RESUMO -O objetivo deste trabalho foi caracterizar a absorção foliar, a translocação e o metabolismo do 14 C-glyphosate pelas plantas daninhas Commelina benghalensis, Ipomoea grandifolia e Amaranthus hybridus. O glyphosate foi aplicado através de quatro gotas de 0,5 µL de uma solução contendo o produto comercial, na dose de campo de 720 g e.a. ha -1 em mistura com 14 C-glyphosate, na face adaxial da segunda folha verdadeira das plantas estudadas. As avaliações foram feitas a 2, 4, 8, 12, 24, 48 e 72 horas após o tratamento com o herbicida (HAT) para os estudos de absorção e translocação e 72 HAT para os estudos de metabolismo. Os resultados de absorção e translocação demonstraram que mais de 90% do glyphosate aplicado foi absorvido por A. hybridus até 72 HAT. A maior parte do herbicida permaneceu na folha tratada, com uma taxa de translocação em torno de 25% do glyphosate aplicado. Em I. grandifolia, 80% do herbicida foi absorvido até 72 HAT, porém houve menor translocação -somente 2,2; 3,5; e 4,6% de 14 C glyphosate absorvido estava presente na parte aérea, no caule e na raiz. C. benghalensis apresentou uma taxa de absorção de 66% até 72 HAT, sendo, portanto, a penetração diferencial do herbicida glyphosate um provável mecanismo de tolerância desta planta daninha. Nessa avaliação, 39% do glyphosate estava presente na folha tratada e 15,2 e 11,6% na parte aérea e raiz, respectivamente. Nos estudos de metabolismo foi detectado o metabólito ácido aminometilfosfônico (AMPA) apenas em C. benghalensis, sendo, portanto, o metabolismo diferencial um possível mecanismo de tolerância desta planta daninha. Os resultados obtidos nesta pesquisa permitem concluir que os mecanismos de tolerância de C. benghalensis ao glyphosate são a absorção diferencial e o metabolismo do herbicida pela planta daninha. Em I. grandifolia a tolerância ocorre devido a uma menor translocação do herbicida, não havendo evidências de metabolismo diferencial do herbicida por esta planta daninha. 2, 4, 8, 12, 24, 48 and 72 hours after herbicide treatment (HAT) Palavras-chave: tolerância, Commelina benghalensis, Ipomoea grandifolia, Amaranthus hybridus, AMPA. ABSTRACT -The objective of this research was to characterize foliar absorption, translocation and metabolism of
Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de adubos verdes na supressão de plantas daninhas. O experimento foi instalado no Centro de Ciências Agrárias/UFSCar, localizado no município de Araras, São Paulo. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, em esquema fatorial (3 x 4 x 2), com quatro repetições, avaliando-se os efeitos de três quantidades de massa verde (40, 50 e 80 t ha-1) das espécies Crotalaria juncea, Canavalia ensiformis, Mucuna aterrima e Pennisetum glaucum, sob dois tipos de manejo (dispostas na superfície e incorporadas ao solo), na emergência e biomassa seca de duas espécies de plantas daninhas (Ipomoea grandifolia e Brachiaria decumbens).Adicionalmente, foram avaliadas testemunhas sem cobertura vegetal e amostras de solo coletadas de área com alta infestação de Panicum maximum. As avaliações foram feitas até os 30 dias após semeadura, determinando-se as plantas daninhas emergidas e a biomassa seca. M. aterrima foi a espécie mais eficiente na redução da germinação de I. grandifolia em todos os manejos utilizados. Para a espécie E. heterophylla, destacaram-se os tratamentos com P. glaucum e M. aterrima, principalmente quando se utilizaram 80 t ha-1 de biomassa, independentemente da forma de manejo. Para B. decumbens e P. maximum, as espécies P. glaucum e C. juncea foram as mais eficientes na redução da germinação.
