Resumo O artigo objetiva propor princípios validados que norteariam uma gestão da clínica voltada à transformação da atenção à saúde, para sistemas integrados de saúde. Partiu-se da concepção de gestão da clínica configurada a partir de certos elementos estruturantes que não separam gestão, cuidado e educação. A proposta dos autores passou por processo de estabelecimento de consenso entre especialistas convidados. Como resultados, são apresentados os seguintes princípios da gestão da clínica: (1) Orientação às necessidades de saúde e à integralidade do cuidado; (2) Qualidade e segurança no cuidado em saúde; (3) Articulação e valorização dos diferentes saberes e práticas em saúde para o enfrentamento dos problemas de saúde; (4) Compartilhamento de poder e corresponsabilização entre gestores, profissionais de saúde e cidadãos na produção da atenção em saúde; (5) Educação de pessoas e da organização; (6) Orientação aos resultados que agreguem valor à saúde e à vida e (7) Transparência e responsabilização com os interesses coletivos. Conclui-se que os princípios da gestão da clínica expressam conexões que lançam uma nova luz sobre a gestão, atenção à saúde e educação em sistemas integrados e demandam uma consciência crítica em relação à simultaneidade de permanências e mudanças de práticas.
RESUMO Este artigo apresenta e discute as bases teórico-conceituais de uma combinação de estratégias e métodos utilizados na educação de profissionais da Saúde no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, com ênfase nas abordagens interdisciplinar e interprofissional. As reflexões produzidas foram baseadas em 11 iniciativas de educação pós-graduada realizadas entre 2009 e 2017. Foi realizada a análise documental do projeto pedagógico dos cursos de especialização intencionalmente selecionados, à luz dos conceitos de interdisciplinaridade e interprofissionalidade. Os referenciais metodológicos da perspectiva fleckiana e dialógica possibilitaram a análise e discussão das estratégias e métodos identificados. A superação da justaposição tanto de enfoques disciplinares quanto de perspectivas de diferentes profissões requer a disseminação de experiências educacionais e de trabalho que viabilizem interações entre diferentes coletivos de pensamento, de modo a possibilitarem a emergência de um estilo de pensamento interprofissional e práticas colaborativas.
Este artigo aborda a formação e prática docente de profissionais da saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), pautadas nas teorias sociointeracionistas e metodologias ativas de ensino-aprendizagem. Após um processo de capacitação, profissionais de saúde atuaram como facilitadores em um curso lato sensu na área da saúde. Essa atuação fez parte da especialização desses profissionais em processos educacionais na saúde. Os facilitadores elaboraram narrativas reflexivas sobre sua prática docente como parte do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC. Uma amostra de 10 TCC correspondente a 50% do universo foi analisada segundo a modalidade temática de conteúdos. As temáticas “prática docente nas metodologias ativas de ensino-aprendizagem” e “perspectivas para a formação de profissionais da saúde” apontaram que as metodologias ativas favoreceram o desenvolvimento de capacidades críticas e reflexivas, contribuindo para a transformação da realidade no contexto do SUS.
This paper investigates an educational proposal articulated through a policy of the Ministry of Health
Resumo: Introdução: A educação médica no Brasil atravessa um momento de grande transformação que requer adaptações e novos modelos de ensino. Diante da velocidade com que novas informações na área da saúde são produzidas, a incorporação das tecnologias digitais na prática educacional torna-se imprescindível, possibilitando a interação virtual e o acesso às bases de dados remotas. A associação entre as tecnologias digitais e as metodologias ativas, que promovem a autonomia dos estudantes e o desenvolvimento do pensamento crítico-reflexivo, implica novos desafios no contexto da educação em tempos de pandemia. Este ensaio analisa o uso de tecnologias digitais na educação médica e de saúde, destacando sua associação com as principais formas de metodologias ativas e os desafios da educação por acesso remoto, no contexto da pandemia da Covid-19. Desenvolvimento: Devido às medidas de distanciamento físico e de interrupção de atividades educacionais presenciais, as instituições de ensino vivenciaram mudanças drásticas com a necessidade de rápida adaptação na tentativa de atenuar os impactos da pandemia no ensino. O uso de ferramentas digitais como plataformas virtuais e o acesso remoto (síncronos e assíncronos) foram algumas das estratégias amplamente utilizadas. O levantamento de potenciais desafios na associação entre metodologias ativas e ensino remoto foi tratado de modo a problematizar o processo educacional em tempos de pandemia. Conclusão: A pandemia da Covid-19 evidenciou a necessidade de inovação nos métodos de ensino-aprendizagem e acelerou a utilização das tecnologias digitais e a adaptação a elas. A associação dessas tecnologias com metodologias ativas tornou-se um novo desafio para docentes e estudantes, e requer estudos adicionais sobre eficácia e implicações do ensino remoto na formação de futuros profissionais da saúde.
