Resumo O emprego doméstico se configurou historicamente como um espaço de permanência de práticas coloniais, atravessado por hierarquias da ordem de gênero, classe social e identidades étnico-raciais. Produto direto da escravidão e organizado às margens das relações trabalhistas, a profissão é marcada por preconceitos sociais e econômicos. A agente social, empregada doméstica, foi representada pelo cinema e TV como coadjuvante e subalterna, ocupando um lugar periférico e silenciada pelas relações de poder que caracterizavam o espaço da família burguesa. Recentemente alguns filmes nacionais têm problematizado o local ocupado pela doméstica dentro do lar. A partir de uma reflexão sobre espaços, territórios e mobilidades, pretendemos abordar neste artigo dois filmes que mostram as tensões na relação entre empregadas e patroas na casa/família, Que horas ela volta? e Aquarius.
<span>Este artigo pretende problematizar a produção de “imagens de ostentação” presentes na mídia marcadas por narrativas de afirmação do consumo e tudo aquilo que o mercado oferece como produção de subjetividades. Neste escopo, escolhemos produções culturais ligadas às narrativas do narcotráfico que destacam de forma afirmativa o estilo de vida de narcotraficantes, assim como evidenciam o crime e o consumo que ele proporciona como locais privilegiados de construção de identidades.<br /></span>
Resumo: O artigo pretende problematizar algumas questões identitárias referentes à cultura chicana a partir da apropriação das imagens guadalupanas feitas por artistas/intelectuais chicanas. O discurso feminista chicano que se constrói sobre a imagem da Virgem de Guadalupe traz as marcas do processo transfronteiriço no qual se (des)localiza a experiência chicana, configurada por clivagens raciais, de classe, de gênero e de sexualidades. Instalando-se num lugar de fala que as coloca entre o poder patriarcal mexicano e a voz do feminismo norteamericano que não dá conta das questões raciais e de classe, a produção das new mestizas (como a autora Anzaldúa define a feminista chicana) freqüentemente se apropria da imagem da Virgem de Guadalupe, subvertendo seus sentidos, para lançar a força de seu brado político.A conformação de uma história chicana tem origem bastante remota. O conflito entre mexicanos e anglo-americanos se dá ostensivamente desde meados do século XIX, quando, por conta da política expansionista norte-americana, mais de um terço do território mexicano foi incorporado ao mapa dos Estados Unidos. Os mais de dois séculos e meio de permanência hispânica naquela região deixaram marcas profundas que seriam confirmadas no confronto violento com a cultura anglo-americana.
exo e raça na virgem mestiçaImagens guadalupanas e feminismo chicano Abstract: This article intends to rise a few identitary questions in relation to the chicana culture. The analysis is based on the appropriation of the images of Guadalupe made by chicano artists and intellectuals. The chicano feminist speech, which is built over the image of the Virgin of Guadalupe shows the stains of the process between borders in which is (un) located the chicano experience. It is configured by racial, class, gender and sexual cleavages. It is installed in a place of speech located between fatherly power and the voice of north-american feminism. The feminism is not enough to understand racial and gender matters or the aparison of the new mestizas (as the author Anzaldúa defines the chicano feminist). They frequently appropriate themselves of the image of the Virgin of Guadalupe, subverting its senses in order to spread the power of its political cry out.Key words: identitary chicana, feminist , frontier Doutorando em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense. E-mail: mauriciode@yahoo.com 2 S 1 1 1 P Pe eq qu ue en no o e es sb bo oç ço o d de e u um ma a a ar rt te e c ch hi ic ca an na a
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.