Foram estudados os efeitos de calcário, fósforo e potássio sobre o comprimento, uniformidade de comprimento, finura e resistência da fibra de algodoeiro, em amostras provenientes de ensaios de calagem x adubação mineral, conduzidos em caráter permanente pela Seção de Algodão, Instituto Agronômico, durante o período de 1961-62 a 1963-64, em latossolo roxo, série chapadão, situado no Centro Experimental de Campinas. A aplicação de calcário diminuiu o Índice Micronaire das fibras. A adubação fosfatada concorreu para aumentar o comprimento das fibras. O potássio favoreceu a uniformidade de comprimento e finura das fibras. De uma maneira geral, todas as características tecnológicas estudadas foram beneficiadas com a adubação mineral associada à prática da calagem.
Em ensaio conduzido durante nove anos com o algodoeiro sobre latossolo roxo, pobre em fósforo, em Guaíra, SP, confrontou-se o modo tradicional de adubar com aplicações a lanço de produtos fosfatados. Adubações anuais de 121 kg/ha de P2O5, no sulco de semeação, por ocasião do plantio, durante seis anos sucessivos, foram comparadas à fosfatagem única (728kg/ha de P2O5) a lanço e incorporada no primeiro ano, e à fosfatagem parcelada (364kg/ha/vez de P2O5) realizada no primeiro e no quarto ano, utilizando-se superiosfato triplo, além de uma fosfatagem parcelada com o termofosfato Yoorin. Todos os tratamentos foram comparados a uma testemunha, com adubação NK, básica e sem P. Durante os seis anos de aplicação de adubo fosfatado, o algodoeiro, variedade IAC 18, reagiu mais à aplicação localizada do fósforo, em termos de produtividade, exceção feita ao primeiro ano, quando era muito baixa a disponibilidade do nutriente no solo. Já altas doses de fosfato a lanço provocaram deficiência de potássio nas plantas, com os prejuízos se estendendo a certas características da fibra, como Micronaire e maturidade. Em face do bom desempenho da fosfatagem moderada nos anos de aplicação, sugere-se que uma associação entre os modos de emprego a lanço e localizado seja avaliada nos próximos estudos. Outras características, como peso de capulho e de semente, além do comprimento da fibra, aumentaram significativamente com o uso de P. O efeito residual do superfosfato acumulado durante seis anos, no sulco de plantio, estudado nos três subseqüentes anos, com o cultivo da variedade IAC 20, só se destacou nos resultados de produção.
Foi estudada a associação da aplicação do regulador de crescimento CCC (Chlorocholine Chloride) e densidade de plantio, em algodoeiro. Em Campinas e Sumaré estudou-se o eleito da população de 4, 8 e 16 plantas /metro linear, com e sem CCC. Em Tietê e Piracicaba foram utilizadas 4, 8, 16 e 32 plantas /metro, sendo 16 e 32 com e sem CCC. Aplicou-se a dose de 50 gramas do ingrediente ativo do CCC/ha 50 a 70 dias após a emergência das plantas. Os resultados mostraram que a aplicação do CCC retardou o desenvolvimento vegetativo das plantas, determinando sensível diminuição no porte, aumentou a precocidade de abertura dos capulhos, diminuiu a porcentagem de fibra, havendo ainda melhoria no peso de capulho, peso de sementes e no comprimento das fibras. Não houve modificação na produção de algodão, como também na uniformidade de comprimento, índice Micronaire, resistência Pressley e maturidade das fibras. Ocorreu maior produção para tratamentos com maior densidade de plantas, comparativamente aos tratamentos com menor densidade. Embora não significativo estatisticamente, verificou-se que para maior número de plantas ocorreu aumento no comprimento das fibras e menor peso de capulho.
Em 1977/78 foram conduzidos seis experimentos de campo nos municípios paulistas de Jardinópolis, Leme, Salles Oliveira, Santa Bárbara D'Oeste e São João da Boa Vista, para se conhecer a ação do cloreto de mepiquat como fitorregulador para algodoeiro herbáceo. Os tratamentos constaram da aplicação de 25, 50, 75 e 150 g/ha de cloreto de mepiquat, e de uma testemunha com desenvolvimento vegetativo natural, distribuidos em um delineamento estatístico de blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram estudados os parâmetros referentes à altura dos algodoeiros, desenvolvimento dos ramos laterais, queda de folhas, número de capulhos por planta, capulhos sem danos/capulhos com danos, características agronômicas (produção, porcentagem de fibras e peso de 100 sementes), características tecnológicas de fibra (comprimento, uniformidade, índice Micronaire, Pressley e maturidade) e ainda, germinação de sementes. Os dados foram analisados estatisticamente e os resultados das anál ises de variância mostraram que o cloreto de mepiquat reduziu significativamente a altura dos algodoeiros, diminuiu o número de maçãs podres, diminuiu a porcentagem de fibras, não prejudicou a produção de algodão em caroço, a qualidade das fibras e a germinação das sementes.
