O objetivo foi identificar mudanças no comportamento de crianças e pais/cuidadores após programa de orientação em grupo para pais. Participaram oito pais ou cuidadores de crianças com transtornos psiquiátricos atendidos no Ambulatório de Psiquiatria Infantil do Hospital de Base da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (São José do Rio Preto, SP) selecionados por meio de entrevistas. O programa incluiu dez sessões (uma sessão por semana) de noventa minutos. Foram utilizados: Ficha de Entrevista Clínica, Inventário de Habilidades Sociais, Inventário de Sintomas de Stress de Lipp e Inventário de Comportamentos da Infância e Adolescência, aplicados no início, final e dois meses após a realização do grupo. Houve uma redução estatística significativa no nível das habilidades sociais dos pais (p=0,013), presença de sintomas significativos de stress nos cuidadores pré, pós e seguimento pós-intervenção e redução significativa de problemas internalizantes (p=0,009), externalizantes (p=0,001) e problemas totais (p=0,003) pós-intervenção. Mudanças no comportamento dos pais e no comportamento infantil foram observadas.
Este estudo avaliou o impacto psicológico de um grupo educativo de cirurgia cardíaca em pacientes de um hospital universitário. Participaram 73 sujeitos, dos quais 62% eram homens. A média de idade foi 52 anos, desvio-padrão foi 16. Os pacientes foram submetidos a uma sessão multidisciplinar com exposição dialogada sobre cardiopatias, procedimento cirúrgico e sintomas psicológicos. Os resultados mostraram que, para poucos pacientes (36%), o grupo ajudou a esclarecer dúvidas sobre o tratamento, demonstrando a necessidade de ajustes nas estratégias didáticas para melhor compreensão dos conteúdos. A análise das emoções percebidas após participação no programa revelou que 70% responderam estar esperançosos. A contraposição entre "esperança" e "tranquilidade" foi uma resposta emocional esperada frente à vivência da cirurgia, avaliada como uma condição de ameaça ambiental. Conclui-se que o grupo educativo foi benéfico para o ajustamento psicossocial do paciente à cirurgia. Entretanto, maior eficácia será alcançada mediante aperfeiçoamento do método de atuação e inclusão de um programa interdisciplinar estruturado para controle do stress.
psicologia.v16n3p83-99. Sistema de avaliação: às cegas por pares (double blind review).
Estudos de Psicologia I Campinas I 32(3) I 499-509 I julho -setembro 2015
Perfil dos supervisores de psicologia em Serviços-Escola Brasileiros (treino/atendimento) Este trabalho teve como objetivo descrever o perfil demográfico dos supervisores dos cursos de graduação em Psicologia, obtidos pelo projeto de pesquisa intitulado "Serviços-Escola de Psicologia no Brasil", que tinha entre seus objetivos a caracterização dos serviços-escola de psicologia brasileiros. A pesquisa foi disponibilizada on-line em umsite da internet específico para a pesquisa, divulgado através de vários meios de comunicação, no qual, o participante em potencial da pesquisa (supervisor, estagiário ou gestor de uma das clinica escolas de Psicologia do Brasil), depois de acessar a pagina e o seu campo específico, informava dados pessoais (sexo e idade), dados institucionais (vínculo de trabalho, tipo de instituição e localização) e dados profissionais (abordagem teórica e tempo de experiência/área). Do total de 846 participantes potenciais apenas 147 eram supervisores de cursos de Psicologia que haviam completado totalmente o questionário e foram, por isso, considerados para presente análise. Os dados coletados, no período de 2008 a 2010, apontaram que a maioria dos respondentes era do sexo feminino (77,6%), tinha idade entre 38 a 45 anos (45,5%), possuía vínculo formal de trabalho (90%) com instituições de ensino privado (56%), localizadas nas Regiões Sul e Sudeste (78%). A Psicanálise figurou como abordagem mais referida (24%) e aqueles que referiam ter mais de 10 anos de experiência em Psicodiagnóstico/Psicoterapia (64,4%). Apesar do tamanho da amostra não ser representativa do perfil dos supervisores brasileiros, os dados obtidos forneceram informações importantes sobre o perfil dos supervisores, peça chave na formação do aluno de graduação.
Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. Resumo. O objetivo do presente estudo é caracterizar a população atendida no ambulatório de um Serviço de Psicologia de um hospital-escola, durante um ano de atividades institucionais. Este ambulatório apresenta características de funcionamento similares às de um serviço de atendimento clínico em psicologia. Para caracterizar esta clientela, foi realizada análise dos prontuários dos pacientes atendidos pelo serviço. A amostra foi composta por 843 usuários. Os resultados indicaram a prevalência dos seguintes perfis: 73 crianças e adolescentes, do sexo feminino (59,2%), 11 anos (em média), 69,4% com ensino fundamental, que foram avaliados psicologicamente e com queixa de ansiedade/depressão; 770 adultos, com 37,2 anos (em média); do sexo feminino (60,5%), casado (59,6%), com ensino fundamental incompleto, avaliados psicologicamente para realizar procedimentos médicos contraceptivos. Os dados obtidos foram discutidos com a equipe de psicólogos do serviço e foram sugeridas algumas orientações para aprimorar o atendimento à clientela. Palavras-chave: psicologia da saúde, formação do psicólogo, demografia.
Silvares, E. F. M. (Org.). (2006). Atendimento psicológico em clínicas-escola. Campinas, SP: Átomo.Atualmente, o ensino e formação em Psicologia têm recebido atenção especial pelo Conselho Federal de Psicologia e pelas instituições formadoras, no sentido de ampliar o repertório de atuação do psicólogo para atender de forma satisfatória as necessidades da população brasileira. Um caminho essencial para fundamentar e refletir sobre este tema é investigar como as clínicas-escola de Psicologia têm contribuído para a formação dos psicólogos no Brasil. A presente obra tem por objetivo apresentar uma panorama do cenário brasileiro de como estas instituições estão oferecendo atendimento psicológico à comunidade.A clínica-escola em Psicologia consiste no ambiente associado a uma instituição de ensino, no qual o aluno completa a sua formação ao realizar a prática clínica, sob a orientação de um professorsupervisor. Esta tem o objetivo de promover ações e procedimentos que possibilitem o ensino e a pesquisa, contribuindo para a formação do aluno, ao mesmo tempo em que ele atende à comunidade. Apesar de fazer parte da formação de todos os psicólogos clíni-cos, o tema clínica-escola na Psicologia ainda tem recebido pouca atenção.O referente livro enfoca este tema ao compartilhar com os leitores as reflexões decorrentes dos encontros, relativos a esta temática, realizados em congressos da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP). Estes encontros visam ampliar as discussões sobre a atuação e funcionamento das clínicas-escolas brasileiras de Psicologia a partir do reconhecimento da prática e pesquisa clínica, do perfil da demanda, da dinâmica de diferentes serviços e das necessidades de mudanças para melhor atender aos objetivos de um serviço-escola. Assim, esta obra contribui de forma teórica e prática ao abordar aspectos metodológicos e conceituais do atendimento e da pesquisa clínico-institucional e ao apresentar modelos de serviços de atendimento psicológico a diferentes clientelas.O livro foi dividido em quatro partes. Inicialmente, no Capítulo 1, há uma preocupação de se esclarecer alguns aspectos metodológicos e teóricos. São abordadas questões históricas e conceituais das clínicas-escola, previstas na legislação pelo parecer 403/62, que criou a profissão e que pela lei 4119/62 foi regulamentada; discussões dos entraves logísti-cos destes serviços devido à alta demanda e à proposta de atendimento pautada no modelo individual semelhante ao modelo médico, condição geradora de longas filas de espera, resultando em altos índices de desistência; e reflexões sobre a necessidade do uso de novos procedimentos para melhor atender o binô-mio: formação acadêmica e atendimento à comunidade.Já no Capítulo 2, discute-se metodologia de pesquisa em intervenções clínicas institucionais. O objetivo foi apresentar alguns desafios a serem superados na pesquisa clínica, e sugestões de indicações metodológicas para pesquisa nesta área: delineamentos não experimentais e experimentais, de sujeito único e de grupo. ...
O panorama atual da profissão de psicólogo no Brasil parece estar atravessando um momento de reflexão e questionamento acerca de seu futuro. O presente trabalho é um recorte do Projeto Temático Serviços-Escola de Psicologia no Brasil, e seu objetivo é apresentar dados sobre as características demográficas dos alunos de estágios supervisionados dos cursos de graduação em Psicologia. A pesquisa, disponibilizada em um site exclusivo, era composta por um cadastro inicial em que o participante informava dados demográficos: sexo, idade e estado. Participaram da pesquisa 394 alunos. O perfil da amostra obtida foi: sexo feminino, idade entre 21 e 30 anos e que cursam faculdades de Psicologia na região Sudeste. Esses dados são similares aos relatados pela literatura nacional acerca do perfil do psicólogo: sexo feminino, com até 34 anos e residentes de regiões metropolitanas, concentradas principalmente na região Sudeste. O tamanho da amostra não a faz representativa, mas os dados obtidos forneceram informações importantes sobre quem é este estudante, sua idade e onde estuda. Ademais, estudos de caracterização da população são essenciais para o planejamento de mudanças e aperfeiçoamento do funcionamento de instituições.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.