O objetivo deste artigo é analisar os efeitos pós-barragem da instalação de Usinas hidrelétricas nos municípios do Estado do Tocantins[1] e a contribuição no desenvolvimento local propagado por esses empreendimentos. Como metodologia foi analisado o índice de desenvolvimento regional (IDR) e as variáveis econômicas: Imposto sobre circulação de mercadoria e serviços (ICMS), Produto Interno Bruto (PIB) e número de empregos. Os principais resultados apontam que mesmo havendo uma melhoria do IDR, os efeitos positivos das barragens foram pontuais e em períodos específicos da construção, observados pelo comportamento das variáveis nos anos antes e depois dos empreendimentos. Essa observação nos permitiu fazer uma analogia com a teoria econômica do boom-colapso (boom and bust), que demonstra um alto índice de crescimento no período de implementação que depois não se mantém. As conclusões apontam que a promessa de desenvolvimento local propagada na aprovação do empreendimento, não se consolidou nas localidades pesquisadas. Podem ter ocorrido benefícios a nível nacional atendendo a necessidade de expansão energética, no entanto, não ficou demonstrado impactos positivos em nível local, além disso, as implicações ambientais e sociais podem ser maiores do que o retorno alcançado.
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