A survey on the use of medical plants was carried out in the rural communities of the Rio Negro sub-region of the Pantanal and the raizeiros from Aquidauana and Miranda municipalities, Mato Grosso do Sul, Brazil, in order to recover the ethnobotanical and ethnopharmacological knowledge of these communities. Structured questionnaires were run with the residents of eight farms and 12 raizeiros. The results reveal 25 botanical families, 45 genera and 48 species of medicinal plants used, six of which are indicated for kidney disturbances, six for urinary disturbances, five for inflammation treatment, 13 for stomach aches, 10 for respiratory disturbances, four for treating sprains, four for healing wounds, four as anti-diarrheaic and one as antipyretic, among other illnesses. The main family was Asteraceae, with 12 species used. The principal preparation methods of the medicinal herbs in the Rio Negro sub-region and surrounding areas were infusion (35) and, mostly, mixed with "chimarrão" or "mate quente", traditional beverage. Nineteen exotic species are used by the raizeiros, (39.58%), which indicates a strong influence of the urban environment. The traditional pantaneiros have greater knowledge of medicinal plants than the raizeiros, and they cited only five exotic species (16.1%). Thus, this biome is an important vegetation complex for the study of medicinal herbs, covering a diversity of species with great potential for ethnobotanical studies (e.g. Conceição and Paula, 1986;Pott and Pott, 1994;Bortolotto, 1999;Souza and Guarim-Neto, 1999;Pott and Pott, 2000;Schwenk and Silva, 2000;Campos Filho, 2002). It is also occupied by a native population with great cultural importance, adapted to the intermittent cycles of flood and drought of the region, the pantaneiros or marsh-dwellers (Nogueira, 2002). KeywordsThe use of plants for therapeutic purposes in the Pantanal region has long been reported in various Indian tribes. Since the first colonisation of the region, especially during the Paraguay War (1864-1870), extractivist activities have been intensified in other communities and are now part of the 'pantaneiros' lives, either for medicinal ends or just to bring comfort in the face of their daily adversities (WHO, 2002).The knowledge of the correct use of plant species normally belongs to restricted groups of the population, known as raizeiros (generally people with little formal education, who through the knowledge transmitted by their parents or other people with empirical knowledge, use plants for disease treatment), benzedeiras (usually women, who treat distinct diseases through prayer and herbs) and other, usually elderly, people, who received medicinal information from their ancestors (Guarim-Neto, 2006). As these groups are restricted and often threatened by environmental changes, which alter their lifestyle and culture, the recovery of this ethnobotanical knowledge is fundamental in rescuing traditions that may soon be lost.Considering the information gaps in the ethnobotanical and ethnopharmacologica...
O afroempreendedor é o empreendedor negro que busca, por meio do seu trabalho, valorizar a cultura negra e fazer dela seu meio de renda e apoio. No turismo, o afroempreendedorismo é realizado por meio do afroturismo, que é pautado por experiências afroreferenciadas na atividade. A presente pesquisa tem por objetivo discutir como o afroempreendedorismo em turismo pode contribuir para a redução da desigualdade racial e para o fortalecimento da identidade negra no Brasil. Para tanto, uma pesquisa, de cunho qualitativo, foi realizada junto a quinze afroempreendedores da área no país, que responderam um questionário enviado via Google Forms. A técnica de amostragem não probabilística usada foi a bola de neve, na qual os entrevistados indicavam outras pessoas para também responderem à pesquisa. Os afroempreendedores pesquisados eram pretos, em sua maioria mulheres, com alta escolaridade, que trabalhavam principalmente com agenciamento e guia. A pesquisa mostrou que o afroempreendedorismo no turismo auxilia na redução da desigualdade racial e na afirmação da identidade negra de sete diferentes maneiras, a saber: no resgate da memória do povo preto por meio de narrativas turísticas; na valorização das narrativas negras e da ancestralidade; na formação de empreendedores negros que valorizam sua ancestralidade; na construção de medidas antirracistas nos modelos de negócios; na mudança da visão do negro como mão de obra; na educação de jovens e no aumento da renda e inclusão de capital de giro para a população afrodescendente. Palavras-chave: Afroempreendedorismo. Turismo. Redução da Desigualdade Racial. Fortalecimento da Identidade Negra.
O objetivo do artigo é analisar a representação social e a representatividade do negro em uma revista de turismo voltada ao consumo de luxo. O referencial teórico está centrado em discussões sobre representações sociais e racismo, mostrando como o turismo reforça estereótipos e vincula a atividade à branquitude. O corpus da pesquisa inclui as dez últimas edições (n. 17 a 26) da revista Viaje Mais Luxo, publicadas de 2017 a 2020. O método utilizado foi a análise de conteúdo. Foram examinadas as imagens veiculadas nas matérias das revistas, na publicidade e na capa. Como resultado, a pesquisa mostra que o negro aparece de três maneiras: como servidor do turismo, como atrativo e, em menor quantidade, como turista. Em várias seções, assim como na capa, não há imagens de negros, o que mostra como são invisibilizados na atividade. A publicidade da revista faz uso da imagem de negros para dar uma ideia de diversidade e são usados estereótipos para retratá-los, ligando-os ao continente africano ou vinculando-os de forma reducionista a determinado estilo musical. Acerca da representatividade, o negro aparece em 11,23% da publicidade e em 6,31% do conteúdo produzido pelo próprio periódico. O trabalho revela a associação entre branquitude e riqueza no turismo de luxo.
