Estudaram-se, em dez experimentos de campo, os efeitos dos seguintes fitorreguladores de crescimento e da capação na cultura algodoeira: cloreto de clorocolina, aplicado na dose de 50 g/ha; cloreto de chlormequat, 100 g/ha e cloreto de mepiquat, 100 g/ha. A capação foi realizada manualmente, planta por planta, na mesma época da aplicação dos fitorreguladores, aos 60-70 dias da emergência das plantas. O delineamento estatístico foi de blocos ao acaso, com cinco tratamentos e seis repetições e, a variedade utilizada, a IAC 19. Para a avaliação dos resultados de produção e altura de plantas, efetuaram-se dois agrupamentos de ensaios, sendo um com maior e outro com menor desenvolvimento, ou seja: plantas em parcelas testemunhas com altura superior e inferior a 100 cm respectivamente. As demais características agronômicas e tecnológicas da fibra foram analisadas em um só grupo. Para o grupo de plantas com maior desenvolvimento, foi obtido, em média, um aumento de 16,3 e 8,4%, respectivamente, para o tratamento com capação e aplicação de fitorreguladores. O fitorregulador proporcionou, em média, redução de 12,1% na altura das plantas e a capação, em média, 20,8%. Os fitorreguladores, indistintamente, proporcionaram aumento de peso do tapulho e das sementes, enquanto, com a prática da capação, não se verificou esse efeito. A aplicação de cloreto de clorocolina resultou em menor porcentagem de fibra do que o cloreto de mepiquat.
Em experimentos de campo desenvolvidos durante quatro anos com o cultivar IAC 20 de algodoeiro, em um latossolo roxo distrófico e ácido de Guaíra (SP), estudou-se o efeito de duas aplicações de calcário (0,6; 1,8 e 3,0 t/ha/ciclo) e de gesso (0, 2, 4 e 6 t/ha/ciclo), durante dois ciclos sucessivos de cultivo, de dois anos cada um. Análises periódicas de terra indicaram que a ação do calcário sobre a acidez foi maior na camada superfícial, nas duas oportunidades, enquanto o gesso aprofundou gradativamente sua ação até à camada de 40-60 cm, lixiviando bases e aumentando a porcentagem de saturação por bases em subsuperfície. Por incrementar a produtividade do algodoeiro e as concentrações foliares de S, Ca e mesmo de Mg, admitiu-se que a gessagem tenha promovido o aprofundamento de raízes das plantas, em especial quando associada à calagem em dose máxima. O efeito residual desses produtos sobre a produtividade foi baixo na primeira aplicação, enquanto se destacou na reaplicação, principalmente o calcário. Com o tempo, o uso do gesso concorreu para diminuir a concentração foliar de Mg e, em especial, a de K.
Field trials with cotton cultivar IAC-20 were conducted during four years on an acid distrophic Dusky Red Latosol from Guaíra, State of São Paulo, Brazil. The experiments and the treatments were randomized complete blocks with split-plots, with 0.6, 1.8 and 3.0 t/ha of limestone in the plots and 0, 2, 4 and 6 t/ha of phosphogypsum in the subplots incorporated in the soil in the first year and reapplied after two years. The results of successive soil analysis indicated that the action of limestone was more evident in the plow layer, whereas gypsum was more effective in the subsoil at a 40-60 cm depth, due to leaching of bases through the soil profile promoted by sulphate ion. The increase of leaf contents of S, Ca and Mg promoted by the phosphogypsum was considered also good as a evidence of enhanced root development in the subsoil of these treatments. The residual effect of both limestone and gypsum was low after the first application, but considerably higher after reapplication, especially for limestone. Along the time, the use of gypsum caused a decrease of Mg and especially K leaf contents