No presente estudo, foi avaliada a introdução de métodos de análises de micro-estrutura de fibras celulósicas. O algodão utilizado, proveniente das variedades IAC 17, IAC 19 e IAC 20, foi colhido em dez localidades do ensaio regional de variedades do Estado de São Paulo, no ano agrícola de 1985/86. Amostras de fibras de viscose, rami e rami tratado quimicamente com ácido clorídrico, também foram usadas, a fim de estabelecer uma relação entre os dois sistemas de determinação dos índices de cristalinidade. Utilizaram-se os métodos empíricos de difratometria de raios X e espectroscopia de infravermelho para as determinações dos índices de cristalinidade: o obtido por espectroscopia de infravermelho permitiu a diferenciação de variedades de algodoeiro IAC, enquanto o proposto por difratometria de raios X não possibilitou essa diferença. As propriedades físicas das fibras de variedades de algodoeiro IAC não se correlacionaram com os índices de cristalinidade obtidos nos dois processos. Os métodos usados para a determinação de tais índices foram altamente correlacionados (r = 0,95), empregando-se amostras de celulose com tratamento diferenciado.
SINOPSEForam instalados no Centro Experimental de Campinas e na Estação Experimental de Tietê, nos anos agrícolas de 1970/71 a 1972/73, ensaios para avaliar o efeito da competição de plantas daninhas com o algodoeiro. Era 1970/71 foram estudados oito tratamentos com seis repetições: competição durante 10, 20, 30, 60, 90 e 120 dias após a emergência do algodoeiro e dois tratamentos testemunhas, sendo um sempre no limpo e outro sempre com mato. Os tratamentos foram mantidos no limpo após a respectiva primeira capina. Baseado nos resultados obtidos, foram estudados, nos anos agrícolas de 1971/72 e 1972/73, nove tratamentos, com cinco repetições: sempre-no limpo, capinas aos 10, 20, 30 e 40 dias após a emergência do algodoeiro. Após as capinas o algodoeiro foi mantido livre de competição. Os tratamentos restantes foram: capinas até os 10, 20, 30 ou 40 dias. As parcelas apresentavam quatro linhas ale cinco metros de comprimento. Em cada tratamento determinaram-se o numero e o peso de matéria fresca e seca das plantas daninhas, ao final do respectivo período de competição, bem como a produção do algodão e as características econômicas de porcentagem de fibra, peso de um c&pulho, peso de 100 sementes, comprimento de fibra, uniformidade de comprimento, índice' Micronaire, índice Pressley e maturidade.Os resultados mostraram que houve menor produção de algodão quando, após o período de 20 dias sem mato, mantiveram-se em competição o algodoeiro e plantas daninhas. Não houve efeito estatístico significativo na produção quando se manteve o algodoeiro até 40 dias sem a competição de plantas daninhas, embora esse tratamento tenha provocado uma queda de 30% de produção. Houve efeito negativo das plantas daninhas, pelo menos em um dos locais estudados, ou em um dos anos estudados, nas seguintes características: porcentagem de fibra, peso de um capulho, peso de 100 sementes, índice Micronaire, uniformidade de comprimento e índice Pressley.
Estudaram-se três densidades de plantio (4, 8 e 16 plantas por metro) em algodoeiro, utilizando-se a variedade IAC 18, com espaçamento de 1,0 m entre as linhas, com e sem aplicação do regulador de crescimento cloreto de clorocolina (CCC), na dose de 50g ingrediente ativo por hectare, aos 60-70 dias após a emergência das plantas, durante quatro anos agrícolas (1976/77 a 79/80), nas seguintes localidades paulistas: Leme, Sumaré e Araras. Nos locais onde o algodoeiro apresentou porte elevado (>140cm), a produção foi menor na maior densidade de plantio (16 plantas por metro) e o regulador promoveu aumento significativo de produção. Quando o algodoeiro foi menor do que 140cm, a produção foi menos afetada, embora significativamente, pela densidade de plantio, e não houve efeito do CCC. O regulador ocasionou diminuição na altura de plantas; aumento no número de capulhos localizados abaixo de 35cm; diminuição no número de carimãs (capulhos "mal-abertos") e aumento na precocidade da colheita. Além disso, originou, na média das três densidades, aumento no peso de cem sementes e de um capulho, e no comprimento, maturidade e tenacidade da fibra. Originou, também, diminuição na porcentagem de fibra, não afetando o índice Micronaire e a uniformidade de comprimento da fibra.
Foi realizado estudo comparativo de quatro métodos de deslintamento de sementes de algodoeiro (Gossypium hirsutum L.), utilizando-se a variedade comercial IAC 13-1, durante os anos agrícolas de 1973/74 a 1975/76, em várias localidades do Estado de São Paulo. Os métodos de deslintamento empregados foram: mecânico, com ácido sulfúrico comercial concentrado, com gás clorídrico, e flambagem, todos em presença e ausência do fungicida Pentacloronitrobenzeno (PCNB). O delineamento empregado foi o de blocos ao acaso, com oito tratamentos e seis repetições. Cada parcela continha quatro linhas de 4,0m de comprimento, espaçadas entre si de l,0m, com 100 sementes por linha, perfazendo o total de 400 sementes por parcela. Foram realizadas nas quatro linhas da parcela, quatro contagens de plantas, a intervalos semanais, a partir da data da emergência. Os números obtidos por contagem foram transformados em arc sen Ö %, para a análise estatística. Os resultados obtidos mostraram que os métodos de deslintamento com ácido sulfúrico e gás clorídrico proporcionaram melhor emergência de plantas em comparação com o mecânico. O método de flambagem ocupou posição intermediária. O melhor período para contagem de plantas esteve compreendido entre 12 a 19 dias após a emergência. Foi verificado efeito significativo do fungicida na emergência das plantas somente em quatro localidades. Em outras, embora os números encontrados nas contagens fossem quase sempre maiores para tratamentos fungicidas, o resultado destes não foi significativo. Os resultados para produção de algodão, bem como aqueles relacionados com características tecnológicas da fibra, não foram significativos.
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