Resumo Nos períodos de transição escolar ocorre mais bullying. Um dos fatores associados pode ser a existência de déficits nas habilidades sociais dos estudantes. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar possíveis diferenças nas habilidades sociais de estudantes envolvidos e não envolvidos em situações de bullying no período de transição escolar. Participaram 408 estudantes do sexto ano do Ensino Fundamental, com média de idade de 11,3 anos (DP = 0,62). Os dados foram coletados mediante uma escala e um questionário, e avaliados estatisticamente por análises de variância (ANOVA). As vítimas-agressoras apresentaram as menores médias nas habilidades sociais e diferenciaram-se significativamente das vítimas, agressores e não envolvidos no bullying em relação às habilidades de empatia/civilidade, autocontrole e participação. Já os estudantes não envolvidos apresentaram as maiores médias nas habilidades sociais. Conclui-se que a melhoria das habilidades sociais dos estudantes em transição escolar pode ajudar a prevenir e/ou reduzir o bullying.
Justificativa e Objetivos: A reforma psiquiátrica brasileira e a criação dos Centros de Atenção Psicossocial proporcionaram grandes avanços na assistência às pessoas em sofrimento mental. O objetivo do estudo foi explorar os dados epidemiológicos em saúde mental em um município da Região do Alto Paranaíba de Minas Gerais. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória em que foram analisados os prontuários de atendimento na atenção primária de um município de pequeno porte. A coleta de dados incluiu 100% dos prontuários de pacientes com diagnósticos de transtornos mentais. Resultados: o maior número de atendimentos foi de mulheres (60,39%), faixa etária de 20 a 39 anos (34,42%), com diagnósticos de transtornos de ansiedade (38,96%) e depressão (35,06%). Os principais medicamentos prescritos foram antidepressivos (63,64%) e benzodiazepínicos (83,77%). A maior parte (95%) dos encaminhamentos foram para a psiquiatria e uma pequena parte (5%) foi para a psicologia. Conclusão: Foi detectada a necessidade de criar um serviço de saúde mental que acompanhe as pessoas portadoras de sofrimento mental e garanta a intervenção multiprofissional, o que fortalecerá as ações da Atenção Básica (AB) e Unidade Saúde da Família (USF).
RESUMO O Brasil teve atos e políticas excludentes que levaram à quase dizimação dos variados povos indígenas. Buscando voz e inclusão, o movimento dos povos originários contou com a presença de representantes das próprias comunidades para a consolidação da Reforma Sanitária nesse contexto. Conselheiros indígenas de saúde e agentes indígenas de saúde fomentam a resiliência para reivindicar, proteger e curar relações, lidando com a perspectiva biomédica, e atuação de profissionais não indígenas. Este trabalho objetiva evidenciar as aprendizagens colaborativas e práticas interdisciplinares no atual sistema de saúde brasileiro, para a promoção da saúde dos povos originários. Em uma revisão integrativa, propôs-se discorrer sobre o impacto da formação profissional com ênfase na questão étnica, possibilidades de atuação não colonizadora e inclusiva, e a contribuição dos diversos atores, indígenas ou não, que possibilitam a consolidação desse subsistema de atenção, considerando suas especificidades e sua maneira própria do fazer da saúde. A autonomia, com foco no empoderamento, fortalecida por meio do reconhecimento do papel fundamental dos próprios indígenas e de pessoas ligadas à causa indigenista que se estabeleceram para tal assistência, consolidaram a Reforma Sanitária também nesses territórios, na tentativa de universalidade no acesso, integralidade da atenção, promoção da equidade e redução de iniquidades.
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O movimento sanitário brasileiro marcou os anos 80 e pautou-se no direito de todo cidadão, nos princípios de universalidade e integralidade, com ações de cunho preventivo e curativo integradas a um único sistema descentralizado de gestão: o Sistema Único de Saúde (SUS). Em 1999 foi criado a Estratégia de Saúde da Família diferenciando-se pela ampliação do conceito de promoção da saúde e pela organização, orientação, busca de respostas e contribuição para o sistema de saúde. Esta pesquisa é de natureza qualitativa e se realizou a partir do levantamento bibliográfico e documental, nas plataformas Google Acadêmico, Pepsic, Redalyc e Scielo, por meio de descritores: Estratégia de Saúde da Família, Sistema Único de Saúde, promoção da saúde, violência e fatores de risco. Observou-se, após leitura dos artigos, que as ações de programa da Estratégia de Saúde podem impactar de maneira efetiva nas condições de vida da população, quando atuam na dimensão da intersetorialidade com as políticas de educação e saúde, alcançando maior envolvimento e participação social da comunidade local. É possível dizer que o campo da saúde se faz viável numa relação entre o direito e a justiça social.
