A bibliografia elenca quatro principais partidos no bloco ideológico da direita: o PFL/DEM, o PDS-PP, o PTB e o PL/PR. Eles, em conjunto com outras legendas do mesmo bloco, têm uma força constante nas eleições locais paulistas. Esta pesquisa se propõe a responder se há lugares do estado de São Paulo nos quais partidos de direita tendem a obter mais vitórias e, se sim, refletir sobre as motivações por trás deste possível arranjo territorial. Investigou-se, através da geografia eleitoral e de ferramentas estatísticas: a herança eleitoral da ARENA, a competição ideológica nas eleições municipais e a fragmentação partidária da direita na arena local do estado de São Paulo.
This study examines the division of labor among political scientists during different periods of the COVID-19 pandemic. The article explores the hypothesis that the pandemic increased inequalities, especially by exacerbating the burden of housework and care responsibilities for women. We ground our analysis on the results of two surveys conducted in Brazil: one shortly after the onset of the pandemic in June 2020; and the other, more recently, from March 2022, after the ending of social-distancing measures. Brazil is a relevant case study because it was an epicenter of the virus for many months. This public health crisis occurred while a denialist and authoritarian government was in power. Considering gender and race variables, the data show a transformation of the dynamics of time organization during the period. At the beginning of the pandemic, men—primarily white men—devoted more time to academic work; in 2022, the most substantive difference was one of race. We observed a greater convergence among white people, as opposed to Black people, about household chores, with the latter group more overloaded than the former group. Traditional class and race inequalities concerning the Brazilian population can contribute to the explanation for this. When in-person work returned, white political scientists began to outsource domestic care more than their nonwhite counterparts.
RESUMO Introdução: Embora seja central na história política brasileira, a eleição presidencial de 1989 foi objeto de poucos estudos sistemáticos quantitativos acerca de seus determinantes. Neste artigo, aplicamos diversos modelos que permitem testar de modo mais apropriado as principais teses presentes na literatura, a saber: 1) a de que a vitória de Collor de Mello se deveu aos votos dos “grotões” (localidades pequenas, pobres e rurais); 2) a de que o sistema partidário não estruturou a direção do voto; e 3) quando o sistema partidário o fez, foi por meio de máquinas partidárias locais. Materiais e Métodos: Elaboramos um banco de dados original com os resultados eleitorais de 1989 e informações político-partidárias, sociais e econômicas de todos os municípios brasileiros e aplicamos modelos de regressão espacial. Além disso, replicamos um estudo de caso sobre a distribuição dos votos nas Zonas Eleitorais da cidade de São Paulo. Resultados: Os resultados mostram evidências dúbias para as teses dominantes, pois, de um lado, não permitem caracterizar a base de Collor de Mello como assentada nas localidades mais vulneráveis, dados os efeitos encontrados em direções opostas entre as variáveis testadas, e, de outro, ressaltam a importância local dos partidos de esquerda na estruturação do voto, com pouco efeito das máquinas partidárias. Discussão: Substantivamente, os achados apontam que a disputa de 1989 é mais complexa e não “exótica”, em termos comparados, tal como a literatura costuma ressaltar. O eleitorado de localidades pobres e os pobres das cidades ricas não se mostraram cativos da direita ou de discursos populistas. Metodologicamente, ressaltamos a importância de serem consideradas as diferentes dimensões geográficas no estudo das eleições.
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