In 1976 one of the authors saw a pet turtle which he recognised to be Phrynops hogei. This was remarkable because hitherto the type specimen, first described in 1967, was the only one known to scientists. However, since 1976 three other live animals have been seen, and also eight museum specimens. From the new information the authors conclude that the range of the species is small, and also that the type locality was wrongly given. They think the turtle may well be endangered, and suggest a captive breeding programme for its conservation.
O turismo é conhecido por ser um setor de trabalho precarizado, que reforça estereótipos de gênero e remunera de maneira desigual homens e mulheres. A partir desta realidade, indaga-se se as investigações realizadas na academia em turismo no Brasil estão interessadas nestas disparidades. Para refletir sobre o tema, por meio de uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL), o artigo objetiva realizar um mapeamento da produção científica brasileira sobre gênero, trabalho e turismo em dissertações e teses produzidas nos 13 Programas de Pós-Graduação (PPGs) com área básica em turismo no Brasil. Entre as 39 teses já defendidas, nenhuma aborda o tema e, das 1.618 dissertações, 12 (0,74%) o discutem, concentradas em quatro instituições (UNB, Univali, UAM e UFF) e oito orientadores. Os trabalhos foram categorizados a partir de seu campo de estudos - empreendedorismo (1), eventos (1), assédio (1), hospitalidade (2), hotelaria (2) e turismo rural (5) e também a partir das desigualdades de gênero ao qual fazem referência, a partir do estudo Desigualdades de género en el mercado laboral turístico, da Alba Sud. As dissertações evidenciam que as mulheres sofrem discriminação por receberem menos quando realizam o mesmo serviço, por terem carga horária de trabalho aumentada em virtude de negócios turísticos familiares, por terem seu trabalho invisibilizado e desvalorizado e por necessitarem realizar o serviço doméstico mesmo trabalhando fora de casa. Como conclusão, o estudo revelou que, embora algumas pesquisas careçam de criticidade, já há uma problematização sobre como as trabalhadoras são tratadas na atividade.
Há poucas pesquisas no Brasil sobre experiências de mulheres negras viajantes, de modo a invisivibilizar um debate interseccional no setor. A partir desta realidade, o artigo tem o objetivo de investigar como a questão racial atravessa as experiências turísticas de mulheres negras. A pesquisa é resultante de uma netnografia realizada no grupo Viajantes Negros, do Facebook, composto por 3.720 pessoas, que foi acompanhado de 30 de janeiro a 15 de março de 2021. As 109 postagens realizadas no período foram categorizadas usando a análise temática e evidenciaram que as mulheres ali inseridas entendem a importância do corpo negro viajante ocupar todos os espaços – de maneira a mostrar que elas são turistas e não apenas trabalhadoras do setor –, contudo, foi possível notar um interesse maior por roteiros afrodiaspóricos. A pesquisa revelou ainda que o grupo é visto como um espaço seguro para troca de informações, que apenas mulheres negras compreendem – como dicas de locais onde o racismo é menos explícito, ou ainda experiências vinculadas a um suposto exotismo do corpo feminino negro. Como consideração final, aponta a necessidade de dar atenção ao movimento de viajantes negros do Brasil.
Os Xavante ou A'uwe (gente), como se autodenominam, é um grupo indígena que pertence a família linguística Jê, do tronco Macro-jê, situados no Mato Grosso. Chegaram ao estado entre 1820-1870 fugindo do contato com os não índios e dali se subdividindo em diferentes regiões do estado, contudo, políticas desenvolvimentistas empregadas a partir do governo Vargas os alcançaram e expulsaram de seus territórios. O presente trabalho tem por objetivo analisar as táticas destes indígenas para retomar seus territórios, em especial a TI Parabubure e a TI Marãiwatsédé. Para tanto, é uma pesquisa qualitativa que faz uso de entrevistas e falas de atores divulgadas em documentários e jornais ao longo do processo. A TI Parabubure foi demarcada no contexto de fim da ditadura militar e, para pressionar o governo, os Xavante iam a Brasília, invadiam os órgãos governamentais e faziam “performances culturais” afim de atrair atenção às suas demandas. Já a TI Marãiwatsédé, que teve sua demarcação estabelecida a partir de várias batalhas judiciais, teve como marco o amparo dos indígenas na lei como sua âncora de convencimento.
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