Instalou-se um ensaio de adubação boratada do algodoeiro, de longa duração, pela primeira vez, em 1983, em Guaíra (SP), visando avaliar os efeitos de sucessivas aplicações de boro. Aplicaram-se doses anuais de 0; 0,2; 0,4; 0,8; 1,6 e 3,2 kg/ha de B, como bórax, na mistura de adubos de semeadura, em esquema estatístico de quadrado latino. Utilizou-se uma gleba de latossolo roxo, distrófico, argiloso, anteriormente cultivado, corrigido no aspecto de acidez e adubado com NPK. As parcelas foram calcariadas no quarto, sexto e nono ano de estudo, enquanto, no sétimo ano, cultivou-se guandu, em rotação. O efeito de boro sobre a produção de algodão aumentou com o passar dos anos e com a realização das calagens; na fase inicial, obteve-se a maior produção, com a dose de 0,4 kg/ha de B e, nas etapas posteriores, com a de 0,8 kg/ha. A concentração de boro no limbo foliar mostrou-se muito sensível à aplicação do micronutriente, destacando-se as diferenças com as adubações sucessivas e após as aplicações de calcário. As doses de 1,6 e 3,2 kg/ha de B proporcionaram decréscimo de produtividade das plantas em relação à produção máxima mesmo nos primeiros anos. Após as calagens, os níveis de boro no limbo foliar, associados a essas doses, mostraram-se superiores a 50 mg/kg de B. Análise química, efetuada durante o nono ano de estudo, indicou acúmulo de boro na superfície do solo e uma lixiviação do micronutriente para camadas até 60 cm de profundidade, proporcionais às doses usadas.
Em ensaio conduzido durante nove anos com o algodoeiro sobre latossolo roxo, pobre em fósforo, em Guaíra, SP, confrontou-se o modo tradicional de adubar com aplicações a lanço de produtos fosfatados. Adubações anuais de 121 kg/ha de P2O5, no sulco de semeação, por ocasião do plantio, durante seis anos sucessivos, foram comparadas à fosfatagem única (728kg/ha de P2O5) a lanço e incorporada no primeiro ano, e à fosfatagem parcelada (364kg/ha/vez de P2O5) realizada no primeiro e no quarto ano, utilizando-se superiosfato triplo, além de uma fosfatagem parcelada com o termofosfato Yoorin. Todos os tratamentos foram comparados a uma testemunha, com adubação NK, básica e sem P. Durante os seis anos de aplicação de adubo fosfatado, o algodoeiro, variedade IAC 18, reagiu mais à aplicação localizada do fósforo, em termos de produtividade, exceção feita ao primeiro ano, quando era muito baixa a disponibilidade do nutriente no solo. Já altas doses de fosfato a lanço provocaram deficiência de potássio nas plantas, com os prejuízos se estendendo a certas características da fibra, como Micronaire e maturidade. Em face do bom desempenho da fosfatagem moderada nos anos de aplicação, sugere-se que uma associação entre os modos de emprego a lanço e localizado seja avaliada nos próximos estudos. Outras características, como peso de capulho e de semente, além do comprimento da fibra, aumentaram significativamente com o uso de P. O efeito residual do superfosfato acumulado durante seis anos, no sulco de plantio, estudado nos três subseqüentes anos, com o cultivo da variedade IAC 20, só se destacou nos resultados de produção.
