Este estudo qualitativo descritivo objetivou compreender a relação entre o consumo de álcool e a expressão da violência no relacionamento de casais compostos por pelo menos um cônjuge dependente do álcool. Foram realizadas entrevistas com uso de roteiro semiestruturado com dez casais, posteriormente transcritas e submetidas à análise de conteúdo. Todos os casais relataram violência conjugal, atrelada ao uso de álcool. A violência, principalmente verbal e física, foi protagonizada por ambos os cônjuges e agravada com o tempo e com o aumento da quantidade de ingestão de álcool. Foram relatadas outras dificuldades relacionais e de trabalho, associadas ao uso contínuo do álcool, além de histórico de uso de substâncias e de violência nas famílias de origem dos participantes. Este estudo evidenciou a complexidade e a dinâmica da violência conjugal, associada à dependência de álcool, que deve ser considerada em programas de prevenção, redução de danos ou outras intervenções e encaminhamentos do casal enquanto um sistema que demanda atenção integral.
O trabalho é um importante elemento constituinte da identidade e subjetividade do ser humano, ao passo que também pode participar dos processos de construção do sofrimento físico ou psíquico decorrentes de demandas que vão além do que o indivíduo pode desempenhar em se tratando de suas potencialidades e limitações, sobretudo se ocorrem num ambiente com pouca de qualidade de vida no trabalho. O presente estudo, realizado mediante levantamento temático na literatura nacional, objetivou discutir a relação do assédio moral praticado nas organizações com eventuais prejuízos à saúde mental do trabalhador, especificamente o episódio depressivo. Com base nos principais indexadores científicos (Scielo, BVS-Psi, PepsiCo e Google Scholar) e a partir dos descritores “assédio moral and depressão”, com delimitação cronológica até julho de 2018, verificamos uma significativa quantidade de textos acerca do tema assédio moral, porém com pouca quantidade de textos correlacionando o assédio moral e os episódios depressivos no trabalho. Nossas considerações finais, contudo, apontam para a íntima relação entre assédio moral e a vulnerabilidade psíquica no trabalhador, e, por isso, propomos algumas ações estratégicas para a atuação da área de Gestão de Pessoas nas organizações, visando a prevenção e combate ao assédio moral.
Resumo: Mediante pesquisa bibliográfica realizada nas principais bases de dados disponíveis atualmente, este ensaio discute a situação atual da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, destacando os obstáculos e desafios presentes na realidade brasileira. Discute ainda a atuação do Psicólogo Organizacional e do Trabalho (POT) neste contexto, postulando sobre a importância de seu comprometimento com as transformações necessárias, tanto na sociedade quanto nas organizações de trabalho, para que tenhamos uma cultura verdadeiramente inclusiva. Embora essa temática venha sendo amplamente discutida, o presente estudo concluiu que ainda temos muito a avançar, considerando, sobretudo, as questões culturais que, somadas ao despreparo das organizações e dos gestores organizacionais para lidarem com os trabalhadores com deficiência, representam os maiores obstáculos à inclusão. Embora devamos reconhecer que no Brasil houve avanços, em especial após a promulgação, em 1991, da chamada Lei de Cotas, diversas pesquisas têm apontado para a dificuldade, por parte das organizações, em cumpri-la. Entendemos que o POT deva ser um profissional preparado técnica e eticamente para, juntamente com outros profissionais, promover ações na direção de um processo efetivo de inclusão dessa população nos contextos de trabalho, favorecendo não somente as pessoas envolvidas, como também, as próprias organizações. Palavras-chave:Inclusão, Pessoas com Deficiência, Psicologia Organizacional e do Trabalho. The Psychologist and the Inclusion of People with Disabilities at WorkAbstract: Through bibliographical research carried out in the major databases available today, this paper discusses the current situation of inclusion of people with disabilities in the labor market, highlighting present obstacles and challenges in the Brazilian reality. It also discusses the role of the Work and Organizational Psychologists (WOP) in this context, suggesting the importance of their commitment to the necessary changes, both in society and work organizations, so that we have a truly inclusive culture. Although this theme has been widely discussed, the study found that we still have long way to go, considering all the cultural issues that, added to the unpreparedness of organizations and organizational managers to deal with employees with disabilities, represent major obstacles to inclusion. While we must recognize that there has been progress in Brazil, especially after the promulgation in 1991 of the so-called "Quota" Law, several studies have pointed to the difficulty of organizations in fulfilling it. We understand that the WOP should be a ethically and technically prepared professional for, along with other professionals, promoting actions towards an effective process of inclusion of this population in the contexts of work, not only favoring the people involved, but also the organizations.
