Uma explosão de vulnerabilidadesA população de jovens vivendo com HIV/Aids (JVHA) normalmente já enfrenta muitos desafios no convívio com a infecção pelo HIV. O estigma da doença, seja ela adquirida de forma vertical (da mãe para o bebê) ou de forma horizontal, muitas vezes gera a necessidade de manejo de um segredo nos grupos sociais de pertença, somada às dificuldades próprias à terapia antirretroviral (TARV) como os efeitos colaterais das medicações, implicando uma readequação da rotina, de estudo e/ou trabalho, mudança de hábitos alimentares e de sono, cuidados com o corpo e com a sexualidade, entre outros. Esses fatores podem ser agravados pela sinergia da condição sorológica com determinados marcadores sociais da diferença, impactando a adesão ao tratamento e promovendo quadros de adoecimento psíquico (CUNHA, 2011).
Este trabalho discute estratégias e metodologias criadas e reinventadas por professores/as para trabalhar com suas turmas questões relacionadas a violência, desigualdades sociais e preconceito, pensando suas inserções no ambiente escolar. No atual contexto político, que tem fortalecido perspectivas ultraconservadoras e dificultado os debates sobre diversidades nas escolas através da promoção do pânico moral na sociedade, as e os professores pesquisados sinalizam a necessidade de reflexão sobre esses temas em sala de aula, uma vez que estes já estão presentes nas relações escolares. A partir da realização de entrevistas com professores/as de um colégio da rede pública em XXXX, buscamos compreender a reinvenção das estratégias docentes para o trabalho com tais temas, de maneira a promover debates entre estudantes em um contexto de crescente vigilância social e familiar sobre as práticas escolares.
Palavras-chave: Escola; Violência; Gênero e Sexualidade; Metodologias de Ensino.
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