Utilizando-se da abordagem semiótica e hermenêutica, o presente artigo discute algumas premissas relacionadas a análise da concepção popular de esquistossomose. Valendo-se de um trabalho de campo realizado no Estado da Bahia, são identificadas duas situações em que os atores sociais, em contextos específicos, constroem as significações dessa endemia: a significação de "primeiro grau" e de "segundo grau". O primeiro tipo de significação refere-se a experiências sensíveis, corporais e é intersubjetivamente compartilhada, enquanto que o segundo tipo é construído com base em significados formulados pelos agentes de saúde. Nesse último caso, a construção popular da doença está diretamente vinculada aos discursos e ações previamente estabelecidos por programas específicos de controle e combate da endemia.
ao longo do século XIX, mais especificamente, depois que os portos brasileiros foram franqueados à navegação e ao comércio exterior, viajantes procedentes de diversos países e com diferentes objetivos -comerciantes, religiosos, militares, naturalistas, artistas, médicos, educadores, contrabandistas e mesmo aventureiros -instalaram-se temporariamente ou tiveram uma breve estada em Salvador. Muitos desses visitantes deixaram registros escritos de variados aspectos da cidade, relacionados tanto às paisagens naturais e urbanas como aos usos e costumes da sua gente.Para a elaboração deste capítulo, foram analisados sete relatos de viagem produzidos por visitantes estrangeiros que estiveram na Bahia durante o período imperial (1822-1889), com exceção da inglesa Maria Graham, que esteve em Salvador, pela primeira vez, em meados de 1821, antes de a Independência ter sido declarada.Maria Graham deixou a Inglaterra com destino à améri-ca do Sul a bordo da fragata Doris, comandada por seu marido,
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