Este artigo apresenta o resultado de uma revisão bibliográfica que teve como objetivo identificar a produção científica nacional acerca do tema “terceirização e sua relação com a precarização do trabalho e saúde do trabalhador”, permitindo uma análise de tal processo. A delimitação para a literatura nacional se justifica pelo fato de ser, aos proponentes da pesquisa, importante saber sobre o fenômeno da terceirização dentro do contexto brasileiro, a partir de suas especificidades, tanto no âmbito legal quanto no âmbito das culturas organizacionais e seu respectivo processo de desenvolvimento. Por meio da utilização destes principais descritores “terceirização”, “precarização do trabalho” e “saúde do trabalhador”, além de suas possíveis combinações e derivações, foram selecionados artigos científicos produzidos por pesquisadores brasileiros e que lidaram com dados da realidade nacional para estudo do fenômeno. O ambiente de busca se constituiu a partir dos principais indexadores eletrônicos [Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PePSIC), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME), LILACS, Banco de Teses da CAPES, Periódicos CAPES e Google Scholar] e a pertinência temática em relação ao objeto de estudo escolhido foi o principal critério para a seleção dos 25 artigos considerados. Os resultados apontam para uma relação de interdependência entre os fenômenos estudados e de, portanto, uma retroalimentação do ciclo assim possível de ser sintetizada: “terceirização gera precarização do trabalho, que por sua vez reduz as condições de qualidade de vida no trabalho, o que, consequentemente, vulnerabiliza a saúde dos trabalhadores, física e psiquicamente”.
A pandemia por COVID-19 vem transformando o modo de viver da população mundial, tanto pelas (milhões) de vidas perdidas, quanto pelas mudanças econômicas, culturais e sociais que têm marcado esse período. Devido ao isolamento e distanciamento social, uma das mais rápidas e eficazes medidas tomadas visando a contenção do progresso do contágio pelo novo coronavírus – o SARS-CoV-2 – a educação, no mundo todo, passou por grande período de interrupção e alteração de dinâmica, sendo estabelecido o ensino remoto como medida alternativa, o que prejudicou o desenvolvimento dos alunos que tiveram que readaptar sua forma de viver, de aprender e de produzir. O presente artigo visa discutir de que forma os estudos e a dinâmica de vida de discentes universitários foi afetada nesse contexto pandêmico e de isolamento social, ou seja, diante de uma nova realidade educacional e do risco de contágio por uma doença grave, muitas vezes fatal e ainda sem cura. Nossos achados apontam para uma preocupação especial, a saúde mental deste público, além de outros temas que devem seguir sendo estudados para favorecer a compreensão das demandas do referido público no contexto atual e, então, possibilitar que profissionais criem políticas e ações que promovam o bem-estar e a saúde mental, não só dos discentes, mas de toda a comunidade universitária.
RESUMOO artigo trata do trabalho docente no Brasil antes e após pandemia por COVID-19, pautado em revisão bibliográfica que permitiu estudar aspectos negativos associados a exigências, condições de trabalho, mercantilização da Educação, relações interpessoais e desvalorização da profissão. O isolamento social na pandemia de COVID-19 agrava a precariedade das condições de trabalho
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