A Revista de Ciências Médicas e Biológicas chega ao seu nono ano, consolidando-se cada vez mais como um veículo de divulgação científica no Brasil, acompanhando o crescimento da produção científica nacional e dos programas de pós-graduação de nossas universidades.Nesse exato momento há a discussão sobre a avaliação da produção acadêmica com a comunidade científica e as sociedades científicas das diversas áreas, com o debate sobre critérios de produtividade. Foi emblemática a realização do I Simpósio de Avaliação Científica no final de 2010. Estavam presentes o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) à época, Carlos Aragão, e o então diretor de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Lívio Amaral. Esse debate prossegue no governo federal.
RESUMO:O presente artigo relata o resultado da pesquisa sobre as experiên-cias educativas dos cursos pré-vestibulares populares em Salvador, sua origem e características de cultura organizacional, enquanto espaços de educação não-formal ligados a movimentos sociais na busca da construção de valores de cidadania ativa, etnicidade e solidariedade com os seus alunos. PALAVRAS-CHAVE: movimentos sociais, universidade, interculturalismo IntroduçãoOs cursos preparatórios pré-vestibulares organizados por diversas entidades e movimentos sociais, especialmente a partir da década de 1990, se multiplicaram como iniciativas de educação não-formal e popular. Compreendemos, neste trabalho, educação não-formal como "toda atividade educacional organizada, sistemática, executada fora do quadro do sistema formal para oferecer tipos selecionados de ensino a determinados subgrupos da população" (LA BELE, 1986).A educação pode se configurar como aquela formal, sistemá-tica, com o objetivo de inculcar sobre as novas gerações os valores hegemônicos na sociedade, e com sistemas reconhecidos, organizados ou normatizados pelo Estado. A educação também se dá nas famílias, nos grupos sociais, no grupo de amigos, nas igrejas, de maneira informal, inculcando o arbitrário cultural da classe ou grupo social ao qual o indivíduo pertence ou o arbitrário cultural dominante (BOURDIEU; PASSERON, 1982). Mas a educação não-formal também é expressiva na sociedade, especialmente em movimentos e organizações da sociedade civil.Consideramos os cursos pré-vestibulares analisados como uma modalidade de educação popular, pois é voltada especificamente para os setores "subalternos" da sociedade, ou organizada por esses setores. Esses setores acima referidos são aqueles que pelos dados oficiais estão excluídos ou mais excluídos dos serviços de educação como um todo e da Educação Superior em especial.Na sociedade brasileira, fica clara a reprodução das desigualdades sociais pelo acesso diferenciado à educação, de acordo com
O presente artigo desenvolve uma discussão sobre os direitos humanos e sobre as políticas de ações afirmativas efetivadas por universidades públicas brasileiras, a partir da produção acadêmica. Inicia trazendo contribuições no campo do conhecimento sobre os direitos humanos, com ênfase nos princípios da igualdade, equidade, justiça social e respeito às diferenças. Reporta aos resultados de alguns estudos que analisam experiências de políticas de ações afirmativas, com foco em programas implementados em instituições de educação superior públicas no Brasil, como estratégia para a promoção da equidade. Os estudos sinalizam os efeitos positivos dessa política, apesar de se compreender a importância da adoção concomitante de políticas universalistas como essencial para favorecer a democratização do acesso nesse nível de educação.
A Lei de Responsabilidade Fisca (LRF) objetivou normatizar limites para a gestão pública em vários aspectos, inclusive nos gastos com folha de pessoal. Por outro lado, o Fundeb aumentou em 1400% a partir de 2007 as transferências da União para os estados e municípios. Essas duas leis se encontram em contradição, pois a LRF estabelece um limite máximo de gastos com pessoal, enquanto o Fundeb estabelece um mínimo de investimento em profissionais da Educação superior àquele limite permitido pela LRF. Avaliamos o cumprimento da LRF e o cumprimento das exigências legais de aplicação de recursos na área de Educação, no cumprimento do Piso Nacional dos profissionais do magistério e nas políticas de valorização do magistério nos municípios da Bahia. Foi realizada uma pesquisa com os relatórios do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia entre 1997 e 2011. Verificamos se há associação entre o cumprimento da LRF com o constrangimento da aplicação dos recursos da Educação e no cumprimento da Lei do Fundeb. Há duas tendências marcantes na evolução dos pareceres desse tribunal: Há uma diminuição das aprovações e aprovações com ressalvas ao longo do tempo, e o consequente aumento das reprovações; nos anos 2007 a 2010, a partir da promulgação do Fundeb e da Lei do Piso Salarial, houve um crescimento expressivo das reprovações das contas no item do cumprimento da LRF, indicando uma associação entre essas variáveis.
<div>R. Ci. med. biol., Salvador, v.11, n.1, p.03-04, jan./abr. 2012 3</div><div>Patrícia Barroso</div><div>EDITORIAL</div><div>ISSN 1677-5090</div><div> 2010 Revista de Ciências Médicas e Biológicas</div><div>A Educação e a Produção Científica Brasileira</div><div>A CAPES lançou recentemente, durante a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da</div><div>Ciência (SBPC), dia 23 de julho, o livro “A pós-graduação e a evolução da produção científica brasileira”, de autoria</div><div>de Elenara Chaves Edler Almeida e Jorge Almeida Guimarães, atual presidente da CAPES.</div><div>O livro é fruto da tese de doutorado defendida por Elenara Almeida no Programa de Pós-Graduação em</div><div>Educação em Ciência: Química da Vida e Saúde, do Instituto de Ciências Básicas da Saúde da Universidade Federal</div><div>do Rio Grande do Sul (UFRGS). O conteúdo da obra foi organizado em três capítulos, "1. A comunicação científica</div><div>e o desenvolvimento da ciência"; "2. Pós-graduação no Brasil: o caso da Capes"; "3. O Portal de Periódicos da</div><div>Capes". A apresentação do livro foi feita por Abilio Afonso Baeta Neves, que presidiu a Capes de 1995 a 2003,</div><div>período da criação do Portal de Periódicos. O livro analisa a produção científica nacional, sendo que no momento</div><div>o país conta com cerca de 28 mil grupos de pesquisa com 129 mil pesquisadores trabalhando em 452 instituições.</div><div>A produção de ciência passa por um período de crescimento notável, exponencial mesmo, de publicações de</div><div>artigos e projetos de pesquisa, acompanhado pelo aumento da oferta de programas de pós-graduação stricto</div><div>sensu (mestrado e doutorado). A publicação do referido livro sedimenta a percepção de que a Ciência Brasileira</div><div>continua avançando mais rapidamente que a média mundial, garantindo que a posição do nosso país venha</div><div>crescendo em comparação com outros países...</div>
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