O trabalho é um importante elemento constituinte da identidade e subjetividade do ser humano, ao passo que também pode participar dos processos de construção do sofrimento físico ou psíquico decorrentes de demandas que vão além do que o indivíduo pode desempenhar em se tratando de suas potencialidades e limitações, sobretudo se ocorrem num ambiente com pouca de qualidade de vida no trabalho. O presente estudo, realizado mediante levantamento temático na literatura nacional, objetivou discutir a relação do assédio moral praticado nas organizações com eventuais prejuízos à saúde mental do trabalhador, especificamente o episódio depressivo. Com base nos principais indexadores científicos (Scielo, BVS-Psi, PepsiCo e Google Scholar) e a partir dos descritores “assédio moral and depressão”, com delimitação cronológica até julho de 2018, verificamos uma significativa quantidade de textos acerca do tema assédio moral, porém com pouca quantidade de textos correlacionando o assédio moral e os episódios depressivos no trabalho. Nossas considerações finais, contudo, apontam para a íntima relação entre assédio moral e a vulnerabilidade psíquica no trabalhador, e, por isso, propomos algumas ações estratégicas para a atuação da área de Gestão de Pessoas nas organizações, visando a prevenção e combate ao assédio moral.
Partindo do diálogo entre literatura e psicanálise, este artigo visa apresentar uma possível leitura do romance A cor púrpura, de Alice Walker, segundo a teoria winnicottiana do amadurecimento. Neste romance, Walker apresenta a triste história de Celie, uma jovem negra arrancada violentamente do convívio de seus filhos e de sua irmã. Casada com um homem violento, Celie vive como se não tivesse existência. O ambiente opressor e violento descrito por Walker ilustra bem as falhas ambientais que Winnicott considera presentes na constituição do falso self. Em contrapartida, a construção do verdadeiro self, caracterizado pela criatividade e pelo “gesto espontâneo”, pressupõe um processo de subjetivação marcado por uma experiência afetiva e “suficientemente boa” da alteridade. Neste sentido, é possível compreender as transformações vividas por Celie em seu encontro com Shug Avery, de modo a vivenciar a sua própria feminilidade. A experiência do encontro humano possibilita processos de ressignificação e de elaboração das falhas ambientais, por conseguinte, processos de desenvolvimento emocional. Neste romance, o tempo da narrativa revela o tempo do amadurecimento humano, destacando-se, ao lado da crítica social, a relação dos componentes masculinos e femininos que integram o ser e o fazer como dimensões fundamentais e constitutivas do self.
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