Este artigo toma por objeto a Saúde Mental e Trabalho como uma subárea do campo da Saúde do Trabalhador. Parte da constatação de que os problemas de saúde mental e trabalho, já identificados em meados da década de 1980, persistem. Após retomar a taxonomia de tais problemas, busca evidenciar algumas de suas expressões atuais a partir da assistência e da vigilância em saúde do trabalhador, bem como pela perspectiva de alguns sindicatos mais atentos à questão. Para tal, toma como ponto de partida o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CRST) de Campinas. Por fim, pontua algumas características do trabalho no contexto atual para compreender as motivações dessa persistência.
Nos últimos anos, tem-se observado cada vez mais características típicas de mercado presentes na universidade pública. No Brasil, o aspecto com maior destaque nas publicações é o "produtivismo acadêmico", que tem como mote a ênfase na quantidade de produções bibliográficas. Neste artigo, busca-se discutir as características desse modelo, partindo-se do pressuposto que ele conduza a uma situação de precariedade subjetiva para os docentes. Para tal, apresenta-se o resultado de uma pesquisa qualitativa com professores de uma universidade pública, realizada por meio de entrevistas reflexivas. Os resultados indicam que a precariedade subjetiva vivenciada leva a um desgaste mental, o qual, por sua vez, pode ter como consequência o sofrimento psíquico e o adoecimento. Apesar de se mostrarem conscientes do processo que vivenciam, alguns docentes buscam adotar táticas individuais cotidianas de "sobrevivência", enquanto as estratégias coletivas com vistas à transformação são pouco enfatizadas.
The COVID-19 pandemic has increased negative emotions and decreased positive emotions globally. Left unchecked, these emotional changes might have a wide array of adverse impacts. To reduce negative emotions and increase positive emotions, we tested the effectiveness of reappraisal, an emotion-regulation strategy that modifies how one thinks about a situation. Participants from 87 countries and regions (n = 21,644) were randomly assigned to one of two brief reappraisal interventions (reconstrual or repurposing) or one of two control conditions (active or passive). Results revealed that both reappraisal interventions (vesus both control conditions) consistently reduced negative emotions and increased positive emotions across different measures. Reconstrual and repurposing interventions had similar effects. Importantly, planned exploratory analyses indicated that reappraisal interventions did not reduce intentions to practice preventive health behaviours. The findings demonstrate the viability of creating scalable, low-cost interventions for use around the world.
Este artigo tem por objetivo situar o momento histórico da emergência do campo da Saúde do Trabalhador na Saúde Pública e resgatar experiências que exemplificam diferentes tipos de inserção da Psicologia na saúde do trabalhador. Focaliza a descrição no Estado de São Paulo, que presencia um contexto político e institucional fecundo para o desenvolvimento desse campo a partir de meados dos anos 1980. Recorre-se à apresentação de atividades desenvolvidas pela Psicologia nos serviços de saúde pública que marcam algumas de suas contribuições para a saúde do trabalhador.
Resumo: A visão de que o fazer dos psicólogos é clínico, pautado no modelo biomédico, se apresenta ainda muito enraizada no discurso de muitos profissionais. Parecem compreender que essa atuação é a principal, senão a única, forma de a Psicologia contribuir com os usuários do sistema de saúde e com a comunidade. Porém, alguns profissionais procuram atuar de acordo com os princípios do SUS, baseando-se em abordagens críticas da Psicologia. Eles se aproximam das comunidades e apresentam uma prática diferenciada com relação à tradicional. Assim, o objetivo desta pesquisa é conhecer práticas de alguns psicólogos inseridos na Atenção Básica, buscando identificar as bases que as fundamentam e se estão em consonância com a Psicologia Social Crítica. A pesquisa teve caráter qualitativo, usando a pesquisa participante como estratégia metodológica, juntamente com a realização de entrevistas abertas. Os participantes são três psicólogos que atuam em Unidades Básicas de Saúde de Campinas. Os resultados da pesquisa indicam que o posicionamento ético-político do profissional e uma formação voltada para a atuação no SUS são fundamentais para uma atuação crítica e contextualizada. Mostrase que o trabalho realizado para além dos muros dos Centros de Saúde tem grande relevância e é nele que as relações estabelecidas com os conceitos da Psicologia Social Crítica ficam mais evidentes. Considera-se a importância da reflexão dos psicólogos sobre suas próprias ações, além da busca por práticas inovadoras que possam ser incluídas nas políticas públicas de saúde e entende-se que os princípios da Psicologia Social Crítica fornecem subsídios para tal.Palavras-chave: Psicologia Social Crítica, SUS, Atenção básica, Pesquisa participante.
Este ensaio contextualiza a estruturação das áreas de saúde mental e saúde do trabalhador no Sistema Único de Saúde (SUS) com o intuito de discutir as possibilidades de atuação intrassetorial com relação à saúde mental relacionada ao trabalho. Inicia mostrando a complexidade das áreas programáticas de Saúde Mental e de Saúde do Trabalhador e indica que os maiores desafios a serem superados no contexto atual são a integração entre elas e a superação de uma "cultura" ainda presente na sociedade, segundo a qual o trabalho, quase sempre, tem uma conotação positiva e o sofrimento/adoecimento psíquico é visto como um sinal de fraqueza pessoal. A partir do relato de experiências, também aborda as possibilidades e os desafios na atenção à saúde mental relacionada ao trabalho nos diferentes níveis de atenção do SUS. Focaliza, mais especificamente, as ações possíveis na rede básica, o potencial da integração entre serviços especializados de saúde mental e de saúde do trabalhador para o estabelecimento de nexo causal, a importância dos eventos sentinelas e a necessidade da notificação dos agravos à saúde mental relacionados ao trabalho.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.