1. Tropical river fisheries support food security for millions of people but are increasingly threatened by hydropower development. How dams affect these fisheries remains poorly known in most regions. Here, we used a functional traits approach to evaluate the extent to which compositions of fishery yields in the Madeira River Basin, the largest sub-basin in the Amazon, respond to dam construction. We also explored how dams affected the monetary value of yields and fishing-based income of the communities.2. We collected fishing data in 17 locations distributed over 300 km across upstream, reservoir and downstream zones during pre-and post-dam construction periods.We interviewed 711 fishers from 13 communities to assess fishing income during pre-and post-dam periods.3. Catch-per-unit effort (CPUE) declined significantly, that is, by 37%, after dam construction. Multivariate analysis yielded six species clusters according to trait syndromes related to life history, migration, swimming performance/habitat-use and economic value that were associated with the environmental data characteristic of pre-and post-dam periods. Comparison of CPUE of each cluster indicated that large species with periodic life-history strategy and regional or long-distance migratory behaviour were most affected by dam construction, with CPUE declining by, on average, 31%. Declines in yields and shifts in functional composition of the fishery yields resulted in average decline of 21% in the monetary value of functional clusters and 30% in fishing income. Synthesis and applications.Our study indicates that the implementation of the dams affected the functional composition of yields and reduced catches, negatively affecting the fishing-based income of communities in the Madeira River.These results imply that hydropower expansion will cause detrimental effects for fisheries and the livelihoods they sustain. Our results underscore the urgent need for considering alternative sources of renewable energy (e.g. solar power and in-stream turbines) to avoid irreversible socio-environmental damages of large dam projects. In river reaches where dams are already in operation or under | 681
O objetivo deste artigo é analisar os efeitos pós-barragem da instalação de Usinas hidrelétricas nos municípios do Estado do Tocantins[1] e a contribuição no desenvolvimento local propagado por esses empreendimentos. Como metodologia foi analisado o índice de desenvolvimento regional (IDR) e as variáveis econômicas: Imposto sobre circulação de mercadoria e serviços (ICMS), Produto Interno Bruto (PIB) e número de empregos. Os principais resultados apontam que mesmo havendo uma melhoria do IDR, os efeitos positivos das barragens foram pontuais e em períodos específicos da construção, observados pelo comportamento das variáveis nos anos antes e depois dos empreendimentos. Essa observação nos permitiu fazer uma analogia com a teoria econômica do boom-colapso (boom and bust), que demonstra um alto índice de crescimento no período de implementação que depois não se mantém. As conclusões apontam que a promessa de desenvolvimento local propagada na aprovação do empreendimento, não se consolidou nas localidades pesquisadas. Podem ter ocorrido benefícios a nível nacional atendendo a necessidade de expansão energética, no entanto, não ficou demonstrado impactos positivos em nível local, além disso, as implicações ambientais e sociais podem ser maiores do que o retorno alcançado.
Essa pesquisa buscou analisar os efeitos pós-barragem do processo de implementação de Usinas Hidrelétricas de Energia (UHE), considerando a visão dos representantes locais, desde a época da implementação aos dias atuais, identificando as principais implicações percebidas em decorrência do empreendimento nas localidades. Para isso, foram visitados os municípios de Peixe, Paranã, São Salvador, Palmeirópolis, Babaçulândia, Palmeirante e Filadélfia, no estado do Tocantins, que foram diretamente atingidos pelas hidrelétricas: Peixe Angical, São Salvador e Estreito. A metodologia de análise para essa pesquisa foi a construção do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) a partir dos relatos coletados nas entrevistas semiestruturadas com os atores locais. Desse modo, foram realizadas 54 entrevistas no total, que versam sobre as expectativas local, participação/Comunicação, medidas de mitigação e compensação, efeitos pós-barragem, pontos positivos e negativos do empreendimento, e, por fim o relato das experiências e contribuições adquiridas com o processo. Os discursos dos representantes apontam que as promessas de desenvolvimento para o município não foram alcançadas e que houveram várias implicações negativas na localidade, destacando a frustração das expectativas locais, deficiência na comunicação e participação no processo, bem como, a evidência de pontos negativos se sobressaindo aos pontos positivos como percepção dos efeitos pós-barragem para o cenário atual.
As implicações dos grandes projetos desenvolvimentistas envolvem o uso de recursos naturais e é propagado como propulsores do desenvolvimento local. Nesse sentido, o presente artigo analisa o desenvolvimento local e os efeitos pós barragem a partir da percepção dos atores que vivenciaram o processo de implementação de hidrelétricas e que vivenciam suas implicações, utilizando como recorte da pesquisa, 14 municípios impactados por três grandes empreendimentos hidrelétricos (Peixe Angical, São Salvador e Estreito), instalados no rio Tocantins. Foram realizadas 54 entrevistas semiestruturadas e analisadas por meio do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Os resultados apontam que, a implantação desses projetos como um impulsionador para o desenvolvimento local, não cumpriram seu papel. Os atores relatam que, as mudanças e os impactos ocasionados transcendem ao incremento na arrecadação e na geração de energia, além disso, evidenciam as consequências dos efeitos pós-barragem e não reconhecem o desenvolvimento advindo desses empreendimentos, pelo contrário, relatam fortes pontos desfavoráveis ao empreendimento.
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