A escola ante a morte e a infância: (des)construção dos muros do silêncio

Abstract

RESUMO A escola é um espaço de mediação da realidade, influenciando na elaboração das vivências do desenvolvimento do aluno, como no luto de perdas reais e simbólicas. O artigo apresenta uma pesquisa qualitativa, de caráter descritivo e exploratório, com sete professoras de quatro escolas públicas do ensino fundamental do interior do Rio Grande do Sul e busca compreender como entendem a temática da morte nas escolas e os desafios com os alunos, em especial na infância. Realizou-se a análise de conteúdo, e todos os princípios éticos foram respeitados. Escola e professores assumem papéis importantes na formação emocional da criança e em seu acolhimento em momentos de crise. A barreira presente nas escolas diante da abordagem da morte denuncia o temor de a instituição não deter as respostas e transpor os limites do que é próprio da família. As docentes buscam, por meio de aberturas possíveis de abordagem sobre a morte e do lúdico, trabalhar o luto e os medos dos alunos, de modo que possam ser um amparo nessa vivência

Eficiência do manejo de vacinação em matrizes no pré parto como prevenção de diarreia neonatal em bezerros

“…Kovàcs (1992) afirma que as crianças têm predisposição a observar tudo à sua volta e quando o adulto se esquiva de falar sobre o assunto, a criança pode apresentar sintomas psicossomáticos decorrentes desse fator de omissão. Giaretton et al (2020) consideram que a criança percebe o seu meio social e interpreta a realidade de acordo com sua compreensão, então, constrói seus pensamentos. Dialogar sobre a morte com as crianças abre um olhar mais elaborado diante da perda e auxilia na compreensão do ciclo da vida, a qual é representada por um contínuo movimento entre nascer e morrer.…”

Pesquisas Qualitativas e o enfrentamento de desafios contemporâneos

“…Uma pesquisa feita para a investigação das elaborações do luto de crianças inseridas em vivências de mortes e perdas na infância chegou a conclusões de que a escola possui um grande papel no enfrentamento das nuances que esse assunto aborda. Nesse sentido, os pesquisadores entrevistaram docentes que expressavam a dificuldade de se trabalhar essa temática em sala de aula, seja por medo de ultrapassar os limites que as famílias das crianças impõem sobre os assuntos de casa, ou por inseguranças de saber a melhor forma de abordar a finitude da vida (GIARETTON, et al, 2020).…”