Resumo Considerados locais "sujos" ou que "atrapalhavam" o desenvolvimento das cidades, muitos mercados de abastecimento foram remanejados para zonas periféricas dos centros urbanos. Atualmente eles vêm sendo recuperados como "patrimônios", expressando concepções urbanísticas alternativas e passando a ser alvos de políticas públicas voltadas para o turismo. Este artigo analisa o caso de projetos urbanísticos para a reconstrução de um mercado no centro da cidade do Rio de Janeiro. O objetivo é expor diferentes concepções urbanísticas relacionadas aos mercados do Rio, assim como distintas articulações entre urbanismo e processos de patrimonialização.
Trabalho apresentado na 29ª Reunião Brasileira de Antropologia, realizada entre os dias 03 e 06 de agosto de 2014, Natal/RN Nos últimos anos diversos mercados populares vieram a ser reconhecidos como patrimônio "material" e "imaterial" pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e
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A extensão universitária é um processo educativo, científico e cultural que aproxima a universidade da sociedade. Este trabalho, apresentado na modalidade “Perspectivas”, busca relatar a inserção da extensão universitária nos cursos de graduação do Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ressaltando a análise das ações extensionistas para a formação de estudantes. As principais áreas contempladas nas ações guardam forte relação com os cursos de Gastronomia e de Nutrição do Instituto. Em junho de 2021, o INJC contava com 39 ações ativas registradas no sistema de gestão acadêmica da UFRJ, distribuídas em 30 projetos, seis eventos e três cursos, contemplando, assim, as áreas temáticas de Saúde, Cultura, Educação, Meio Ambiente e Trabalho, Tecnologia e Comunicação. Essas ações disponibilizam 288 vagas para alunos de graduação da UFRJ, acolhendo estudantes do INJC e de outros centros universitários, em especial das Ciências Humanas e Sociais, tendo como público-alvo diferentes faixas etárias, grupos populacionais e territórios. Apesar da diversidade dos objetos de trabalho, a alimentação apresenta-se como tema transversal nas três modalidades de ações realizadas. Nota-se uma firme tendência de fortalecimento das atividades universitárias de extensão, seja pela obrigatoriedade da creditação de carga horária para o corpo discente ou pelo compromisso da universidade em responder às demandas sociais, equiparando-as efetivamente à pesquisa no que tange à valorização acadêmica e institucional.
O samba é considerado um símbolo carioca, sendo muito comum encontros em grupos específicos para compartilhar o estilo musical. Esses encontros funcionam como espaço de representação e expressão sociocultural, interações e festejos, em que o consumo de variados tipos de pratos resulta em produção de sentidos que articulam festividade e alimento. Este trabalho tem como objetivo compreender o processo de construção de significados da tradicional feijoada na quadra da Portela por meio de uma pesquisa etnográfica. Realizou-se visitas à quadra da Portela para reconhecimento local, particularidades e identificação de interlocutores que mediassem a entrada no campo de estudo para empreender uma observação participante. Os resultados indicam que, embora tenha passado por mudanças no preparo, a feijoada da Portela se tornou um evento em que ocorrem as trocas simbólicas, contribuindo para construção dos significados que refletem e reconstroem a própria noção de “tradição” elaborada pelos integrantes da escola de samba.
Partiendo del análisis de la cultura popular del maíz, del frijol y de la mandioca y algunos de sus subproductos en el campo de la gastronomía brasileña, el objetivo de este artículo es contrarrestar la lógica agresiva vigente de producción de alimentos en Brasil. En primer lugar, analizaremos la cultura del maíz a través de la experiencia del proyecto de extensión Pirapoca (UFRJ), que se ocupó de investigar el maíz nativo brasileño y de divulgar su valorización. Por otro lado, la mandioca (Melchior y Fujihara, 2018), concebida como alimento para las clases sociales populares, resiste a los diversos procesos de borrado de su relación con los pueblos indígenas y de su pasado mítico. Finalmente, presentaremos el frijol, a través del acarajé (Bitar, 2011), una comida de origen africano traída a Brasil y que resiste a los procesos de borrado de las herencias afrobrasileñas. Con esto, buscamos enfatizar formas de resistencia a los modelos propuestos por las grandes corporaciones del agronegocio.
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