O PET-Saúde Niterói, proposto pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e pela Fundação Municipal de Saúde de Niterói (FMS), iniciou suas atividades em abril de 2010, após a publicação da aprovação da proposta do Edital nº 18, de 16 de setembro de 2009, do Ministério da Saúde, tendo como objetivos: fortalecer os mecanismos de cooperação entre gestores da rede local de saúde e a UFF, visando ampliar os cenários de aprendizagem; intensificar, na formação, a abordagem integral do processo saúde-doença e da promoção da saúde; favorecer a adoção de metodologias ativas de aprendizagem e educação permanente do trabalhador envolvido na relação trabalho e ensino; ampliar as experiências de trabalho em equipe multidisciplinar na formação dos profissionais de saúde, possibilitando a construção de novos mecanismos de atenção na rede de saúde local; fortalecer o processo de regionalização e territorialização como instrumento de ampliação da resolutividade e da integralidade da atenção efetivada pela Estratégia de Saúde da Família.O projeto aposta na compreensão do processo de aprendizagem ativa, tendo como eixo central o trabalho cotidiano nos serviços de saúde, uma vez que é no âmbito do trabalho que se consolidam os comportamentos e formas de atuação profissional, individual e coletiva. O cotidiano dos serviços de saúde configura o espaço de exposição da complexidade das relações e das instituições humanas e da integração entre teoria e prática. Um local em que os atores das cenas de ensino e de aprendizagem − professor, aluno, cidadão, usuário, trabalhador − se encontram no processo de trabalho, numa equipe de saúde multiprofissional.É importante ressaltar que a relação entre a UFF, particularmente no que se refere aos cursos da área de saúde, e a rede de saúde pública do município de Niterói se intensificou entre o final da década de 1970 e o início dos anos 1980, sobretudo a partir do Projeto Niterói -expressão municipal das Ações Integradas de Saúde (1982). A articulação entre a universidade, os serviços de saúde e a comunidade, que se deu inicialmente de forma pontual por meio da inserção de docentes e estudantes em práticas de disciplinas, projetos de extensão e de pesquisa, se ampliou, refletindo sempre uma preocupação com a necessária integração entre formação e rede de serviços, ligando e fortalecendo a relação entre o mundo do trabalho e o mundo da aprendizagem. Atualmente, mantemos essa parceria com diversos projetos, entre eles o Pró-Saúde e, mais recentemente, o PET-Saúde.O PET-Saúde Niterói é formado por oito grupos, compostos por docentes da universidade, profissionais de saúde do município de diferentes categorias e alunos de distintos perí-odos dos cursos de Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Medicina, Nutrição e Odontologia, configurando um aprendizado multiprofissional. No total, contamos com 8 tutores, 48 preceptores, 96 alunos bolsistas e 60 alunos não bolsistas.Nos primeiros seis meses de experiência, a interação em grupo multiprofissional/disciplinar e a adoção de métodos da pesquisa qualitativa...
Resumo Relata-se a experiência de elaboração de produções audiovisuais (PAV) no formato documentário por estudantes do curso de Odontologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) na abordagem de conteúdo voltado às Ciências Sociais em Saúde. Adotou-se a metodologia da problematização (método do Arco de Maguerez) para abordagem dos temas. Foram elaborados projetos de documentários previamente às fases de produção e pós-produção audiovisual. A estratégia pedagógica mostrou-se adequada para trabalhar ideais como justiça social, equidade e respeito às diferenças, contribuindo para o desenvolvimento da cidadania do estudante. Apesar das dificuldades técnicas apontadas no processo de edição, essa metodologia ativa de aprendizagem estimulou o protagonismo, a criatividade e autonomia dos estudantes envolvendo dimensões cognitivas, comunicacionais, estéticas e sociais em um trabalho eminentemente colaborativo. A estratégia tem potencial para contribuir na formação de sujeitos autônomos, participativos e comprometidos com transformações sociais.
Os tecidos moles periodontais e peri- implantares possuem muitas características em comum, tanto clínicas como histológicas. Para controle e manutenção adequados destes tecidos, é necessário melhor entendimento das diferenças e similaridades que existem entre eles. Os biofilmes se formam em todas as superfícies aderentes em sistemas fluidos, tanto em dentes como em implantes orais. Como um resultado da presença bacteriana, o hospedeiro responde desenvolvendo um mec anismo de defesa que levará à inflamaç ão dos tecidos moles. Na unidade dentogengival, os resultados são as lesões de gengivite. Na unidade implantar, essa inflamaç ão é denominada de muc osite. Se for permitido o acúmulo de placa por períodos prolongados de tempo, pesquisas experimentais demonstraram que a muc osite pode evoluir para peri-implantite, isto na dependência dos fatores e indicadores de risc o, afetando o osso peri- implantar de suporte circunferencialmente. Embora o osso de suporte seja perdido coronalmente, o implante ainda permanec erá ósseo integrado e, portanto, clinicamente estável. Essa é a razão pela qual a mobilidade representa uma característica de diagnóstico de peri-implantite pouco sensível, mas específica. Parâmetros mais sensíveis e confiáveis do desenvolvimento e da presença de infecções peri- implantares são o sangramento a sondagem, profundidade de sondagem e a interpretações radiográficas , visam detectar o mais cedo possível as lesões peri-implantares, possibilitando assim que o tratamento, que nessa revisão é descrito como sendo cumulativo, começ ando por procedimentos mais simples até os mais avançados, tendo em vista, paralisar e evitar a progressão dessas lesões, o que fatalmente resultaria no fracasso do implante.
