O presente estudo apresenta como objetivo analisar a Atenção Primária à Saúde (APS) como ambiente de aprendizagem para os discentes do curso de Medicina. Realizou-se um estudo transversal descritivo, com abordagem qualitativa, por meio de quatro grupos focais com internos dos quatro cursos de Medicina em Fortaleza (Ceará, Brasil). Utilizou-se o método de interpretação dos sentidos, tendo sido identificadas duas categorias empíricas. Para os alunos, a Atenção Primária é um cenário de ensino importante para correlação teoria e prática, mas sem dimensionar a importância desta no Sistema Único de Saúde (SUS). Não incluindo, portanto, a defesa do SUS como um principio importante em sua profissão. No entanto, o incentivo à docência na Atenção Primária e o desenvolvimento de aspectos humanísticos durante a formação seriam fatores motivadores para atuação nessa área.
As Práticas Integrativas e Complementares (PIC) são caracterizadas como um conjunto de práticas e ações terapêuticas que não estão presentes na biomedicina(OMS,2002) e buscam novas perspectivas de mudança do paradigma mecanicista utilizado na atenção à saúde (TELESI, 2016). Este estudo de revisão integrativa teve como objetivo compreender com as Práticas Integrativas e Complementares se inserem no contexto do empoderamento do cuidar em saúde. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que contempla as seguintes etapas: definição da questão norteadora (problema) e objetivos da pesquisa. As PIC apresentam diferentes abordagens que contemplam a diversidade de cuidados que necessita o ser humano. Por isso, apresentam diferentes abordagens de equilíbrio entre mente, espírito, corpo, ambiente e sua saúde. O restabelecimento da saúde considera a casa, família, amigos, trabalho, a forma de se relacionar, de sentir pertencente e integrado a um grupo social, comunitário e a essa sociedade, além da hereditariedade (MONTEIRO, 2012). As Práticas integrativas e Complementares constituem uma importante aliada na busca de melhorias na saúde por considerar o indivíduo em sua totalidade, priorizando o foco na saúde e não na doença, na busca do equilíbrio entre a mente e o corpo. Tais práticas se opõem à visão medicamentosa, tecnológica com ênfase na medicalização e na doença, para um olhar voltado para o sujeito, singularidade, buscando o resgate do saber popular, no seu uso e aplicabilidade para os problemas de saúde.
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