RESUMOPalavras-chave adicionais: Ramularia areola, resistência genética, variabilidade do patógeno.Cotton genotypes, comprising cu ltivars a nd adva nced linea ges, were eva lu ated for their rea ction to areola te mildew ( Ra mu la ria areola) in field experiments under natural infestation, at 60, 90 and 110 days after plant emergence in Ituverava-SP, and at 75, 100 and 1 20 da ys in Prima vera do Leste-MT. In both localities, the la test evaluation was fundamental to adequately discriminate the genotypes and determine their effective degree of resistance to the pathogen.Cia, E.; Fuzatto, M.G.; Kondo, J.I.; Ohl, G.A.; Galbieri, R. Reaction of cotton genotypes to areolate mildew at different times and environments. Summa Phytopathologica, v.39, n.3, p.193-197, 2013. The earliest evaluations were inefficacious for this or underestimated the susceptibility of some genotypes. Highly significa nt genotype x environment intera ction a nd extremely low, non-significa nt correla tion between the mea n scores of genotypes in the two experiments expressed contradictory performance of some genotypes, a ccording to the locality, indica ting possible existence of genetic variability of this pathogen in Brazil.Genótipos de algodoeiro, compreendendo cultivares e linhagens avançadas, foram avaliados quanto à reação à mancha de Ramularia (Ra mu la ria a re ola ), em experimentos de ca mpo e sob infestaçã o natura l, aos 6 0; 9 0 e 1 1 0 dia s a pós a emergência das plantas em Ituverava-SP, e aos 75; 100 e 120 dias em Primavera do Leste-MT. Nos dois locais a avaliação mais tardia foi fundamental para discriminar a dequ a da mente os genótipos e determina r seu gra u efetivo de Cia, E.; Fuzatto, M.G.; Kondo, J.I.; Ohl, G.A.; Galbieri, R. Reação de genótipos de algodoeiro à mancha de Ramularia em diferentes épocas e ambientes. Summa Phytopathologica, v.39, n.3, p.193-197, 2013. resistência ao patógeno. As avaliações realizadas mais cedo ou foram inefica zes para isso ou su bestima ra m a su scetibilida de de a lgu ns genótipos. Intera çã o genótipo x ambiente alta mente significa tiva e correlação muito baixa, não significativa, entre as notas médias dos genótipos nos dois experimentos, expressa ra m desempenho contra ditório de a lgu ns genótipos, conforme o loca l, indica ndo possível existência de variabilidade genética desse patógeno no Brasil.Additional keywords: Ramularia areola, genetic resistance, pathogen variability. ABSTRACTConsiderada, durante muito tempo, doença secundária do algodoeiro, no Brasil, a mancha de Ramularia (Ramularia areola) constitui, atualmente, problema relevante na maioria das regiões produtoras de algodão no País. Contribuiu para isso, o incremento da cultura na região Centro-Oeste brasileira, com pluviosidade e umidade do ar elevadas, e, sobretudo, o emprego nas lavouras de cultivares altamente suscetíveis ao patógeno. Em tais condições, a despeito de cuidados para evitar plantios adensados e sombreamento excessivo entre plantas, o controle da doença vem sendo realizado predominantemente com ...
RESUMOPalavras-chave adicionais: Severidade de doenças, interação genótipos x ambientes.In this stu dy, a more comprehensive concept of resista nce to pa thogens in cotton genotypes is formula ted by inclu ding, in the evaluation criteria , the phenotypic stability of this a ttribute, when environments comprising different severity of the disease incidence are considered. To validate the method, a study was carried out based on data obtained in experiments concerning genotype evaluation for Fusarium wilt (Fusarium oxysporum f. vasinfectum), bacterial blight (Xa n th o mo n a s c itri su bsp. ma lv a c e a ru m), "ra mu lose" or supersprou ting ( Colle to tric hu m g ossy pii var. ce ph alo sp orioide s), Fuzatto, M.G.; Cia, E.; Kondo, J.I. Phenotypic stability, a relevant complement in the evaluation and classification of cotton genotypes for disease resistance. Summa Phytopathologica, v.39, n.2, p.117-121, 2013. areola mildew (Ramularia areola), and the nematodes Meloidogyne in c o gn ita a nd Ro ty le n c h u lu s re n ifo rmis. Significa nt genotype x environment intera ction occu rred in a ll these ca ses, su ggesting subsequent analyses on phenotypic stability of the genotype resistance or tolera nce to these pa thogens. Considera