produto, a telenovela, entendida como um gênero de criação que possui uma marca eminentemente nacional, tem uma parcela considerável de participação nas exportações brasileiras 2 . Outra parte reside também na indagação sobre os prová-veis papéis e efeitos da telenovela junto à sociedade, uma vez que ela mobiliza grande parcela da população, como indicam as pesquisas de audiência. Contudo, embora o interesse da área de pesquisa seja crescente, pouco ainda pode ser afirmado sobre as relações que os mais diversos grupos sociais estabelecem com a televisão. Diante desse quadro, as afirmações, e as pesquisas que delas se originam, vêm ganhando um caráter cada vez mais fragmentado. Ao menos é com isso que boa parte da bibliografia de referência sobre o tema concorda.Esse é exatamente o ponto que nos interessa aqui. A televisão torna-se foco relevante de pesquisa, no Brasil, no início dos anos de 1970, e de lá para cá ocorrem mudanças significativas no tratamento do tema. Uma delas é a fragmentação apontada pela bibliografia, parte da qual reside no fato de que a televisão passou a ser abordada, representada e analisada como se fosse constituída por gêneros independentes 3 -a telenovela, o telejornal e os programas de auditório -, distinção praticamente inexistente nas primeiras Imitação da ordemAs pesquisas sobre televisão no Brasil * Alexandre Bergamo
O objetivo deste artigo é discutir tanto a narrativa produzida no contexto da Educação Superior quanto o lugar da clínica fonoaudiológica no acolhimento de universitários com dificuldades acadêmicas. Para tanto, foram utilizadas entrevistas e parte do material escrito produzido por um universitário que procurou a clínica fonoaudiológica com o objetivo de diagnosticar e corrigir as dificuldades. A discussão do caso mobilizou três áreas: Linguística; Sociologia; e Fonoaudiologia. A procura por tratamento representa, nesse contexto, uma possibilidade também de atribuir sentido à sua história de vida. A atribuição de um diagnóstico para suas dificuldades educacionais faz com que o espaço clínico emerja como lugar de acolhimento e apoio que a Universidade não consegue ser.
As distinções mais óbvias que podem ser observadas no mercado de moda são aquelas que dizem respeito às diferenças de gênero, independente da classe ou do grupo social a que se faça referência. Dentro desse universo podem ser encontradas duas noções, elegância e atitude, que condensam, a um só tempo, marcas de gênero, sociais e individuais. No caso da noção de elegância, o discurso, tanto quanto a roupa ou o próprio indivíduo, traduz sempre um ato de remissão a uma determinada concepção de ordem social, entendida como natural. As diferenças de gênero são relevantes, nesse contexto, porque demarcam posições sociais entendidas como naturais. Já a noção de atitude não cobra, necessariamente, uma ordem social e natural, mas uma ordem pessoal. O discurso e a roupa traduzem um caráter individualista, supondo ser o indivíduo quem imprime um sentido a sua inserção social, ainda que eventual ou momentânea. Nesse contexto, na maior parte das vezes, o individualismo ganha expressão através de uma linguagem estruturada como se não tivesse gênero.
Entrevista com Isabel Travancas
Apresentação do Dossiê Sociologia do Jornalismo: por uma agenda de pesquisa: por uma agenda de pesquisa.
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