This paper discusses a rationalist/objectivist tradition of teaching and learning, with the support of a constructivist, dialogic and competence-based educational practice. Artistic expressions, particularly cinematographic ones, are presented as educational triggers. Students are organized into small groups in which they share, correlate and discuss their emotions, allowing for a better understanding of the rationalities involved in the learning process. As the groups present different stages of problematizing their emotion, we propose categories to support teachers and members in identifying the conversational nature of the groups, supporting their interventions and contributions for the individual and social development of the participants, with reference to a proficiency profile.Keywords: Active learning. Professional competence. Education. Emotions. Art.Integrating emotions and rationalities for competence development in active learning methodologies COMUNICAÇÃO SAÚDE EDUCAÇÃO 2018; 22(65):577-88 2 2 Introduction Nowadays, we have been experiencing important educational dilemmas that, however evident they may seem, maintain educational discourses distant from educational practices. If, on the one hand, reflections on the need to transform teaching and learning models targeted at the full development of students have been amplified, on the other hand, we still witness the preservation of a teaching tradition indifferent to new discoveries about how people learn.The purpose of this article is twofold: to contribute to expand experiences that effectively improve educational conditions and results, and to discuss the inclusion of emotions in educational activities, demystifying the historical dichotomy "reason and emotion". Thus, we propose constructivist and dialogic methodological devices capable of accessing these two dimensions in an interconnected way, both in the learning process and in the development of competence. The privilege of rationalityThe privilege of reason has its roots in philosophers from ancient Greece, like Plato, who valued universal thought to the detriment of individual passions, pleasures and values. It is present in the production of René Descartes (1596-1650), who considered existence from the act of thinking, and of Immanuel Kant (1724Kant ( -1804, who stated the impossibility of the encounter between reason and happiness 1,2 .From the last decades of the 17 th century onwards, the increasing importance attributed to science started to influence education. This influence produced expressions that varied from scientificism, through denial of any form of knowledge outside reason, to tendencies that attempted to reconnect science and culture 3 .The epistemological model based exclusively on reason dates back to the very emergence of modern scientific thought. Objectivity has devoted itself to the accurate unveiling, discovery and manipulation of the object, with the unceasing attempt to remove the observer's interferences. It has been valued since the construction of the COMUNICAÇÃO SA...
Objectives: Community members should be trained so that witnesses of cardiac arrests are able to trigger the emergency system and perform adequate resuscitation. In this study, the authors evaluated the results of cardiopulmonary resuscitation (CPR) training of communities in four Brazilian cities, using personal resuscitation manikins. Methods:In total, 9,200 manikins were distributed in Apucarana, Itanha em, Maringá, and São Carlos, which are cities where the populations range from 80,000 to 325,000 inhabitants. Elementary and secondary school teachers were trained on how to identify a cardiac arrest, trigger the emergency system, and perform chest compressions. The teachers were to transfer the training to their students, who would then train their families and friends.Results: In total, 49,131 individuals were trained (6.7% of the population), but the original strategy of using teachers and students as multipliers was responsible for only 27.9% of the training. A total of 508 teachers were trained, and only 88 (17.3%) transferred the training to the students. Furthermore, the students have trained only 45 individuals of the population. In Maringá and São Carlos, the strategy was changed and professionals in the primary health care system were prepared and used as multipliers. This strategy proved extremely effective, especially in Maringá, where 39,041 individuals were trained (79.5% of the total number of trainings). Community health care providers were more effective in passing the training to students than the teachers (odds ratio [OR] = 7.12; 95% confidence interval [CI] = 4.74 to 10.69; p < 0.0001).Conclusions: Instruction of CPR using personal manikins by professionals in the primary health care system seems to be a more efficient strategy for training the community than creating a training network in the schools.ACADEMIC EMERGENCY MEDICINE 2014;21:886-891
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