Este trabalho tem como objetivo fazer uma reflexão sobre a educação alimentar e nutricional no contexto da promoção das práticas alimentares saudáveis, apontada como importante estratégia para enfrentar os novos desafios no campo da saúde, alimentação e nutrição. O ponto de partida é a análise de publicações oficiais e documentos recentes do governo brasileiro que norteiam as políticas nesse campo. Embora a relevância da educação alimentar e nutricional seja reconhecida nesse contexto, poucas referências são feitas a ela no que tange à delimitação dos seus limites e possibilidades, como também sobre os elementos que norteiam a sua prática. Os documentos indicam que o objetivo das propostas educativas em alimentação e nutrição é mais subsidiar os indíviduos com informações adequadas, corretas e consistentes sobre alimentos, alimentação e prevenção de problemas nutricionais do que os auxiliar na tomada de decisões. Dessa forma, cresce a importância dos campos da informação e da comunicação, nos quais se enfatizam as estratégias de produção, circulação e controle das informações referentes à alimentação e nutrição, em detrimento das estratégias da educação alimentar e nutricional. Os dois campos parecem se confundir. Argumenta-se, no entanto, que embora os campos do acesso à informação e à comunicação sejam de extrema relevância, eles não são suficientes para a construção de práticas alimentares saudáveis. Assim, urge uma reflexão sobre as bases da educação alimentar e nutricional no contexto que se configura e as possibilidades de sua contribuição.Termos de indexação: alimentação, conduta na alimentação, educação nutricional, nutrição, nutricionista, promoção da saúde.
Background: There is evidence that poverty, health and nutrition affect children's cognitive development. This study aimed to examine the relative contributions of both proximal and distal risk factors on child cognitive development, by breaking down the possible causal pathways through which poverty affects cognition.
A educação alimentar e nutricional é vista como uma estratégia para promoção de hábitos alimentares saudáveis e acredita-se que a escola seja um espaço apropriado para desenvolver essas ações. Objetivou-se descrever e analisar o panorama da publicação científica sobre estudos de intervenção no campo da educação alimentar e nutricional em escolares no Brasil. Realizou-se uma revisão de literatura na qual foram selecionados artigos publicados entre 2000 e 2011. Observou-se que, apesar da relevância do tema, há um baixo número de publicações na área e que a maior parte foi publicada a partir de 2009. Os resultados apontados foram melhora no conhecimento em nutrição e nas opções alimentares. Entretanto, a maioria dos estudos que realizou avaliação antropométrica não encontrou mudanças no estado nutricional. Soma-se que os estudos optaram por metodologias baseadas nos estudos epidemiológicos de intervenção, indicando a necessidade de intervenções baseadas em metodologias inovadoras de educação em saúde, bem como modelos de pesquisa que correspondam aos objetos de estudo.
Avaliou-se o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), na perspectiva de estrutura-processo-resultado. A metodologia envolveu pesquisa documental e estudo de caso em 45 municípios no Estado da Bahia, Brasil; com entrevistas a getores, visita a 73 escolas e inquérito domiciliar envolvendo 3.367 crianças de 7-14 anos. Quanto à estrutura, foi analisada a evolução normativa do PNAE e alguns aspectos da infra-estrutura. Gestores referiram instalações e equipamentos inadequados para preparar e distribuir refeições em 28% dos municípios. A municipalização estava presente em 93% dos casos, havendo 20% já em processo de escolarização; porém, em quase 70% das escolas havia repasse de gêneros alimentícios. A aceitabilidade da alimentação oferecida foi boa, resultado esperado frente à situação de pobreza da população estudada. Ainda que Conselhos de Alimentação Escolar estivessem constituídos, sua composição nem sempre representou um efetivo exercício democrático. Quanto a resultados, a cobertura foi expressiva - 95%, contudo 77% dos entrevistados do interior e 39% da capital relataram não receber alimentação todo dia. A irregularidade observada na oferta diária comprometeu a aspiração do programa efetivar-se como política social universal e um direito da criança.
Atualmente, imagem do corpo magro, saudável, malhado, voyeur e erótico é perseguido desesperadamente pelas pessoas. É nesse contexto que Lígia Santos apresenta um mergulho investigativo sobre corporalidade e comensalidade como extensão do moderno, urbano e desigual. As dimensões sociais, inevitavelmente presentes nas questões do comer e da comida, são colocadas no ambiente cultural permitindo uma análise compreensiva. A obra apresenta reflexões sobre o corpo na contemporaneidade através de ótica das ciências sociais e das ciências da nutrição e; apesar de falar a partir de Salvador na Bahia, escapa do local para ser invadido por um processo de mundialização.
ObjectiveTo determine the magnitude of relationships of early life factors with child development in low/middle-income countries (LMICs).DesignMeta-analyses of standardised mean differences (SMDs) estimated from published and unpublished data.Data sourcesWe searched Medline, bibliographies of key articles and reviews, and grey literature to identify studies from LMICs that collected data on early life exposures and child development. The most recent search was done on 4 November 2014. We then invited the first authors of the publications and investigators of unpublished studies to participate in the study.Eligibility criteria for selecting studiesStudies that assessed at least one domain of child development in at least 100 children under 7 years of age and collected at least one early life factor of interest were included in the study.AnalysesLinear regression models were used to assess SMDs in child development by parental and child factors within each study. We then produced pooled estimates across studies using random effects meta-analyses.ResultsWe retrieved data from 21 studies including 20 882 children across 13 LMICs, to assess the associations of exposure to 14 major risk factors with child development. Children of mothers with secondary schooling had 0.14 SD (95% CI 0.05 to 0.25) higher cognitive scores compared with children whose mothers had primary education. Preterm birth was associated with 0.14 SD (–0.24 to –0.05) and 0.23 SD (–0.42 to –0.03) reductions in cognitive and motor scores, respectively. Maternal short stature, anaemia in infancy and lack of access to clean water and sanitation had significant negative associations with cognitive and motor development with effects ranging from −0.18 to −0.10 SDs.ConclusionsDifferential parental, environmental and nutritional factors contribute to disparities in child development across LMICs. Targeting these factors from prepregnancy through childhood may improve health and development of children.
Structural equation modeling (SEM) is an important statistical tool for evaluating complex relations in several research areas. In epidemiology, the use and discussion of SEM have been limited thus far. This article presents basic principles and concepts in SEM, including an application using epidemiological data analysis from a study on the determinants of cognitive development in young children, considering constructs related to organization of the child's home environment, parenting style, and the child's health status. The relations between the constructs and cognitive development were measured. The results showed a positive association between psychosocial stimulus at home and cognitive development in young children. The article presents the contributions by SEM to epidemiology, highlighting the need for an a priori theoretical model for improving the study of epidemiological questions from a new perspective.
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