Resumo Este estudo teve como objetivo avaliar a organização do processo de trabalho entre equipes de saúde da família de um município de Minas Gerais (MG), Brasil. Pesquisa quantitativa, transversal, analítica, desenvolvida em 2014. Investigaram-se formulários da Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica de 73 equipes. Foram considerados 14 itens da subdimensão organização do processo de trabalho, avaliados com valores entre zero e 10 pontos, referindo-se à total inadequação ou adequação da equipe ao padrão avaliado. As equipes foram classificadas do padrão ‘muito insatisfatório’ ao ‘muito satisfatório’. Efetuaram-se análises estatísticas com nível de significância p<0,05. Classificaram-se 86,3% nos padrões muito satisfatório/satisfatório, mas 13,7% foram regular/muito insatisfatório. Três itens ‒ ‘Território definido, vínculo com a população e responsabilização pela resolução das necessidades de saúde’; ‘Coordenação do cuidado’ e ‘Monitoramento das solicitações de exames’ ‒ apresentaram desempenho inadequado. As equipes da zona urbana foram melhor avaliadas. O maior número de profissionais da odontologia foi correlacionado à maior pontuação. Atenção especial deve ser dada àquelas equipes com baixa pontuação. Melhor organização do processo de trabalho deve ser fortalecida, visando aprimorar a performance no cuidado à saúde da comunidade.
Individuals with functional and psychosocial impact of oral disorders were found to more frequently rate their QOL as poor/very poor, and were more often dissatisfied with health. The correlation between the scores of QOL and functional and psychosocial impact of oral disorders scores was weak, indicating that they represent different constructs. The measures of functional and psychosocial impact of oral disorders should be complemented by general measures of QOL.
Introdução: Precauções padrão (PP) são normas de prevenção que devem ser utilizadas na assistência a todos os pacientes, independente de seu diagnóstico sorológico prévio. Dentre as PP temos medidas simples como a lavagem das mãos, o uso adequado de todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) e a imunização contra patógenos que podem ser transmitidos durante acidentes de trabalho com material biológico. Objetivo: Verificar ações de precaução padrão em biossegurança realizadas por docentes e discentes em clínica escola, para controle de infecção durante atendimento odontológico. Material e Métodos: Realizou-se pesquisa com delineamento transversal descritiva. Os dados foram coletados por meio de dois questionários, um para 21 docentes coordenadores das disciplinas clínicas do 3º ao 9º períodos da graduação em Odontologia e outro para sete discentes, líderes de turmas. A análise estatística foi realizada através do programa IBM SPSS versão 22.0. Resultados: A maioria dos entrevistados era do gênero feminino. Todos os discentes e 95,2% dos docentes fazem uso rotineiro de EPIs. Dentre os professores pesquisados, 52,4% já sofreram acidente com perfurocortantes, o que também foi observado em 14,3% dos acadêmicos. Os 21 docentes e a maioria dos discentes conheciam os procedimentos a serem realizados após acidentes com exposição sanguínea. A maioria dos entrevistados relatou conhecer o protocolo de biossegurança e as normas para controle de infecção cruzada. Conclusão: Grande parte dos pesquisados relataram conhecer as normas de biossegurança, no entanto os mesmos ainda sentem necessidade de aprimorar no que se refere ao tema investigado. É relevante estimular a revisão de protocolos para controle de infecções em Instituições de Ensino Superior em Odontologia.
Introdução: a transmissão do vírus da imunodeficiência humana (HIV) leva à redução da resposta imunológica do indivíduo, podendo ocorrer alterações na cavidade bucal, entre elas, a xerostomia. Objetivo: por meio de uma revisão sistemática, este trabalho objetiva analisara presença e as correlações da presença de xerostomia em pacientes HIV positivos ou com Aids. Métodos: foi feita busca nas bases de dados PubMed, SciELO e Lilacs utilizando os descritores “oral manifestations”, “HIV”, “Aids” e “xerostomia”, sendo os critérios de inclusão trabalhos epidemiológicos descritivos e observacionais com no máximo 10 anos de publicação e em língua inglesa, portuguesa ou espanhola. Resultados: foram encontrados 162 artigos que, após critérios exclusivos, foram reduzidos a 15 trabalhos desenvolvidos em sete países, nos quais se encontraram valores variando entre2% e 76,2% na presença de xerostomia em pacientes com HIV/Aids, a maioria homens entre a terceira e a quarta década de vida. Conclusão: a xerostomia em pacientes com HIV/Aids necessita de diversas pesquisas clínicas, devido aos inúmeros fatores que podem ocasionara etiologia, além da grande divergência de resultados encontrados. Estudos afirmam que patologias que acometem as glândulas salivares podem levar à sensação de boca seca nesses indivíduos e são decorrentes da utilização prolongada da terapia antirretroviral altamente ativa (Haart). Palavras-chave: Aids. HIV. Manifestações bucais. Xerostomia.
