O presente artigo traz uma reflexão sobre o livro Mallarmé – la lucidité et sa face d’ombre, obra em que Sartre discute a relevância e o alcance da psicanálise existencial. A introdução e a primeira nota, fundadas em EN, visam mostrar o papel situado da liberdade; a segunda nota cuida de aplicar essa chave de leitura à existência do poeta Mallarmé; a terceira nota mostra as consequências para toda poesia, caso seja desconsiderada a “escolha original” do poeta (homem situado). Enfim, trata-se de mostrar o caráter onírico do projeto existencial de Mallarmé, expresso em sua poesia.
O conjunto do pensamento de Sartre pode ser com adequação chamado de filosofia da liberdade; e isso se presta a equívocos, sobretudo a comum confusão entre ser livre e fazer o que se quer... Não. Para o filósofo a liberdade é em paralelo com (ou a partir da) a facticidade, donde todo ato livre seja situado. A situação, por sua vez, também resulta de escolhas pregressas, também situadas: o homem é liberdade em situação, jogando sempre entre ser-no-mundo para si mesmo (liberdade), sendo ‘no meio do mundo’ para todos os demais (natureza, objeto). É desse conflito, sentido original do ser-para-si, que o amálgama consciência-objeto se revela homem-no-mundo
Palavras-chave: Sartre; natureza; liberdade.
IntroduçãoAs atividades de ensino de filosofia para o ensino médio são orientadas em vista do movimento dialético de reflexão sobre a prática docente em um contexto em que o protagonismo professor-aluno é fundamental para que o espaço escolar seja compreendido como possibilidade de afirmação de autonomia desses sujeitos. Partindo do pressuposto de que "ninguém escapa da educação" (BRANDÃO, 1983, p. 7), esta deve ser construída social e coletivamente, uma vez que, sem perceber, um professor pode reproduzir uma ideologia educacional que legitime a divisão de classes (ADORNO, 1995). Por isso, o debate sobre o ensino de filosofia e sua relação com o contexto social deve ser constante.A atividade do professor se constitui por meio das relações sociais que estabeleceu ao longo da sua formação e atuação. No Brasil essa formação tem sido marcada pela introdução de tecnologias no âmbito da educação, que demandam ao professor aprender a lidar com essa nova realidade cultural. A apropriação reflexiva, por parte do docente, das "bases de informação disponíveis" (MARQUES, 2004, p. 59), constitui uma etapa necessária à compreensão da educação como "fenômeno social". Se o aluno precisa compreender a linguagem do professor, é plausível que este deve compreender Professor de Filosofia, UFCG, Campina Grande, PB.
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