Resumo Este artigo objetiva explorar possíveis implicações às relações familiares no fim da vida por meio de uma revisão narrativa de literatura. Assim, constatou-se que a maior longevidade e o consequente aumento na prevalência de doenças crônico-degenerativas têm prolongado períodos de tratamento e cuidados, os quais são por vezes dispendiosos em termos físicos, emocionais e financeiros. Entende-se que as mudanças e perdas no processo de adoecimento acometem o doente e também seus familiares, o que justifica a necessidade de assistência que oferte cuidados a esses indivíduos e dê suporte aos sofrimentos físico, psicossocial e espiritual a que estão sujeitos.
Resumo A bioética tem entre seus princípios a autonomia, base do consentimento informado, o qual é comprovado pelo termo de consentimento livre e esclarecido. Nesse documento a equipe de saúde esclarece o diagnóstico, prognóstico, os riscos e objetivos do tratamento sugerido ao paciente. Por meio de revisão de literatura, foram selecionados artigos que focalizam esse termo, e pela leitura do corpus percebem-se dificuldades da equipe de saúde em seu uso, sobretudo no que concerne ao seu objetivo, à linguagem utilizada e à maneira de apresentá-lo. Ademais, notou-se que o documento vem sendo aplicado visando a prevenção jurídica dos profissionais da saúde, principalmente médicos, em caso de erro técnico, uso que foge à proposta inicial.
RESUMO A escola é um espaço de mediação da realidade, influenciando na elaboração das vivências do desenvolvimento do aluno, como no luto de perdas reais e simbólicas. O artigo apresenta uma pesquisa qualitativa, de caráter descritivo e exploratório, com sete professoras de quatro escolas públicas do ensino fundamental do interior do Rio Grande do Sul e busca compreender como entendem a temática da morte nas escolas e os desafios com os alunos, em especial na infância. Realizou-se a análise de conteúdo, e todos os princípios éticos foram respeitados. Escola e professores assumem papéis importantes na formação emocional da criança e em seu acolhimento em momentos de crise. A barreira presente nas escolas diante da abordagem da morte denuncia o temor de a instituição não deter as respostas e transpor os limites do que é próprio da família. As docentes buscam, por meio de aberturas possíveis de abordagem sobre a morte e do lúdico, trabalhar o luto e os medos dos alunos, de modo que possam ser um amparo nessa vivência
Resumo A morte fora de lugar, a perda dos projetos futuros, das idealizações depositadas no filho e o lugar insubstituível que ele ocupa no imaginário dos pais dificultam o processo de elaboração do luto. Neste trabalho, buscou-se compreender como os pais vivenciam a perda de um filho ainda criança e discutir aspectos característicos desses casos. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, em que se entrevistou 11 pais que perderam os filhos crianças, cujas mortes ocorreram em um intervalo que varia entre quatro meses e um ano e quatro meses em relação à entrevista. As entrevistas foram semiestruturadas com eixos norteadores que direcionaram os temas a serem abordados, e os dados foram trabalhados por meio da análise temática, revelando os núcleos de sentido da comunicação. Entre os principais elementos constituintes das narrativas, destacam-se: a dor incomparável, culpa, as experiências diferentes entre pais e mães, os outros filhos, o sentimento de perda de uma parte de si, a perda do objeto narcísico e a vivência do luto diante do funcionamento social contemporâneo. O estudo demonstrou a importância de considerar a singularidade do luto parental e não o confundir com a melancolia. Esses aspectos precisam ser reconhecidos, junto às diferenças que marcam as experiências distintas entre pai e mãe, o narcisismo dos pais e o contexto contemporâneo, a fim de auxiliar na construção de intervenções adequadas nesses casos. Sublinha-se a importância da fala na organização de uma narrativa que permita a construção de um sentido para a perda e a elaboração do luto.
O adoecimento e a morte de uma criança repercutem diretamente na vida dos pais. Diante disso, este artigo, de abordagem qualitativa, objetivou compreender os significados atribuídos por pais enlutados às suas experiências diante da perda do filho e aos cuidados desempenhados pela equipe de saúde. Realizaram-se 11 entrevistas semiestruturadas com pais que perderam filhos crianças em virtude de doença, cujos dados foram tratados conforme análise de conteúdo temática. Os resultados mostraram: a importância da participação no cuidado da criança adoecida e do contato com o filho morto; e as percepções ambivalentes em relação à equipe de saúde, que evidenciaram atenção e comunicação compreensiva e despreparo para a atuação, comunicação inadequada e falta de seguimento na assistência. Destaca-se a importância da comunicação clara e do reconhecimento da perda, além de capacitações aos profissionais para atuarem com situações de morte e luto.
O presente trabalho teve por objetivo verificar as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos profissionais de uma equipe do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) frente situações de iminência de morte de pacientes, além de avaliar a correlação entre coping e ansiedade, depressão e estresse. Para tanto, realizou-se uma pesquisa quantitativa, da qual participaram 43 profissionais do SAMU de um município no interior do estado do Rio Grande do Sul, entre médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e condutores. Os instrumentos utilizados foram o DASS-21 e o Inventário de Estratégias de Coping. A análise dos dados foi feita a partir de estatística descritiva e inferencial, utilizando o software SPSS. Os resultados indicam que as estratégias mais utilizadas pelos profissionais são resolução de problemas, autocontrole e reavaliação positiva. Já as menos utilizadas são fuga-esquiva e confronto. Ademais, obteve-se um baixo índice de estresse, ansiedade e depressão na amostra. A correlação dos instrumentos permitiu compreender esses dados, visto que as estratégias menos utilizadas apresentaram maior correlação com estresse, ansiedade e depressão. Considera-se que os profissionais do SAMU utilizam estratégias de enfrentamento que permitem a elaboração das situações vivenciadas, o que indica a importância da valorização de potencialidades a serem desenvolvidas no serviço.
A morte, no contexto do câncer infanto-juvenil, adquire caráter complexo, sendo descrita pelos pais como uma dor inominável. Este artigo objetivou compreender os significados atribuídos à atuação da equipe hospitalar pelos familiares de crianças/adolescentes que faleceram com câncer. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório. Utilizou-se como instrumentos um grupo focal e quatro entrevistas semiestruturadas com oito familiares de pacientes falecidos. Os dados foram analisados através da Análise de Conteúdo Temática e organizados em categorias. A partir da análise das narrativas dos participantes, identificou-se que a morte, frequentemente, foi relacionada a demora no estabelecimento de um diagnóstico e consequentemente do início do tratamento.
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