ble differences were observed rega rding this cha ra cteristic a nd its a ssocia tion with a para meter expressive of the worst performa nce in the evalu ations led to more secu re prevision a nd cla ssifica tion of the rea ction of genotypes to the incidence of the considered diseases.Neste tra ba lho é formu la do um conceito ma is a bra ngente da resistência a patógenos em genótipos de algodoeiro, mediante inclusão, nos critérios de avaliação, da esta bilidade fenotípica desse atributo, quando se consideram ambientes com intensidades diversas de ocorrência das doenças. Para fundamentar o método, um estudo foi realizado com base em dados obtidos em experimentos efetuados, para avaliação de genótipos com respeito à murcha de Fusarium (Fusarium oxysporum f. vasinfectum), mancha-angular (Xanthomonas citri subsp. malvacearum), ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides), mancha de Fuzatto, M. G.; Cia, E.; Kondo, J.I. Estabilidade fenotípica, um complemento relevante na avaliação e classificação de genótipos de algodoeiro para resistência a doenças. Summa Phytopathologica, v.39, n.2, p.117-121, 2013. Ramularia (Ramularia areola) e aos nematoides Meloidogyne incognita e Ro tylenc hulus re niformis.Interações genótipos x a mbientes significativas ocorreram em todos esses casos, dando margem a análises subsequentes de estabilidade fenotípica da resistência ou tolerância a esses patógenos. Diferenças notáveis foram observadas quanto a essa ca ra cterística , e media nte a ssocia çã o dela com u m pa râ metro expressivo do pior desempenho nas avaliações realizadas, foi possível conferir previsibilidade e classifica ções ma is segu ras da reação dos genótipos à incidência das doenças consideradas.Additional keywords: Disease severity, genotype x environment interaction. AB...
No presente estudo, foi avaliada a introdução de métodos de análises de micro-estrutura de fibras celulósicas. O algodão utilizado, proveniente das variedades IAC 17, IAC 19 e IAC 20, foi colhido em dez localidades do ensaio regional de variedades do Estado de São Paulo, no ano agrícola de 1985/86. Amostras de fibras de viscose, rami e rami tratado quimicamente com ácido clorídrico, também foram usadas, a fim de estabelecer uma relação entre os dois sistemas de determinação dos índices de cristalinidade. Utilizaram-se os métodos empíricos de difratometria de raios X e espectroscopia de infravermelho para as determinações dos índices de cristalinidade: o obtido por espectroscopia de infravermelho permitiu a diferenciação de variedades de algodoeiro IAC, enquanto o proposto por difratometria de raios X não possibilitou essa diferença. As propriedades físicas das fibras de variedades de algodoeiro IAC não se correlacionaram com os índices de cristalinidade obtidos nos dois processos. Os métodos usados para a determinação de tais índices foram altamente correlacionados (r = 0,95), empregando-se amostras de celulose com tratamento diferenciado.
Estudaram-se três densidades de plantio (4, 8 e 16 plantas por metro) em algodoeiro, utilizando-se a variedade IAC 18, com espaçamento de 1,0 m entre as linhas, com e sem aplicação do regulador de crescimento cloreto de clorocolina (CCC), na dose de 50g ingrediente ativo por hectare, aos 60-70 dias após a emergência das plantas, durante quatro anos agrícolas (1976/77 a 79/80), nas seguintes localidades paulistas: Leme, Sumaré e Araras. Nos locais onde o algodoeiro apresentou porte elevado (>140cm), a produção foi menor na maior densidade de plantio (16 plantas por metro) e o regulador promoveu aumento significativo de produção. Quando o algodoeiro foi menor do que 140cm, a produção foi menos afetada, embora significativamente, pela densidade de plantio, e não houve efeito do CCC. O regulador ocasionou diminuição na altura de plantas; aumento no número de capulhos localizados abaixo de 35cm; diminuição no número de carimãs (capulhos "mal-abertos") e aumento na precocidade da colheita. Além disso, originou, na média das três densidades, aumento no peso de cem sementes e de um capulho, e no comprimento, maturidade e tenacidade da fibra. Originou, também, diminuição na porcentagem de fibra, não afetando o índice Micronaire e a uniformidade de comprimento da fibra.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.