O artigo analisa as manifestações dos candidatos a cargos eletivos de âmbito federal e estadual, durante o processo eleitoral do ano de 2014, quanto ao Programa Mais Médicos, presentes na mídia comercial impressa e on-line, identificando ideias, imagens e crenças sobre tal política pública. Um mapeamento do posicionamento dos candidatos objetivava identificar sentidos e significados sobre o programa, explicitando a descrição de problemas e soluções acerca da provisão de trabalhadores no Sistema Único de Saúde. Os dados obtidos demonstraram que o tema do provimento emergencial de médicos extrapolou o subsistema ou campo da Saúde e foi assumido como agenda no sistema político. Tanto os candidatos manifestamente favoráveis ao programa quanto aqueles que faziam críticas expressaram publicamente a imagem de um programa necessário e uma estratégia com a qual estariam comprometidos. O programa ampliou muito a visibilidade da agenda setorial da Saúde.
ARTIGO ORIGINAL DEMOCRACIA NO SUS, COMO ESTAMOS? Um debate sobre a participação social a partir da literatura recente. Democracy at SUS (Sistema Único de Saúde-Unified Health System); how are we doing? A debate on social participation based on recent literature.
Gestão da educação e do trabalho na saúde: enfrentando crises ou enfrentando o problema? Management of healthcare education and work: dealing with crises or dealing with the problem? ¿ Gestión de la educación y del trabajo em salud: ¿ enfrentamento de crisis o del problema?
A implantação de linhas de cuidado é uma estratégia de reorganização do trabalho no cotidiano dos serviços, incluindo ações intersetorais e fluxos nas redes de atenção à saúde, que tem como objetivo constituir alternativas de percursos seguros e ágeis para os usuários, considerando suas especificidades. Este artigo tematiza a linha de cuidado em COVID-19, com o objetivo de apoiar gestores e trabalhadores no enfrentamento dessa emergência sanitária e social. Toma-se como foco as estratégias para a gestão do trabalho e da educação com vistas à reorganização dos processos de trabalho no interior de serviços e pontos de atenção nos territórios, apresentando os principais desafios para as equipes de gestão do trabalho e da educação. Em formato de ensaio teórico, o artigo considera a diversidade do cuidado às pessoas que precisa ser articulada em todos os pontos de atenção existentes nos territórios como resposta às necessidades de saúde produzidas na pandemia. A base empírica sobre a qual o ensaio se desenvolve são as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), as lições aprendidas de outros países que enfrentaram a pandemia e aquelas já reconhecidas da própria experiência brasileira. Também será sumarizada uma proposição para organização da resposta à pandemia de COVID-19, apresentando-se as principais ações e pontos de atenção que podem ser articulados por meio de conexões produzidas a partir da gestão do trabalho. Diferente do conceito de redes de atenção, com serviços e fluxos, ou de itinerários terapêuticos, que representam cada percurso particular, o desenho das linhas de cuidado é uma combinação de ações diversificadas que considera os diferentes contextos e perfis de serviços existentes em cada território, bem como a intensidade e a prevalência da transmissão local da doença. Para o conceito de linhas de cuidado, o desenvolvimento de capacidades de gestão do cuidado dos trabalhadores de um território é a variável em destaque, referindo-se, portanto, especificamente à capacidade de gestão do trabalho e da atuação dos seus agentes. Trata-se de um conceito que emergiu algo recentemente no campo da saúde coletiva e que ganha destaque quando o enfrentamento à pandemia reivindica respostas rápidas, territoriais e com base em orientações que se atualizam com alguma rapidez a partir da experiência internacional e do conhecimento produzido a partir dela.
Ensaio teórico sobre o caráter essencial e estratégico do trabalho em saúde no enfrentamento à pandemia de COVID-19, recuperando as dimensões assistencial, de gestão e econômicas da ação dos agentes do trabalho. Recupera as ideias centrais da campanha do Ano Internacional dos Trabalhadores da Saúde e Assistência, da Organização Mundial da Saúde (OMS) para 2021, apontando a necessidade de reconhecimento e proteção do trabalho e dos trabalhadores e trabalhadoras, inclusive nos aspectos relacionados às condições de trabalho, emprego e vínculo, como condição essencial para o adequado funcionamento de serviços, redes e sistemas de saúde, em cada país e no mundo. Comemora a reedição do Suplemento Temático COVID-19 em 2021, como parte das ações da Campanha internacional
Este artigo discute tematizações sobre o preconceito no discurso de trabalhadores da saúde que cursaram o Projeto Caminhos do Cuidado, identificando efeitos que colaboraram para a superação destas relações com relação a usuários de álcool e outras drogas. Utilizamos metodologia qualitativa, com análise de conteúdo. A análise se baseou em dados provenientes de 78 rodas de conversa e 39 registros etnográficos, ocorridas nas 27 Unidades Federativas do Brasil. Os dados descrevem movimentos reflexivos dos trabalhadores que possibilitaram o enquadramento de relações identitárias para além de crivos morais e da essencialização dos sujeitos. Nossos resultados apontam a importância da experiência para a desconstrução de estereótipos e preconceitos, por produzir processos de desidentificação necessários para a superação de preconceitos. Destaca-se a importância do Agente Comunitário de Saúde, como o profissional estratégico para o trabalho com a temática do preconceito nos territórios.
Palavras-chave: Desigualdade; Preconceito; Atenção Básica; Intervenção Psicossocial; Agentes Comunitários de Saúde;
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