This cross-cultural study investigates how maternal task assignment relates to toddlers' requested behavior and helping between 18 and 30 months. One hundred seven mother-child dyads were assessed in three different cultural contexts (rural Brazil, urban Germany, and urban Brazil). Brazilian mothers showed assertive scaffolding (serious and insistent requesting), whereas German mothers employed deliberate scaffolding (asking, pleading, and giving explanations). Assertive scaffolding related to toddlers' requested behavior in all samples. Importantly, assertive scaffolding was associated with toddlers' helping in rural Brazil, whereas mothers' deliberate scaffolding related to toddlers' helping behavior in urban Germany. These findings highlight the role of caregivers' socialization practices for the early ontogeny of helping behavior and suggest culture-specific developmental pathways along the lines of interpersonal responsibility and personal choice.
São apresentados e discutidos resultados de uma pesquisa sobre a memória e as representações sociais do Regime Militar no Rio de Janeiro. Os dados consistiram em associações livres a partir do termo indutor "Regime Militar", produzidas e hierarquizadas por duzentos adultos que vivenciaram aquele período quando eram jovens, 202 idosos, que o vivenciaram já adultos, e 432 jovens, que não chegaram a testemunhá-lo. A análise dos dados envolveu uma combinação entre a frequência dos temas evocados e a ordem de importância a eles atribuída. Os resultados relativos aos três conjuntos etários são nitidamente diferentes. Os adultos exibem uma memória concisa, consistente e crítica; os idosos mostram-se menos consistentes e menos críticos; os jovens parecem mais críticos que os adultos, mas de forma dispersa e imprecisa. A análise de cada conjunto etário evidenciou diferenças estatisticamente significativas entre as contribuições dos subconjuntos de diferentes orientações políticas e de diferentes níveis de escolaridade.
A presente revisão sistemática investigou a produção científica a respeito da relação entre práticas parentais e funções executivas de crianças com desenvolvimento típico de zero a 13 anos. Foram realizadas buscas no Google Acadêmico, PsycNET, PubMed e SciELO, considerando artigos publicados entre 2008 e 2018, em português, inglês ou espanhol. Um total de 668 arquivos foi encontrado e, após as etapas de triagem, elegibilidade e seleção, foram incluídos 37 trabalhos. Os aspectos gerais dos artigos selecionados e seus resultados foram analisados. A maioria dos estudos foi realizada nos EUA e em países europeus, com crianças de zero a seis anos de idade. Para acessar as variáveis de interesse, diferentes métodos foram utilizados, como tarefas, testes, escalas e entrevistas. As práticas parentais investigadas foram categorizadas em: a) construtos gerais de parentalidade, b) parentalidade estimuladora, c) cuidados e afetividade parental e d) outros comportamentos parentais. Os resultados dos artigos indicaram relação entre as diferentes práticas parentais e as funções executivas dos filhos, sugerindo a influência da parentalidade no desenvolvimento executivo durante a infância. Orientações para estudos futuros são apresentadas.
RESUMO Estudos brasileiros sobre as trajetórias de desenvolvimento do self, em sua maioria com mães de crianças pequenas, indicam predominância do modelo de autonomia-relacionada (AR). Visando ampliar a investigação dessa tendência, foram realizados dois estudos: (a) com avós(ôs), mães, pais e filhos (16-25 anos) e (b) quatro grupos de cuidadoras de crianças com até um ano, com níveis de escolaridade diversos, selecionados não aleatoriamente. Observamos predomínio de características de self AR para todos os participantes. O efeito da escolaridade sobre autonomia foi confirmado para os pais, a AR de pais e filhos (estudo 1), e de mães (estudo 2). Mães criadas no Rio de Janeiro (capital) apresentaram maiores escores de autonomia. A consistência familiar de modelo de self autônomo-relacionado foi evidenciada.
A integração das perspectivas de trajetórias de socialização e manifestações iniciais de cooperação e altruísmo foi investigada neste estudo com 37 crianças (17-26 meses) e suas mães, que responderam a inventários de metas de socialização e de práticas parentais no primeiro ano. As crianças realizaram tarefas de cooperação (em duplas) e de altruísmo. Os resultados indicaram a valorização de um perfil de autonomia-relacionada pelas mães. Dentre as duplas, 44% apresentaram cooperação. Não foram observadas diferenças de idade entre as crianças que cooperam e as que não, ou com escores das mães nas variáveis estudadas. Foi encontrada uma correlação positiva entre metas relacionais e altruísmo. O estudo contribui para a literatura de desenvolvimento social no contexto.
ResumoAutonomia e relação são tendências universais desenvolvidas ao longo da ontogênese, concomitantes com distintas fases psicossociais. A autonomia é compreendida como uma necessidade psicológica que não exclui a de relação com os outros e proximidade interpessoal. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar as crenças e concepções sobre autonomia em diferentes faixas etárias. Participaram 110 sujeitos, dentre eles crianças de 10 a 13 anos de idade; adolescentes entre 15 e 18 anos; jovens e adultos entre 20 e 50 anos; e adultos acima dos 50. Os participantes responderam um questionário de dados sociodemográficos e à questão de evocação de palavras ou expressões relacionadas a autonomia. Utilizando a análise de conteúdo temático-categorial, foram estabelecidas dez categorias, e as respostas foram classificadas de acordo com elas. Diferenças entre as faixas etárias foram encontradas, sendo que as categorias independência e senso de liberdade foram as mais frequentes. Os resultados sugerem o desenvolvimento de um processo contínuo com a construção da identidade se dando ao longo do ciclo vital.Palavras-chave: Autonomia; Crenças (não religiosas); Desenvolvimento humano; Grupos etários.
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