O objetivo deste trabalho foi avaliar intervalos de dessecação (2, 7, 14, 21 e 28 dias antes da semeadura da soja - DAS) de espécies utilizadas como cobertura (Brachiaria ruziziensis, Pennisetum americanum e Brachiaria brizantha) no desenvolvimento inicial, teor nutricional da soja e manejo de plantas daninhas. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatro repetições. Na semeadura da soja, as espécies dessecadas aos 21 e 28 DAS foram controladas acima de 90%, porém a dessecação aos 2, 7 e 14 DAS mostrou controle inferior e distinto entre as espécies. Na dessecação aos 2 e 7 DAS, a emergência da soja ocorreu sob grande quantidade de biomassa verde, apresentando menor estande. Todavia, na dessecação aos 2 DAS, a palha se manteve por mais tempo no solo, reduzindo novos fluxos de emergência de plantas daninhas. Com o aumento do intervalo entre a dessecação de P. americanum e a semeadura da soja, houve acréscimo pronunciado no teor de fósforo da cultura. Os maiores teores de potássio na soja foram verificados com palha de B. ruziziensis e B. brizantha, e o teor de nitrogênio, quando B. brizantha e P. americanum foram dessecadas, aos 21 DAS.
Em razão da escassez de informações quanto ao potencial de movimentação do sulfentrazone e imazapic em solos brasileiros, objetivou-se neste trabalho avaliar a lixiviação e a persistência desses herbicidas. A lixiviação de sulfentrazone (800 g ha-1) e imazapic (210 g ha-1) foi avaliada sob simulação de chuva de 40 e 80 mm, em diferentes profundidades (5, 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 cm) e pHs de um Latossolo Vermelho Distroférrico e Latossolo Vermelho Distrófico. O ensaio de persistência consistiu da aplicação dos herbicidas sulfentrazone (600 e 800 g ha-1) e imazapic (190 e 210 g ha-1) em pré-emergência, além da testemunha sem herbicidas. Foram retiradas amostras de solo para determinação da persistência aos 0, 15, 30, 45, 60, 90, 120, 150 e 210 dias após a aplicação, sendo posteriormente levadas a um fitotron para crescimento do bioindicador Cucumis sativus. A lixiviação dos herbicidas foi mais pronunciada à medida que se aumentou a quantidade de chuva simulada. Para o sulfentrazone, na precipitação de 80 mm, foi constatada atividade residual até 40 cm de profundidade, sendo elevada no solo de textura média e menos pronunciada no de textura argilosa, independentemente do pH. Em relação ao imazapic na precipitação de 80 mm de chuva, houve atividade do herbicida até 40 cm de profundidade. No solo argiloso com pH 6,0 houve maior lixiviação em todas as profundidades, em relação ao mesmo solo com pH 4,7. Quanto à persistência, observou-se que o sulfentrazone e imazapic apresentaram atividade residual semelhante até 45 DAA, todavia, dos 60 aos 150 DAA, houve menor atividade do imazapic no solo; a partir deste período (150 aos 210 DAA), o sulfentrazone apresentou redução acentuada de sua atividade no solo.
The citrus yield in Brazil is not ranked among the best in the world, potentially due to inadequate management by citrus growers. The low adoption of conservation agriculture (CA) techniques and the improper application of herbicides are also well-known problems. Thus, this study evaluated the use of CA techniques, and twoUrochloaspecies (ruzi grass and signal grass) were used as cover crops. Two different types of mowers (ecological, EM; conventional, CM) launched the mowed biomass into different positions within a young Tahiti acid lime orchard (up to four years old). In addition, the integration of glyphosate into this management system was evaluated, with (GLY) and without (NO GLY) glyphosate application. This experiment was conducted across three growing seasons (2011-2014), in Mogi Mirim, São Paulo State, Brazil. The cover crop biomass yields and the effects of the mowing treatments, weed density, vegetative growth and fruit yields of the Tahiti acid lime trees were evaluated. In terms of major results, signal grass produced higher biomass yield values (up to 64%) than ruzi grass; EM promoted higher mowed biomass values in the intra-row (up to 5.1 ton ha−1, 9.0 times higher than CM), and a higher canopy volume (up to 33% than CM). These results were enhanced when ruzi grass was associated with the EM (56% lower weed density; 126% higher fruit yield than CM) and with GLY (52% higher fruit yield than NO GLY); and EM with GLY (43% lesser weed density and 107% higher fruit yield than NO GLY). Overall, ruzi grass was a good cover crop because it provided less competition for the citrus trees, EM provided a mulch layer in the intra-row of the citrus trees, and associated with GLY, these approaches could provide options for an integrated and more sustainable weed management, primarily for young Tahiti acid lime orchards.
