Invasive fungal disease (IFD) is frequent in patients with haematologic malignancies and in recipients of haematopoietic cell transplantation (HCT). An epidemiologic study conducted in Brazil reported a high incidence of IFD in haematologic patients, and invasive fusariosis was the leading IFD. A limitation of that study was that galactomannan was not available for at least half of the study period. In order to characterise the epidemiology and burden of IFD in three cohorts, HCT, acute myeloid leukaemia (AML) or myelodysplasia (MDS), and acute lymphoid leukaemia (ALL), we conducted a prospective multicentre cohort study in four haematologic Brazilian centres. From August 2015 to July 2016, all patients receiving induction chemotherapy for newly diagnosed or relapsed AML, MDS or ALL, and all HCT recipients receiving conditioning regimen were followed during the period of neutropenia following chemotherapy or the conditioning regimen. During a 1‐year period, 192 patients were enrolled: 122 HCT recipients (71 allogeneic, 51 autologous), 46 with AML, and 24 with ALL. The global incidence of IFD was 13.0% (25 cases, 11 proven and 14 probable). Invasive aspergillosis (14 cases) was the leading IFD, followed by candidemia (6 cases) and fusariosis (3 cases). The incidence of IFD was 26.1% in AML/MDS, 16.7% in ALL, 11.3% in allogeneic HCT, and 2.0% in autologous HCT. The burden of IFD in haematologic patients in Brazil is high, with a higher frequency in AML and ALL. Invasive aspergillosis is the leading IFD, followed by invasive candidiasis and fusariosis.
The respect for ethical principles is required during the entire scientific research process, including the dissemination phase. Due to the dynamism of qualitative studies, there are often adverse ethical situations. The aim of this integrative review was to analyze and synthetize ethical dilemmas that occur during the progress of qualitative investigation and the strategies proposed to face them. The search for studies used LILACS and MEDLINE databases with descriptors “ research ethics” and “qualitative research”, originating 108 titles. Upon reading all titles, 42 articles were elected according to the inclusion criteria. The main conflicts were related to confidentiality breach, disregard of autonomy, potential damages, confusion about the roles of researcher/therapist/friend, and impasses in the Research Ethics Committees. Various types of conflicts may occur in a research. The solutions proposed are based on self-awareness, reflexivity, continuous consent, and ethical mindfulness.
Resumo: O artigo apresenta uma revisão da regulação do trabalho dos médicos de família no Brasil e em outros países, com o objetivo de discutir medidas recentes do Ministério da Saúde que flexibilizaram a carga horária de trabalho dos médicos na Estratégia Saúde da Família. A abordagem é feita a partir de uma revisão bibliográfica e da legislação brasileira sobre o tema, numa perspectiva comparada com experiências de outros países. A pesquisa revelou a existência de um padrão de baixa regulação estatal tanto do trabalho médico, quanto de sua formação no Brasil, especialmente no que diz respeito à medicina da família, quando comparada com experiências internacionais. Esta situação resulta numa baixa oferta de profissionais para a Estratégia Saúde da Família e contribuiu para a recente flexibilização da carga horária dos médicos e para a criação do Programa Mais Médicos pelo Ministério da Saúde. A opção pela flexibilização no lugar de maior regulação sobre a profissão pode afetar a integração das equipes de saúde da família, que constitui elemento central da estratégia e aparentemente contradiz a ênfase no papel prioritário da mesma reiteradamente declarada pelo ministério. Palavras-chave: Saúde da Família; Medicina de Família e Comunidade; recursos humanos em saúde; políticas públicas de saúde.
Resumo: O Art. 217-A da Lei nº 12.015/2009 definiu como crime de estupro de vulnerável a conjunção carnal ou outro ato libidinoso praticados com menor de 14 anos. Diante da baixa idade de início da atividade sexual observada na atualidade, objetivamos neste estudo compreender a concepção de adolescentes acerca da iniciação sexual, da violência sexual e da lei que a tipifica como “estupro de vulnerável”. Utilizamos método qualitativo por meio de 13 grupos focais com 132 estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e privadas do Município do Rio de Janeiro, Brasil. A análise dos dados foi realizada com apoio do software webQDA, em uma abordagem hermenêutico-dialética que deu origem a três categorias: sentir-se apto a iniciar o sexo, (in)vulnerabilidade à violência sexual e mecanismos de proteção. A iniciação sexual para as moças está relacionada a uma visão romântica, a se sentirem seguras e terem confiança no parceiro, ao passo que, para os rapazes, está associada a oportunidade, livre de outros fatores. Para a maioria dos estudantes, quando o consentimento para a prática sexual é mútuo, independente da idade, não há violência. Ao mesmo tempo, questionam-se quanto à capacidade de discernimento das mais jovens para permitir o sexo. A maior parte discorda das medidas protetivas previstas na lei, por entender que é dever da família prover esse cuidado. As contradições na percepção dos adolescentes sobre a vulnerabilidade à violência sexual e o estupro de vulnerável previsto em lei nos levam a concluir que é necessário ampliar e qualificar a educação sexual de forma abrangente para adolescentes, assim como criar espaços de discussão que possam proporcionar aperfeiçoamento desse dispositivo legal.
