O presente trabalho estabelece algumas definições e o tratamento de conceitos chaves e termos relevantes para a compreensão da experiência da enfermidade. Objetiva analisar, em um nível teórico, a determinação individual e coletiva desta experiência. A análise aponta para a relação entre o universo macroscópico de significados estabelecidos pela sociedade e o mundo subjetivo dos indivíduos. O trabalho parte do pressuposto de que a experiência da enfermidade é uma realidade subjetiva tanto como intersubjetiva.
This paper aims to identify the ways by which the principal frames of reference in the social sciences explain the structure of social actors' knowledge, practices, values, and behaviors regarding health care. The article begins by examining some of the assumptions underlying studies produced within what are called systemic theories. It then proceeds to discuss phenomenological approaches to the health and illness experience. The goal is to clarify how these approaches focus on experience and depart from prevailing systemic models.
Tendo seu objeto de estudo centrado nas relações do processo saúde-doen ça em populações humanas e sendo chamada para contribuir na reorgani zação das práticas sanitárias, a epidemiologia enfrenta questões teórico metodológicas cruciais. Um exemplo significativo desse tipo de questão é a utilização da análise epidemiológica para o entendimento das transformações ocorridas no processo saúde-doença dos países subdesen volvidos. A existência de um poderoso arsenal metodológico e técnico no âmbito da epidemiologia "clássica" nem sempre atende às necessidades de novos olhares que possam desvendar outras dimensões do fenômeno epidemiológico em sociedades que apresentam intensos processos de mudanças . : the course of morbidity and mortality ", 1990,p.l-26. in: What we /mow about health transition, op. cit.; JÓZAN P., "Some features of mortality in postwar Hungary: lhe third epidemiological transition", Cah. Socio.
Utilizando-se da abordagem semiótica e hermenêutica, o presente artigo discute algumas premissas relacionadas a análise da concepção popular de esquistossomose. Valendo-se de um trabalho de campo realizado no Estado da Bahia, são identificadas duas situações em que os atores sociais, em contextos específicos, constroem as significações dessa endemia: a significação de "primeiro grau" e de "segundo grau". O primeiro tipo de significação refere-se a experiências sensíveis, corporais e é intersubjetivamente compartilhada, enquanto que o segundo tipo é construído com base em significados formulados pelos agentes de saúde. Nesse último caso, a construção popular da doença está diretamente vinculada aos discursos e ações previamente estabelecidos por programas específicos de controle e combate da endemia.
Antropologia da saúde: traçando identidade e explorando fronteiras/organizado por Paulo César Alves e Miriam Cristina Rabelo.-Rio de Janeiro: Editora Fiocruz/ Editora Relume Dumará, 1998. 248p. 1. Antropologia. 2. Processo saúde-doença. I. Rabelo, Miriam Cristina. CDD-20ª ed.-301 SUMÁRIO Introdução 7 O status atual das ciências sociais em saúde no Brasil: tendências
1Resumo: Ao se situar no campo da metateoria, o presente trabalho tem por objetivo discutir uma das principais premissas que está subjacente à sociologia contemporânea: a historicidade. Contrapondo-se à teoria sociológica desenvolvida entre as décadas de 1940 e 1970, as "novas sociologias" têm procurado ultrapassar um pressuposto epistemológico daquele período -a superdeterminação pela teoria. Nesse esforço, têm outorgado à ideia de historicidade uma posição central no entendimento da ação humana. Constituindo-se como aberturas para o futuro (seu componente de "liberdade"), a ação, longe de ser um processo "cego", sempre revela necessariamente tanto o seu enraizamento no mundo social e físico quanto a possibilidade de transcender essa situação. Palavras-chave: teoria sociológica; sociologia contemporânea; ação social; historicidade; metateoria. 1. Introdução as últimas três décadas, a sociologia -como as ciências sociais em geral -tem desenvolvido uma crescente preocupação em repensar os pressupostos teórico-metodológicos sobre os quais se assenta o seu entendimento científico do mundo. Esse fato pode ser constatado pelo número de autores clássicos que são atualmente objeto de releituras (como Mead, Durkheim, Simmel e, principalmente, Weber); pelas reflexões de caráter epistemológico desenvolvidas pelos cientistas
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