A transformação do corpo pode se constituir em determinante social à saúde da população trans. Neste artigo, são analisados três desafios à universalização do acesso ao processo transexualizador do Sistema Único de Saúde (SUS), serviço de saúde específico às demandas por transformação do corpo da população trans. Foi realizada pesquisa qualitativa com dados produzidos a partir de entrevistas narrativas gravadas em áudio. Os atuais desafios são: 1. A distribuição geográfica dos programas com concentração de seis das dez unidades habilitadas para a oferta do processo transexualizador do SUS na região Sudeste, bem como ausência de unidades na região Norte. 2. A realidade de discriminação e desrespeito ao nome social que impedem o acesso aos serviços de saúde. 3 O diagnóstico de transexualismo, que, ao se orientar por normas socialmente construídas para o gênero, impede o acesso aos serviços transexualizadores.
Resumo Neste artigo, é realizado um mapeamento da produção científica sobre o acesso à saúde pela população transexual pós-2008, ano importante para a saúde trans no Brasil, no qual foi criado o Processo Transexualizador do Sistema Único de Saúde. O objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão integrativa da literatura sobre acesso à saúde da população transexual e travesti brasileira, empregando as bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO, empregando-se os seguintes descritores: ‘transexualidade’, ‘transexualismo’, ‘travestismo’, ‘travesti’ e ‘transgênero’, foram selecionados 22 artigos. Considerando a produção científica analisada, constatamos inúmeros desafios ao acesso da população trans no Sistema Único de Saúde, como a discriminação, a patologização da transexualidade, a falta de qualificação dos profissionais, o acolhimento inadequado, a escassez de recursos para o financiamento de políticas e programas voltados ao combate à discriminação de origem homofóbica e trans-travestifóbica, bem como a ausência da garantia de serviços específicos – como o processo transexualizador.
Objetiva-se conhecer as representações sociais presentes nas narrativas das práticas dos gestores que atuam em São Mateus (ES), a respeito de como realizam o planejamento das ações e sobre a participação (ou não) dos trabalhadores e da população. A coleta indica duas ideias centrais: (1) planejamento - que é subdividida em: planejamento compartilhado; planejamento centralizado; e dificuldade de planejamento e (2) promover a participação popular. Conclui-se que os gestores, apesar de reconhecerem o valor de planejar as ações, praticam ações muito mais voltadas para a manutenção do sistema vigente do que para gerar mudanças com vistas à consolidação do SUS.
This article analyzes how workers experience the effects of the work process in an Alcohol and Drugs Psychosocial Care Center (Capsad). Observations, collective interview and in-depth interviews with workers were carried out. Among the effects, the most notable were wear, sickness, powerlessness of action and exhaustion. It is concluded that these affect the capacity to act, since, in order to collaborate in the production of the meaning of life of the other, in many cases, the employee does not offer nothing for himself, and this leads them to what Merhy calls combustion.KEYWORDS Mental health services. Human resources. Professional exhaustion. RESUMO Este artigo analisa de que forma os trabalhadores vivenciam os efeitos do processo de trabalho em um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Capsad
Resumo O artigo apresenta diferentes posicionamentos das políticas públicas brasileiras vigentes relacionadas ao uso de álcool e drogas e discute possíveis repercussões que tais divergências podem trazer para a atuação do trabalhador da área de saúde. Trata-se do resultado de pesquisa documental sobre essas políti-cas, tais como portarias, leis e decretos a partir de 1938 até aquelas vigentes atualmente. Optou-se por elencá-las de forma cronológica, considerando os dois principais posicionamentos políticos: 1. foco na segurança pública e justiça; 2. foco na saúde pública. Constatou-se que neste período houve uma clara tentativa de mudança de paradigma, de forma a abranger a prevenção ao uso e tratamento. No entanto, ainda se verifica nas políticas e, no senso comum, a presença de fortes traços de ideais de um mundo livre das drogas, a partir de conceitos moralistas, intolerantes e autoritários como da guerra às drogas, repressão e redução da oferta. É neste contexto que os profissionais da saú-de pública, em especial aqueles que atuam nos centros de atenção psicossocial álcool e drogas, enfrentam o grande desafio e vivenciam efeitos subjetivos no cotidiano de atuação frente a tantas divergências e contradições. Palavras-chave política; centros de atenção psicossocial; trabalhadores. AbstractThe article presents the different positions the current Brazilian public policies have on alcohol and drug abuse and discusses the possible effects such differences could have on the healthcare worker's performance. It is the outcome of documentary research on these policies, such as ordinances, laws, and decrees from 1938 to those currently in effect. We chose to list them chronologically, considering the two main political positions: 1. Focus on public security and justice; 2. focus on public health. We found that in this period there was a clear attempt to make a paradigm shift in order to include use prevention and treatment. However, the policies and the common sense still bear strong signs of idealistic views of a world free of drugs which are derived from moralistic, intolerant, and authoritarian concepts such as the war on drugs, repression, and reductions in supply. It is in this context that public health professionals, especially those working in psychosocial alcohol and drug abuse care centers, face the challenge and experience the subjective effects of everyday work at the face of so many differences and contradictions.
Objetivo: identificar quais estratégias de enfrentamento foram adotadas por estudantes de Enfermagem de uma universidade pública perante as dificuldades vivenciadas no decorrer do distanciamento social e da pandemia da COVID-19. Método: estudo transversal, realizado com 148 estudantes, a partir de questionário on-line. A análise estatística foi realizada por meio de análise descritiva dos dados, apresentando os resultados por frequências absolutas e relativas e medidas de tendência central. Resultados: constatou-se que uma pequena parcela foi infectada por SARS-CoV-2 (6,1%). Em contrapartida, 39,9% relataram que algum familiar foi infectado. Em relação aos que utilizaram estratégias de enfrentamento (91,2%), destacam-se a adoção de hobbies (49,3%) e a realização de atividades físicas (26,4%). Nota-se que ambas estiveram relacionadas também a meios para o afastamento da situação vivida e/ou na tentativa de fuga de pensamentos negativos. Conclusão: os resultados apontam ser necessário o apoio da universidade, a partir de ações com enfoque na saúde mental dos estudantes de Enfermagem, potencializando as estratégias que sejam eficazes na melhoria do bem-estar e na diminuição do estresse dos alunos, suscetíveis ao adoecimento psíquico, a partir das vivências e receios do meio universitário.
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