Objetivo: analisar a abordagem da temática saúde da população LGBT em uma faculdade de enfermagem. Específico: identificar, nas ementas das disciplinas, a temática saúde da população LGBT e descrever, na perspectiva das graduandas, a abordagem do tema em sala de aula. Metodologia: pesquisa de abordagem mista, utilizando formulário para análise das ementas das disciplinas do currículo e, para as 29 graduandas do último período de uma Faculdade de Enfermagem pública no estado do Rio de Janeiro, foram aplicados um questionário de questões sociodemográficas, e realizado entrevista semiestruturada. Resultados: a análise das ementas evidenciou a presença da temática em duas disciplinas de saúde mental. As entrevistas, demonstraram a abordagem superficial do assunto nas disciplinas de saúde da criança, saúde da mulher e ética, mas sem menção em suas ementas. Constatou-se que as graduandas valorizaram a abordagem, apontando que o aprendizado favorecerá a melhoria da realidade atual de desassistência dessa população. Conclusão: o tema é abordado superficialmente sem um enfoque específico da saúde da população LGBT, mesmo nas ementas que contemplam a temática. Diante do exposto, sugere-se apreciação da temática pelas comissões curriculares das faculdades enfermagem para que o assunto possa ser abordado de forma transversal na grade curricular.
Objetivo: analisar como adolescentes percebem o processo de identificação/definição da orientação do desejo sexual. Metodologia: estudo de abordagem qualitativa por meio de grupos focais com estudantes do ensino médio de escolas pública e privada. Foram realizados 5 grupos focais totalizando 59 estudantes, de 13 a 18 anos, sendo 37 do sexo feminino e 22 do masculino. As reuniões foram gravadas e transcritas e os dados submetidos à análise de natureza compreensiva com auxílio do software WebQDA. Resultados: os dados foram classificados em duas categorias de identificação/definição da orientação sexual: uma resultante de influências da família, sociedade, mídia e religião; e outra estabelecida pela natureza e experimentação. Na primeira há o reconhecimento dos condicionantes de gênero desde tenra idade e a opressão heteronormativa da sociedade. Na segunda categoria prevaleceu o entendimento de que a atração sexual surge com a puberdade e, na visão preponderante das moças, há necessidade de testar para se ter certeza da orientação do desejo, que pode mudar em qualquer época da vida, demonstrando maior fluidez da identidade sexual no sexo feminino. Conclusão: o processo de identificação e definição da orientação sexual é marcado pela heteronormatividade que demonstra constranger as possibilidades de expressão da sexualidade.
Resumo: A LGBTfobia se configura como contexto de vulnerabilidade à saúde das pessoas cuja sexualidade é diversa do padrão heteronormativo, denominadas minorias sexuais, principalmente na adolescência, período de definição das identidades sexuais. O objetivo deste estudo foi analisar como estudantes do Ensino Médio percebem seus pares das minorias sexuais e como entendem a atitude da escola e educadores frente à diversidade sexual. O método utilizado foi qualitativo por meio de 13 grupos focais com 132 estudantes de ambos os sexos, de escolas públicas e privadas de Município do Rio de Janeiro, Brasil. A análise dos dados foi realizada com apoio do software webQDA, em uma abordagem de base compreensiva, e os dados classificados em duas categorias. Na primeira, denominada “os estudantes e a diversidade sexual”, os participantes percebem a diversidade sexual como normal, pois é comum e se apresenta frequentemente na idade deles. Contudo, confirmaram atitudes homofóbicas contra aqueles cujo comportamento de gênero não está de acordo com o esperado para seu sexo biológico. Na segunda categoria, “a escola e a diversidade sexual”, os estudantes reconhecem a adoção de medidas discriminatórias contra casais homoafetivos por parte da coordenação escolar e a ausência do tema diversidade sexual nas atividades educativas. Os resultados indicam que as políticas de educação sexual são insuficientes para a garantia dos direitos humanos das minorias sexuais, o que representa maior vulnerabilidade à saúde desse estrato populacional.
RELATO DE EXPERIÊNCIA Instagram como instrumento de educação em saúde e cidadania para transexuais: relato de experiênciaInstagram as a health and citizenship education tool for transsexuals: experience report Instagram como herramienta de educación en salud y ciudadanía para transexuales: relato de experiencia ResumoO objetivo deste estudo é refletir sobre a potência do Instagram© como instrumento de educação em saúde e cidadania. Trata-se de um relato de experiência de um projeto extensionista voltado para a população LGBT, com ênfase nas pessoas transexuais em que analisa o Instagram© como meio de disseminação de conhecimento. Foram realizadas postagens de cunho educativo na plataforma, relativas ao atendimento das demandas no cuidado de enfermagem para a população LGBT, com foco nos transexuais. Atualmente o perfil "Transligado" possui 341 seguidores, 40 publicações, seguindo a direção da educação em saúde. Isso foi gerado a partir de reuniões, estudos referentes à engajamento em mídias sociais e adaptação da linguagem do meio científico para um formato dinâmico e sensível aos diferentes públicos que a plataforma alcança. Assim, enquanto projeto extensionista, cumpre a tríade assistência, ensino e pesquisa. Sua relevância é justificada pela dificuldade, desconhecimento e preconceito entre profissionais de Enfermagem acerca das demandas de saúde e cuidados das pessoas transexuais, dificultando assim o acesso à saúde e o atendimento de qualidade à essa população.
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