As Práticas Integrativas e Complementares (PIC) são caracterizadas como um conjunto de práticas e ações terapêuticas que não estão presentes na biomedicina(OMS,2002) e buscam novas perspectivas de mudança do paradigma mecanicista utilizado na atenção à saúde (TELESI, 2016). Este estudo de revisão integrativa teve como objetivo compreender com as Práticas Integrativas e Complementares se inserem no contexto do empoderamento do cuidar em saúde. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que contempla as seguintes etapas: definição da questão norteadora (problema) e objetivos da pesquisa. As PIC apresentam diferentes abordagens que contemplam a diversidade de cuidados que necessita o ser humano. Por isso, apresentam diferentes abordagens de equilíbrio entre mente, espírito, corpo, ambiente e sua saúde. O restabelecimento da saúde considera a casa, família, amigos, trabalho, a forma de se relacionar, de sentir pertencente e integrado a um grupo social, comunitário e a essa sociedade, além da hereditariedade (MONTEIRO, 2012). As Práticas integrativas e Complementares constituem uma importante aliada na busca de melhorias na saúde por considerar o indivíduo em sua totalidade, priorizando o foco na saúde e não na doença, na busca do equilíbrio entre a mente e o corpo. Tais práticas se opõem à visão medicamentosa, tecnológica com ênfase na medicalização e na doença, para um olhar voltado para o sujeito, singularidade, buscando o resgate do saber popular, no seu uso e aplicabilidade para os problemas de saúde.
As PICS são terapias embasadas no olhar para o ser humano como um todo, considerando não só aspectos físicos, como uma dor de cabeça, por exemplo, mas também o que pode estar gerando aquela dor, como questões emocionais, sociais e psíquicas. São recursos que buscam a prevenção das doenças e a recuperação da saúde a partir do autocuidado, dando ênfase também à escuta acolhedora e ao desenvolvimento de vínculo terapêutico entre a pessoa atendida e o profissional de saúde. Para este trabalho são necessários o conhecimento e a preparação para a aplicações de tais técnicas, mas deve-se enfatizar que estas práticas têm um preço mais acessível à população se comparado aos preços dos medicamentos alopáticos. As PICs nos fazem aprender uma nova maneira de “fazer” saúde, em uma visão que prega a interdisciplinaridade dos saberes e olhares, somando práticas, conceitos e habilidades. Essa modalidade descarta por completo o modelo biomédico, pois busca entender o indivíduo como um todo, e não somente por partes. Pois a fragmentação do cuidado dificulta o relacionamento interpessoal, a comunicação, o bom prognóstico do indivíduo.
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