OBJETIVO: Analisar sob a luz das categorias do instrumento QVT QWLQ-78 como as mulheres trabalhadoras domésticas atribuem ou não o valor de qualidade de vida ao seu trabalho. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa narrativa e observação participante, de natureza qualitativa, acerca da qualidade de vida no trabalho de mulheres trabalhadoras domésticas. O estudo atendeu aos princípios éticos, sendo apreciado pelo Comitê de Ética. Participaram da pesquisa 23 mulheres trabalhadoras domésticas, as quais responderam ao Questionário de avaliação da qualidade de vida no trabalho – QWLQ-bref e posteriormente, de uma roda de conversa. Para as análises dos dados coletados foi desenvolvida uma planilha eletrônica a partir de algoritmos no programa Microsoft Excel for Windows, apontando o índice de correlação de Pearson entre os domínios do QWLQ-bref. RESULTADOS: A idade das participantes situa-se entre 26 e 59 anos. São casadas e chefes de família; todas trabalham atualmente em uma única residência, entre os dias de segunda e sábado. Em relação ao indicador de qualidade de vida no trabalho foi possível observar que as trabalhadoras domésticas estão no nível médio de satisfação no trabalho, segundo o QWLQ-bref, o que indica uma dispersão de 16% pelo coeficiente de variação de Pearson, considerada o mesmo para todos os domínios (físico/saúde; psicológico; pessoal; profissional), resultando numa QVT de 63,53 pontos. CONCLUSÃO: O estudo mostra que, mesmo com todas as informalidades nos modos de relação de trabalho em que elas estão expostas, essas mulheres não estão isentas da satisfação pessoal. Pelo contrário, o estudo evidencia tal satisfação e reforça a capacidade que a mulher trabalhadora tem de desempenhar seus diferentes papéis como mãe, esposa e muitas vezes chefe de família, de modo a estarem satisfeitas em relação aos cuidados prestados.
O cenário mundial passa por grandes transformações demográficas, consideradas um fenômeno, sem precedentes. A longevidade é um dos maiores triunfos da humanidade, com implicações profundas para as políticas públicas, para os sistemas de saúde, orçamentos, com urgente necessidade, que requer ações imediatas, capacitações profissionais e abordagem multidimensional. Neste ensaio teórico pretende-se abordar reflexões sobre o envelhecimento e as contribuições da Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI), como estratégia de promoção em saúde. Muitos estudos se dedicam às questões ligadas ao bem-estar, que viabilizem a longevidade, com qualidade de vida. As UNATIS, podem evidenciar ações de promoção da saúde, no envelhecimento humano, interferindo na autoestima e nos cuidados básicos de saúde, corroborando no desenvolvimento de competências e recursos, para o enfrentamento de vulnerabilidades individuais e ambientais. A educação em saúde influencia sentimentos de libertação e mudanças sociais, tornando-se uma estratégia de empoderamento dos sujeitos. O envelhecimento saudável fomenta a qualidade de vida, a partir da interdisciplinaridade, da participação das pessoas idosas em grupos, do controle de condições e estilos de vida, mais saudáveis. É preciso ampliar o olhar acerca do envelhecimento, para que os idosos, sejam protagonistas de direitos e deveres, com manutenção de autonomia, autoconfiança.
The Unified Social Assistance System (SUAS) emerges through the National Social Assistance Policy (PNAS) and establishes actions aimed at the population served, but also at the services and their physical, professional and management structure. And it is in this contrast between PNAS and reality, that working conditions emerge as a negative point in the daily practice of SUAS workers and the existing physical and mental illness. The study described here, sought to understand the work relationships and how it affects the SUAS worker's life, about physical and mental health, well-being, and the quality of life of the professional and his family, since the illness and stress have a direct impact on the family group. The survey was integrated by SUAS professionals who work in the State of São Paulo, and was developed in two stages, the first of which was through an online questionnaire, with 24 questions (assertive and essay) and was answered by 189 workers. The second stage included two focus groups, with the participation of 24 professionals, who were selected from among those who had answered the first part of the study. The results obtained pointed to the existence of several factors that interfere in the quality of work, such as lack of structure, reduced staff, management failures, political issues, hierarchical relationships, and overload that directly affect the health of these professionals, demanding greater attention to the health of the worker.
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