RESUMO O ensaio aborda criticamente a noção de determinantes sociais da saúde, veiculada oficialmente pela Organização Mundial da Saúde, a partir da discussão sobre sua perspectiva conceitual que difere bastante daquela cunhada por volta dos anos 1970, pela corrente médico-social latino-americana, de determinação social da saúde. A discussão desnuda os preceitos filosóficos que sustentam a noção de determinantes sociais da saúde, a partir dos argumentos fundados na sociologia positivista de Émile Durkheim. Conclui-se que essa noção identifica um 'social' fragmentado, trazendo consequências práticas e políticas e mostrando--se insuficiente para analisar as mudanças sociais da contemporaneidade. PALAVRAS-CHAVE
RESUMO O artigo aborda o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde (PRMS), através da revisão bibliográfica de 25 artigos, publicados entre 2010 e 2015. A maioria dos artigos vem da região Sudeste do Brasil, foi publicada em 2015 e é fruto de dissertações e teses. Os artigos confirmam a hegemonia do modelo biomédico na saúde e a precarização das condições de trabalho e estrutura dos serviços, fatores que impactam as relações estabelecidas entre residentes e demais trabalhadores, produzindo inúmeros questionamentos sobre a formação e a prática profissional através dos PRMS. É importante dizer que as estratégias para enfrentamento dessas problemáticas e para transformação da realidade também são destacadas nos artigos, evidenciando confiança nas potencialidades dos PRMS e do SUS como política pública e direito a ser defendido.PALAVRAS-CHAVE Programas de pós-graduação em saúde. Capacitação de recursos humanos em saúde. Internato e residência.ABSTRACT The article addresses the Multiprofessional Health Residency Program (PRMS), through the bibliographical review of 25 articles, published between 2010 and 2015. Most of the articles come from the Southeast region of Brazil, was published in 2015 and is the result of dissertations and theses. The articles confirm the hegemony of the biomedical model inhealth and the precariousness of the working conditions and service structure, factors that impact the relations established between residents and other workers, producing numerous questions about the training and the professional practice through PRMS. It is important to say that the strategies for coping with these problems and for transforming reality are also highlighted in the articles, evidencing confidence in the potential of PRMS and SUS as public policy and the right to be defended. KEYWORDS Health postgraduate programs. Health human resource training. Internship and residency. REVISÃO | REVIEW Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.
Objetiva-se conhecer as representações sociais presentes nas narrativas das práticas dos gestores que atuam em São Mateus (ES), a respeito de como realizam o planejamento das ações e sobre a participação (ou não) dos trabalhadores e da população. A coleta indica duas ideias centrais: (1) planejamento - que é subdividida em: planejamento compartilhado; planejamento centralizado; e dificuldade de planejamento e (2) promover a participação popular. Conclui-se que os gestores, apesar de reconhecerem o valor de planejar as ações, praticam ações muito mais voltadas para a manutenção do sistema vigente do que para gerar mudanças com vistas à consolidação do SUS.
resumoApesar de suas especificidades, o setor saúde também sofre influências neoliberais que provocam efeitos no mundo do trabalho. Este artigo retrata as conseqüências negativas da precarização sobre o processo de produção de cuidado em saúde, a partir da análise de uma Unidade de Saúde cuja maioria da equipe é terceirizada. Por meio dos relatos obtidos, pode-se verificar o sentimento de desvalorização expresso pelos trabalhadores, assim como a constatação de que a assistência à saúde da população fica comprometida devido ao ambiente tenso, marcado pela instabilidade do emprego, insatisfação e adoecimento dos trabalhadores. Sugerese o investimento em políticas de enfrentamento da precarização no SUS, visto que ela coloca em risco as diretrizes e princípios desta política pública.Palavras-chave: Política de saúde. Força de trabalho. Precarização. Processo de trabalho.
Resumo Objetivou-se com este estudo conhecer as práticas de cuidado integral ofertadas às pessoas em sofrimento mental, efetivadas nos espaços das Unidades de Saúde da Família (USF) em uma região de saúde do município de Vitória, Espírito Santo, bem como apontar as dificuldades e possibilidades enfrentadas pelos profissionais de saúde no desenvolvimento dessas práticas na Atenção Básica. Para tanto, foram realizadas seis sessões de grupo focal, uma sessão em cada uma das seis Unidades de Saúde pesquisadas; em seguida, identificadas as Unidades que referiam realizar ação de cuidado integral, foi utilizada a técnica da observação sistemática para acompanhamento de tais ações e realizada entrevista semiestruturada com os profissionais responsáveis por essas práticas. São grandes as dificuldades enfrentadas no sentido de fazer valer uma inserção efetiva destas pessoas em sofrimento mental nos espaços das Unidades de Saúde para um cuidado integral. Contudo, na tentativa de garantia de acesso destas pessoas à Atenção Básica, com vistas ao acolhimento, à escuta qualificada e ao cuidado em saúde, houve resultados no sentido de ampliação de autonomia e inserção social dos sujeitos participantes.
INTRODUÇÃO: A Organização Mundial de Saúde (OMS) elegeu o decênio 2006-2016 como a década de valorização do trabalho e dos trabalhadores da saúde. Dentre os motivos está o fato desses estarem adoecendo sistematicamente. Este artigo discute se este processo de adoecimento é inerente ao trabalho em saúde. OBJETIVOS: 1) apresentar a concepção de gestores municipais de saúde sobre a relação saúde do trabalhador-trabalho em saúde e 2) analisar como estes gestores explicam este fenômeno de adoecimento dos trabalhadores de saúde. METODOLOGIA: Foi utilizada a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Os dados foram coletados entre maio e julho de 2011 em um município do estado do Espírito Santo. RESULTADOS: Os gestores municipais afirmam não ter dados numéricos que justifiquem a situação estudada e apresentam dois tipos de explicação: questões ligadas à organização do trabalho e questões pessoais dos trabalhadores. Sugerem haver um processo de naturalização do adoecimento dos trabalhadores deste setor. CONCLUSÕES: Várias particularidades do trabalho em saúde ligadas a estratégias de gestão ou a características dos trabalhadores parecem impedir o aspecto socioafetivo do trabalho, propiciando adoecimento.
Este artigo discute a formação em Psicologia a partir de uma experiência de estágio interdisciplinar de vivência, o projeto VER-SUS (Vivência e Estágio na Realidade do Sistema Único de Saúde), realizado por estudantes da área da saúde junto ao movimento estudantil desses cursos. A partir dessa experiência, ocorrida em 2008, no estado do Espírito Santo (VER-SUS/ES 2008), problematizamos a formação do psicólogo, afirmando a importância de ampliar a associação entre o ensino tradicional e ações que remetam às vivências interdisciplinares. Estas mesmas se configuram como estratégias de ensino-aprendizagem fundamentais para a Psicologia e para a área da saúde como um todo. Por fim, ressaltamos a importância da constante revisão das práticas, da formação e do papel do psicólogo, para pensarmos sobre outras formas de aprendizagem e diálogo ao longo do ensino superior.
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