Objetivo: descrever e comparar as práticas em biossegurança frente aos acidentes ocupacionais entre profissionais da Odontologia, em uma Clínica Escola. Métodos: estudo quantitativo, de caráter transversal realizado com cirurgiões-dentistas docentes (CDs) e Técnicos em Saúde Bucal (TSBs). Para coleta dos dados foi utilizado questionário semiestruturado autoaplicável com questões objetivas e relacionadas ao tema proposto. A comparação dos dados das duas categorias profissionais foi feita pelo teste qui-quadrado de Pearson, com p < 0,05 considerado estatisticamente significante. Resultados: dos 51 pesquisados, 36 eram CDs e 15 TSBs. A maioria não realizou nenhum curso de atualização sobre biossegurança, com maior proporção entre TSBs (p = 0,022). O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) foi maior entre CDs (p < 0,001). Acidentes com perfurocortantes ocorreram nas duas categorias profissionais, envolvendo mais TSBs que CDs (p = 0,004). Os CDs não sofreram acidentes com material biológico, diferentemente dos TSBs (p < 0,001). A maioria dos TSBs não recebeu treinamento para monitorar acidentes com material biológico, ao contrário dos CDs (p < 0,001). Conclusão: a maioria dos participantes não se capacitou, nos últimos anos, quanto aos acidentes ocupacionais no âmbito da Odontologia. As práticas em biossegurança entre TSBs apresentaram resultados mais desfavoráveis comparados aos CDs. Descritores: Exposição ocupacional. Riscos ocupacionais. Acidentes de trabalho. Contenção de riscos biológicos. Saúde do trabalhador.
Introdução: a partir dos anos 1980, a epidemia de HIV/aids tornou-se um dos maiores problemas de saúdepública mundial e, mesmo que a qualidade de vida dos indivíduos que vivem com esta condição tenha melhorado nos anos 1990, pelo uso da terapia antirretroviral, ainda ocorre uma alta taxa de infecção pelo vírus. Objetivo: informar sobre a notificação compulsória de indivíduos que vivem com HIV/aids, assim como a relevância de alertar os profissionais de saúde quanto à sua importância em tal função. Materiais e método: a busca de artigos foi realizada em três plataformas internacionais e nacionais de dados (PubMed, SciELO e Lilacs), usando descritores do DeSC e MeSH. Devido à quase ausência de artigos pertinentes ao assunto, também foram consultados sites, boletins epidemiológicos, cadernos e guias publicados pelo Ministério da Saúde, assim como leis e portarias de acesso on-line e o Código de Ética Odontológico. Resultados: seguindo critérios de exclusão, dez trabalhos foram selecionados para centralização e discussão do assunto abordado. É obrigatório que profissionais de saúde, no território nacional, comuniquem às autoridades sobre novas ocorrências de infecção pelo HIV/aids. É escassa a literatura atual sobre o assunto, principalmente envolvendo cirurgiões-dentistas. Conclusão: a notificação compulsória realizada por outros profissionais é diferente da preconizada, visto que casos são subnotificados e, muitas vezes, outros profissionais de saúde não se encontram preparados para tal execução ou até mesmo desconhecem a função que devem realizar.
Considerando-se a importância e necessidade de um ensino odontológico integrado e da propagação do conhecimento sobre a assistência a pacientes que vivem com o HIV/Aids, o curso de graduação em Odontologia da Universidade de Montes Claros (Unimontes) dispõe de uma disciplina específica para o atendimento desses pacientes, a Clínica Integrada IV. O objetivo deste trabalho é relatar a história e a experiência da disciplina Clínica Integrada IV, desde a sua implantação na grade curricular. A disciplina apresenta como objetivo principal propiciar ao acadêmico o conhecimento multidisciplinar e de um planejamento integral do paciente. O atendimento clínico é realizado a partir de um protocolo idealizado pelos professores e constantemente atualizado conforme a literatura. A avaliação odontológica do paciente com HIV/Aids, na Clínica Integrada IV, inclui a investigação da história de infecções oportunistas, de tendência à hemorragia, presença de doenças cardiovasculares, diabetes e hepatites, uso de medicamentos, além da interpretação de exame de sangue recente. É necessário frisar que as normas de biossegurança do atendimento odontológico são preconizadas igualmente para todos os indivíduos, entretanto ainda há uma estigmatização do tratamento odontológico dos indivíduos com o HIV/Aids. Desta forma, uma disciplina com atendimento a pacientes sabidamente soropositivos oportuniza o acadêmico a ter o contato com esse público durante a sua graduação e a desenvolver o conhecimento necessário para se prestar uma assistência específica e com qualidade.
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