l=af^dkþpqf`l=ab=abcf`fŽk`f^=^kaoldŽkf`^KKK= = ====iK=qo^jlkq^kl=b=gK=orppl= ==NTR qeb=af^dklpfp=lc=^kaoldbkf`=abcf`fbk`v=lc=qeb=^dfkd= j^ib=^ka=qeb=m^qep=lc=j^ib=pbur^i=abpfob= _pqo^`q=This article discusses the diagnosis of Androgenic Deficiency of the Aging Male (ADAM) and the controversies and disputes over it, based on the re-medicalization of sexuality. The analysis is based on interviews with urologists and endocrinologists, and the different approaches of these two medical specialties elucidate divergent conceptions of body and sexuality present in the biomedical knowledge, and the struggle for hegemony in the scientific field. By comparing the meanings attributed to ADAM and to another male sexual dysfunction, the Erectile Dysfunction (ED), we intend to reflect about the difficulties inherent in the biological reduction of sexuality and the reiteration of gender norms in the medical discourse concerning the male body and sexuality.
Esse artigo visa refletir sobre o uso masculino de testosterona na interface entre terapêutico e estético. O objetivo é pensar como um vocabulário médico é acionado para justificar a escolha pelo uso de um hormônio sexual para aprimoramento do corpo e da sexualidade, através da comparação entre dois casos paradigmáticos na seleção de interlocutores para minha pesquisa de doutorado. Trata-se de homens em torno de 40 anos, homossexuais, soropositivos, de diferentes classes sociais, moradores do Rio de Janeiro, que relatam queixas parecidas, optando pelo uso de testosterona (associada à musculação) como forma de reverter sintomas de envelhecimento e assegurar a modificação corporal desejada. A descrição de uma mesma sintomatologia característica é usada para garantir a anuência do médico ao desejo de anabolismo muscular buscando um maior valor no mercado sexual. A idade permite aos médicos uma associação com o diagnóstico de Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), prescrevendo a terapia de reposição hormonal, mesmo antes dos resultados laboratoriais. Tais casos lançam luz sobre a busca contemporânea pela maximização da performance corporal via medicamentos, e destaca uma associação utilitarista com diagnósticos dúbios como forma de driblar o estigma decorrente do uso recreativo/estético de certos medicamentos, no caso, a testosterona. Por fim, novas concepções de masculinidade e envelhecimento emergem a partir das potencialidades advindas do recurso ao aprimoramento farmacológico, trazendo outras perspectivas para o debate acerca do natural versus artificial, e da consequente (i)legitimidade das modificações corporais estéticas.
Diversity in School is a Brazilian initiative that seeks to increase understanding, recognition, respect, and value social and cultural differences through offering an elearning course on gender, sexuality, and ethnic relations for teachers and school administrators in the public school system. The course and its objectives aim to enable staff and students in schools to realize their full potential through the promotion of a culture of inclusion. The course is the result of a partnership between the Brazilian government (Secretariat for Policies on Women's Affairs, Secretariat for the Promotion of Policies on Racial Equality, and the Ministry of Education), the British Council and the Latin American Center on Sexuality and Human Rights (CLAM) from the State University of Rio de Janeiro. CLAM has developed the content and the methodology. Since 2008, 40,000 teachers have been trained all over the country. This paper highlights the importance of improving understanding of gender, sexual, ethnic and racial diversity in order to create a positive learning environment inside of schools.
Resumo Este artigo analisa a percepção de homens usuários de testosterona acerca dos efeitos adversos no uso do hormônio, a fim de refletir sobre a eficácia e o alcance de ações em saúde voltadas para essa prática. Os dados empíricos foram obtidos a partir de 21 relatos de história de vida de homens que utilizam a testosterona, com ou sem acompanhamento médico, de perfil variado, coletados em 2016 majoritariamente no Rio de Janeiro. A discussão se apoia nos estudos de gênero e de masculinidades para argumentar como os homens interpretam os impactos do uso da testosterona a partir de uma valorização de características masculinas associadas a um ideal normalizador de masculinidade. Os resultados apontam uma percepção generalizada no campo de que o hormônio causa pouco ou nenhum mal, através de um processo de invisibilização ou ressignificação dos efeitos potencialmente negativos. Além disso, há um movimento de deslocamento dos problemas associados ao uso a personagens estereotipadas, num processo de desresponsabilização de si e reafirmação de atributos de um ideal de masculinidade. Com isso, busca-se contribuir para a construção de ações em saúde mais adequadas ao cotidiano dos usuários e, portanto, mais eficazes.
Resumo A antropologia brasileira tem se debruçado sobre o multiculturalismo, a diversidade social e a desigualdade econômica no país. Os estudos antropológicos sobre essas questões muito contribuíram para inseri-las nos debates mais amplos sobre os problemas sociais brasileiros. Este artigo trata de um relato de experiência de ensino em duas ofertas da disciplina Atividades Integradas em Saúde Coletiva (Aisc) II para bacharelandos do segundo período do curso de graduação em saúde coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A disciplina busca trazer à discussão problemas sociais emergentes da sociedade brasileira, como racismo, intolerância religiosa, saúde da população transexual e violência doméstica. Por meio de rodas de conversa com ativistas e visitas a locais de militância, os alunos realizam observação participante e conhecem suas lutas e reivindicações. Introduzindo conceitos caros à antropologia, como etnocentrismo, relativismo e movimentos sociais, pretende-se estimular nos estudantes uma reflexão crítica sobre dilemas sociais contemporâneos. Os debates, os relatos e as trocas de experiências advindos no decorrer da disciplina mostram que a antropologia tem muito a contribuir para uma formação e atuação mais dialógica desses futuros sanitaristas com as populações às quais prestarão cuidado, além de favorecer uma compreensão mais aplicada do impacto das desigualdades sociais no processo saúde-doença.
A biopolítica contemporânea é marcada pela molecularização da vida e uma intensa farmacologização do cotidiano, que sustenta a teoria hormonal do corpo e aprofunda a visão dos hormônios sexuais como mensageiros químicos do sexo/gênero. Assim, este artigo analisa relatos de história de vida de homens usuários da testosterona como ferramenta de modificação corporal para refletir sobre as fontes de informação legitimadas na busca por um encontro efetivo com o hormônio. São identificadas quatro fontes não mutuamente excludentes: a biomedicina, a clínica, grupos de usuários especialistas e uma rede pessoal de contatos. O hormônio se localiza no centro de oposições como natural/artificial, legal/ ilegal e legítimo/ilegítimo e articula uma ampla circulação de saberes que compõem sua própria biografia. As conclusões apontam para um processo de coprodução, no qual, mais do que priorizar uma fonte específica, constrói-se um corpo de saberes compartilhado e multifacetado sobre a testosterona.
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