Um dos maiores desafios na formação acadêmica do profissional de saúde é a conscientização da importância da humanização no atendimento, que, além de valorizar o cuidado em suas dimensões técnicas e científicas, reconhece também o direito dos pacientes, sua subje-tividade, individualidade e autonomia. Este trabalho objetivou identificar e analisar, por meio de uma pesquisa documental, a presença do termo humanização nos Projetos Político-Pedagógicos e Diretrizes Curriculares dos cursos de: Odontologia, Enfermagem e Medicina da Universidade Federal Fluminense em Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Foi realizada uma pesquisa exploratória descritiva, com abordagem qualitativa. A análise documental dos currículos evidenciou uma aproximação com o tema nos três cursos estudados, porém com variações importantes no que se refere ao método de aplicação dos conteúdos teórico-práticos, ao longo do processo de formação. Nessa perspectiva, o curso de Medicina apresentou uma distribuição mais homogênea dos conteúdos relacionados ao termo humanização encontrado nas suas disciplinas obrigatórias. Foi possível, também, perceber o empenho dos cursos em contemplar as Novas Diretrizes Curriculares tendo a humanização como elemento prioritário no que se refere à construção de novas relações entre alunos, docentes, usuários dos serviços e a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) local. Conclui-se que os três cursos estudados apresentam uma aproximação com o tema, esforçam-se em incorporar os pressupostos da humanização, tais como: ética, respeito, acolhimento, e procuram uma maior aproximação entre os sujeitos envolvidos na construção de novas relações entre alunos, docentes e usuários dos serviços e a rede SUS local.
A colocação de implantes osseointegráveis requer volume ósseo adequado, porém, a extração de dentes leva a diferentes padrões de remodelaç ão e reabsorção óssea. A reabsorção do rebordo alveolar tem sido considerada uma consequência inevitável da extração dentária e pode ser um problema significativo em Implantodontia. Após a extração dentária, mesmo com a instalação de implantes imediatos, o sítio desdentado do processo alveolar sofre substancial modelagem óssea, com a diminuiç ão das dimensões da crista alveolar. Após a inserção de um implante em um local de extração fresco, um defeito marginal (GAP) ocorre, frequentemente, entre o rebordo e a superfície do implante, A fim de superar esse problema e para facilitar a formaç ão de osso no defeito marginal, vários processos de enxerto têm sido utilizados, associados ou não ao uso de membranas de barreira, bem como diversos tipos de substitutos ósseos que podem ser utilizados para tal procedimento. Esse trabalho tem por objetivo revisar e discutir a literatura relacionada ao uso de biomateriais sintéticos para preenchimento desses defeitos que se formam ao redor de implantes instalados em alvéolos frescos. No entanto, ainda não existe um biomaterial ideal que possua todas as pro- priedades desejáveis. Além disso, o volume de osso residual deve ser avaliado antes da extração de dentes, de modo que os cirurgiões possam utilizar técnicas diferentes para preservar o osso alveolar. Palavras-chave: implantes dentários, transplante ósseo, materiais biocompatíveis.
Este artigo tem por objetivo relatar avanços e desafios do Projeto de Extensão “Pensa, Imagina, Inventa!” no restabelecimento de vínculos e no compartilhamento de conteúdos digitais de educação em saúde com uma comunidade escolar em situação de vulnerabilidade social da cidade do Rio de Janeiro/RJ, durante a pandemia de Covid-19. Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência, articulando conhecimentos prévios e aprendizados oriundos do ensino remoto. Após um período sem diálogo com a comunidade, foram desenvolvidos dois grupos de intervenções: uma voltada para o restabelecimento de vínculos e outra para contribuir com a saúde da comunidade, através da cocriação de diferentes conteúdos digitais de educação em saúde, elaborados de forma simples, atrativa e coerente com as necessidades levantadas em diagnóstico comunitário no ano de 2019. Apesar dos prejuízos da falta de interação presencial para as ações de educação em saúde, a adaptação remota do projeto foi benéfica. As intervenções possibilitaram retomada de vínculos, disseminação de conteúdos úteis sobre saúde para a comunidade escolar e aprimoramento de saberes e habilidades técnicas, humanísticas e sociais pelos integrantes do projeto, mesmo num contexto de emergência em saúde pública.
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