A bananicultura brasileira passou por transformação a partir do início do século passado, com o início das exportações do litoral paulista para o mercado platino e europeu. Ações da Secretaria da Agricultura de São Paulo permitiram uma mudança do simples semi-extrativismo para uma bananicultura com uso de técnicas agronômicas de manejo cultural, adubação e fitossanidade. A partir da década de 50, o Instituto Agronômico e o Instituto Biológico de São Paulo intensificaram as pesquisas com o cultivo da bananeira. Na década de 70, com a criação da Sociedade Brasileira de Fruticultura e do Sistema Embrapa de Pesquisa, os progressos alcançados pelo Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fruticultura, pelas empresas estaduais e institutos de pesquisa agropecuária de todo o País e pelas universidades, permitiram a prática de uma bananicultura mais evoluída. Além disso, a assistência técnica oficial e privada, empreendimentos privados e a criação de projetos de irrigação no semiárido brasileiro permitiram a ampliação da área de cultivo da bananeira em bases tecnológicas mais evoluídas. Nas duas últimas décadas, floresceram as organizações de bananicultores que, através de seus técnicos, promovem a melhoria tecnológica do cultivo. Neste trabalho, são apresentados dados estatísticos e descritas técnicas de cultivo atualmente disponíveis para a bananicultura brasileira, destacando-se a criação e a seleção de novos genótipos, técnicas de produção de mudas, práticas culturais de manejo em pré e pós-colheita, controle de pragas e doenças, e sistemas alternativos de cultivo.
RESUMO-No Sul do Brasil, os danos causados pelo frio depreciam a qualidade da banana que permanece no campo durante o outono e inverno, dificultando a sua comercialização. Visando a verificar diferenças entre cultivares quanto à resistência ao frio no campo e em pós-colheita, foram realizados três experimentos em Itajaí-SC. No primeiro, foram avaliados os danos de frio em 13 cultivares do grupo AAA, 7 cultivares do grupo AAB, 6 híbridos do grupo AAAB e 1 cultivar do grupo ABB, em cachos colhidos em outubro de 1997. No segundo experimento, foram avaliados danos de frio em cultivares dos grupos AAA, AAB, ABB e AAAB, em cachos colhidos de 07-05-99 a 27-08-99. No terceiro experimento, foram avaliados danos de frio em bananas de quatro cultivares, armazenadas a 10°C, durante 5, 10 e 20 dias. O genoma B conferiu maior resistência da fruta às baixas temperaturas, tanto a campo quanto na armazenagem. Verificaram-se diferenças quanto a danos de frio tanto entre grupos genômicos, quanto entre cultivares do mesmo grupo. A maior resistência às baixas temperaturas pode permitir o transporte de bananas dos grupos AAB, ABB e AAAB a longas distâncias, em temperaturas inferiores a 12°C.Termos para indexação: Musa, AAA, AAB, AAAB, ABB, qualidade do fruto, armazenagem, temperatura, clima . COLD DAMAGE IN BANANASABSTRACT-In Southern Brazil, banana bunches that remain in the field during the Fall and Winter are subject to cold damage. Three experiments were carried out in Itajaí, SC, Brazil, with the purpose of investigating the differences among banana cultivars as to their resistance to cold damage. In the first experiment, 13 AAA group cultivars, 7 AAB group cultivars, 6 AAAB hybrids and 1 ABB group cultivar were evaluated as to the level of cold damage. The second experiment evaluated banana bunches of cultivars of AAA, AAB, ABB, and AAAB groups, harvested from May 07/99 to August 27/99. The third experiment examined cold damage to banana clusters stored at 10°C during 5, 10 and 20 days. The B genome appeared to confer the greatest cold resistance to banana fruits, both in the field and storage. Cold damage differences were observed both among and within genome groups. The greatest cold resistance demonstrated by AAB, ABB and AAAB banana groups would allow their storage at temperatures lower than 12°C, and make transportation to longer distances viable. Index terms:Musa, AAA, AAB, AAAB, ABB, fruit quality, storage, temperature, climate. INTRODUÇÃONo Sul do Brasil, os danos causados pelo frio depreciam a qualidade da banana que permanece no campo durante os meses de outono e inverno. Nos meses mais frios do ano, é comum a coagulação de cloroplastos da epiderme e de seiva (látex) dentro do tecido vascular da casca (Moreira, 1987).O escurecimento do tecido vascular, em bananas do subgrupo Cavendish, normalmente indica que os frutos foram submetidos a temperaturas abaixo de 13°C. Estes sintomas aparecem cerca de 48 horas após a exposição às baixas temperaturas, tempo necessário para a coagulação do látex e subseqüente escurecimento ...
Foram avaliados em Cruz das Almas-BA, em dois ciclos, 69 clones Cavendish coletados em São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Santa Catarina, sendo 49 do tipo Nanicão e 20 do tipo Grande Naine. Os clones foram estabelecidos em área experimental da Embrapa Mandioca e Fruticultura utilizando-se um delineamento em blocos ao acaso com cinco repetições e cinco plantas por parcela. Foram utilizados a irrigação por microaspersão, o espaçamento de 3,0 m x 2,0 m e um sistema de condução com três plantas/touceira. Os requerimentos agronômicos foram aplicados conforme preconizados para o cultivo. Na avaliação dos clones, foram consideradas as seguintes variáveis: altura da planta em centímetros (AP); número de dias do plantio à colheita (ND); peso do cacho em quilogramas (PC); número de frutos por cacho (NF); e comprimento do fruto em centímetros (CF). Pelos resultados obtidos, verificou-se uma variabilidade média em todas as variáveis avaliadas. Por apresentarem caracteres superiores, foram selecionados cinco clones de Grande Naine (G.N. Taperão, G.N.Rossete, G.N. Willians, G.N. Magário, G.N. SC-074) e quatro de Nanicão (N. IAC Abóbada Verde, N. Rossete, N. SC-0008 e N. SC-063).
The new banana cultivar, BRS SCS Belluna (AAA), was developed by the Embrapa and Epagri banana breeding programs for processing and fresh consumption. It is noteworthy differentiated nutritional qualities, since its fruits are rich in fiber and have lower carbohydrate and caloric content when compared to fruits of the most traded subgroups in the country, Prata and Cavendish. ‘BRS SCS Belluna’ is also resistant to Panama disease and to Sigatoka disease complex, major plant health problems in Brazil. The cultivar has yield potential up to 40t ha-1 under favorable environmental conditions. Thus, it is recommended to plant the 'BRS SCS Belluna' in the country, highlighting the state of Santa Catarina, where the studies were conducted.
SCS453 Noninha' and 'SCS454 Carvoeira' are new banana cultivars derived from the subgroup Prata (AAB). In comparison with the latter, 'SCS453 Noninha' has a low pseudostem height, 'SCS454 Carvoeira' a high yield and both unchanged fruit characteristics. Both also have increased resistance to Panama wilt and 'SCS454 Carvoeira' to Sigatoka.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.