Resumo -O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de palha, a capacidade de supressão de plantas daninhas e o efeito de plantas de cobertura do solo na produtividade do tomateiro rasteiro (Lycopersicon esculentum), em plantio direto. Os tratamentos avaliados foram: Crotalaria juncea, Stizolobium aterrimum, Pennisetum glaucum, C. juncea + P. glaucum, C. juncea + S. aterrimum, P. glaucum + S. aterrimum, plantas espontâneas e sem cobertura vegetal. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatro repetições. A produtividade do tomateiro não foi influenciada pelas culturas de cobertura. C. juncea apresentou maior competitividade que P. glaucum, quando semeados em consórcio, com maior acúmulo de matéria seca (63%). A espécie S. aterrimum apresentou desenvolvimento inicial lento e foi pouco competitiva em solos com elevada infestação de plantas daninhas. P. glaucum e C. juncea isoladas e consorciadas entre si ou com S. aterrimum produziram acima de 20 Mg ha -1 de matéria seca e reduziram a emergência e acúmulo de matéria seca de plantas daninhas, na cultura do tomateiro rasteiro.Termos para indexação: Lycopersicon esculentum, Crotalaria juncea, Pennisetum glaucum, Stizolobium aterrimum, cobertura do solo, consórcio. Straw yield and cover crop weed suppression in a no tillage system for processing tomatoAbstract -The objective of this work was to evaluate the straw yield, the weed suppression, and the effects of cover crop species on processing tomato (Lycopersicon esculentum) yield, in no tillage system. The treatments evaluated were Crotalaria juncea, Stizolobium aterrimum, Pennisetum glaucum, C. juncea + P. glaucum, C. juncea + S. aterrimum, P. glaucum + S. aterrimum, spontaneous weed cover, and bare soil. The experimental design was randomized complete blocks with four replicates. The tomato yield was not influenced by cover crops. C. juncea was more competitive than P. glaucum, when intercropped, with larger dry mass accumulation (63%). S. aterrimum had slow initial development and low competitivity with the high weed infestations. P. glaucum and C. juncea, grown alone, together, or with S. aterrimum, had dry matter yield above 20 Mg ha -1 and reduced the emergence and dry matter accumulation of weeds in the processing tomato crop.
RESUMO -As espécies Ipomoea grandifolia, I. nil e Merremia aegyptia tornaram-se importantes infestantes em diferentes sistemas de cultivo, causando problemas principalmente na colheita. O objetivo deste trabalho foi determinar o comportamento germinativo dessas espécies em diferentes condições de temperatura (15, 20, 25, 30 e 35 o C), luz (presença e ausência) e profundidade de semeadura (0; 0,5; 1; 5; 10; 12; 15; e 20 cm) em solos com diferentes texturas. Os resultados evidenciaram que as espécies apresentaram maior germinação na faixa de temperatura entre 20 e 25 ºC. Houve maior capacidade de germinação quando elas foram submetidas à ausência de luz. Entre as espécies estudadas, I. grandifolia apresentou maior capacidade de germinar em maiores profundidades no solo arenoso. No solo argiloso, as espécies de Ipomoea spp. avaliadas apresentaram maior germinação na superfície. M. aegyptia germinou melhor na superfície do solo arenoso comparado ao argiloso, porém apresentou melhor capacidade de germinação em maiores profundidades no solo argiloso em relação às demais espécies avaliadas. Palavras-chave: biologia, plantas daninhas, corda-de-viola.ABSTRACT -Ipomoea grandifolia, I. nil, and Merremia aegyptia have been important weeds to different crops, causing problems mainly in culture systems. The objective of this work was to evaluate the germinative behaviour of these species under different conditions of temperature (15, 20, 25, 30, and 35 o C), light (presence and absence) and sowing depth (0; 0,5; 1; 5; 10; 12; 15; and 20 cm) in soils with different textures. The results showed that species incubated at 20 up to 25 ºC presented optimal germination. The species presented better germination capacity under no light condition. In relation to soil texture, the results showed that I. grandifolia presented better capacity of germination at greater depths in sandy-clay soil. Both Ipomoea species presented better germination on heavy-clay soil surface. M. aegyptia presented better germination on sandy-clay surface compared to heavy-clay soil. However, germination at greater depths was better in heavy-clay soil.
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