RESUMO O modelo de assistência à saúde pautado na Estratégia Saúde da Família, criada no início da década de 1990, incentivou mudanças no ensino na saúde, evidenciando a necessidade de criar cursos de pós-graduação lato e stricto sensu voltados para capacitar profissionais que fomentem a atenção integral à saúde. Avaliações periódicas são realizadas e estimuladas pela Capes/MEC a fim de manter a qualidade dos cursos de pós-graduação, mas ainda são escassas as avaliações de cursos de mestrado profissional em saúde da família, cujo ensino é recente. Objetivos Descrever o perfil acadêmico, contribuição, motivações e expectativas de egressos de um mestrado profissional em Saúde da Família. Método Por meio de estudo transversal e quantitativo, foram analisados resultados de 102 questionários respondidos por egressos do Mestrado Profissional em Saúde da Família da Universidade Estácio de Sá (RJ) que concluíram o curso no período de 2007 a 2012. O instrumento foi constituído de perguntas abertas e fechadas, enviado por e-mail e disponibilizado na internet através da plataforma eletrônica Survey Monkey. O estudo avaliou idade, sexo, procedência regional, formação acadêmica, bem como as contribuições, expectativas e motivações relacionadas ao curso. Resultados Predominou o sexo feminino e maiores de 30 anos de idade, com egressos oriundos de 13 estados da federação, provenientes, em sua maioria, dos cursos de Medicina e Enfermagem. A contribuição do mestrado na vida profissional foi avaliada como ótima ou excelente por 77% dos entrevistados. As expectativas quanto ao curso foram bem avaliadas, e os principais motivos para a busca do mestrado foram aprimoramento técnico-científico e satisfação pessoal, não sendo significativas as respostas sobre busca por melhores salários ou vínculo empregatício. Conclusão O curso foi avaliado positivamente pelos egressos, tendo superado suas expectativas, alcançado os interesses que os levaram a buscar o aprendizado, ocasionando mudanças na vida pessoal e profissional. Uma análise longitudinal do impacto do mestrado profissional na carreira dos egressos demandará uma sequência de estudos semelhantes, como vem sendo estimulado pela Capes/MEC em anos recentes.
Objetivo: analisar como adolescentes percebem o processo de identificação/definição da orientação do desejo sexual. Metodologia: estudo de abordagem qualitativa por meio de grupos focais com estudantes do ensino médio de escolas pública e privada. Foram realizados 5 grupos focais totalizando 59 estudantes, de 13 a 18 anos, sendo 37 do sexo feminino e 22 do masculino. As reuniões foram gravadas e transcritas e os dados submetidos à análise de natureza compreensiva com auxílio do software WebQDA. Resultados: os dados foram classificados em duas categorias de identificação/definição da orientação sexual: uma resultante de influências da família, sociedade, mídia e religião; e outra estabelecida pela natureza e experimentação. Na primeira há o reconhecimento dos condicionantes de gênero desde tenra idade e a opressão heteronormativa da sociedade. Na segunda categoria prevaleceu o entendimento de que a atração sexual surge com a puberdade e, na visão preponderante das moças, há necessidade de testar para se ter certeza da orientação do desejo, que pode mudar em qualquer época da vida, demonstrando maior fluidez da identidade sexual no sexo feminino. Conclusão: o processo de identificação e definição da orientação sexual é marcado pela heteronormatividade que demonstra constranger as possibilidades de expressão da sexualidade.
OBJECTIVE To analyze the conception of seropositive young people on how to prevent HIV infection.METHODS This is a qualitative study using semi-structured interviews with HIV-positive young people whose diagnosis was made in adolescence 5 years ago or less. We followed a semi-structured script containing sociodemographic data and an open question on HIV/AIDS prevention. The interviews were recorded and fully transcribed, then analyzed with the support of the webQDA software. We used the categories that compose the concept of vulnerability as a theoretical basis for data analysis.RESULTS We interviewed 39 young people, 23 girls and 16 boys. Some perceive the prevention of HIV infection only as an individual issue, summarizing it to the use of condoms and self-care. Most of the interlocutors point out educational strategies as the most relevant for prevention but used in a permanent and non-punctual way. In schools, they believe it is necessary to include younger students and their family. Guidelines should be given by people who can use the language of young people and preferably by HIV-positive people, to show the reality of those who have AIDS. In the programmatic field, they suggest intensifying campaigns in the media, distributing condoms in large scale, producing vaccines and medicines that cure. No one mentioned the female condom, the rapid test, nor the availability of sexual and reproductive health care.CONCLUSIONS The qualification and expansion of communication strategies on sexuality in schools is urgent and essential in HIV and AIDS prevention in adolescence, contrary to the current trend of restricting the discussion of these topics in education policies.
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